Coleção pessoal de PHBatista10

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⁠Gostaria de lhe escrever, mas conhecendo-ti, gostaria de lhe devorar.
Você adoraria me ver falar, mas conhecendo a mim, adoraria me atacar.
Nos conhecendo, de fato, não temos mais nada a falar, a fazer, há.

Reencontro.

⁠Ver-te de novo, em outro singular momento, beijando o doce do instante
Aprazível segundo, onde o olhar (re) encontra a felicidade e nossa boca se perde em desejo.

⁠Se por amante, entenda que é o errado, amante serei eu, e talvez algumas horas serei amado
O toque perfeito se refaz no espaço, ao passo de quem outrora sedimentou descalço, o pungir do novo coração arrebatado
Caminhamos desacalentados e na altivez de quem me dera ser tocado, abruptamente serrilhou de beijos em beijos, o momento inexato do pecado
Se amado eu for, e pela amante for tocado, entendo eu que essas horas, se confude o certo com o errado, e mesmo que em nota da emoção, nosso amor será lembrado.

Companhia

⁠De escritas arrumadas, em arranjos adornados, escrevi de mim o sentimento, que transborda ao seu lado

Com vícios repetidos, o anseio ultrapassado, não conseguiu ver em mim contentamento, pois não tinha me tinha do seu lado

Do seu lado, me conflito, tendo a andar desajeitado, vejo no olhar, o tom risonho, de quem sabe lá no fundo, que o seu lugar é ao meu lado.

⁠Do amor que sinto, anseio pela aproximação
Da razão que tenho, caminho até aportar em ti, e espero seguro, que o nosso carinho nos preencha
Da lascívia que me toma, espero que depois do carinho aproximado, eu te preencha por inteiro, até que me corrompa de desejo, nos muitos detalhes do seu beijo.

⁠Contando os acertos, enumerando os erros... Hoje, acabei por precificar meu coração, sem submeter a inflação, lastimável nota encontrei, dó.

⁠Escutava, bem antes de terem me dados os ouvidos
As carícias, sentia bem antes de terem me dado a pele
E o olhar tímido que precede o desejo, me deu bem antes de teres me dado você
A nossa mania gostosa de beijar primeiro com a alma, fez da nossa terrível espera, um sopro antes do vento sereno da primavera.

⁠Afundar e emergir de você, sucessivas vezes, até que devagarinho, num suspiro intenso, transborde em nós, todas as tuas intimidades.

⁠Viver carece de calma, necessita degustar todos os tênues segundos da vida
O que urge é o nosso amor, ele desespera até o mais tranquilo, sintoniza até o mais atônito e faz dançar até o mais descompassado
Nesse contraste temporal, urgente é o nosso momento e se não fosse urgente, não seria a gente.

(In)possibilidades

⁠Se quero o impossível? Talvez
Mas anseio por aquilo que não tem forma
Forte, que não seja possível imaginar
E se um dia for possível falar sobre
Por favor, eu quero mais
Façamos incontáveis vezes, até que fique, totalmente indescritível...

⁠CASA

Preciso retornar, aonde um dia encontrei intimidade comigo. Preciso da semente, do lavrador e da terra que se fazia só minha. Do sofá e da brisa do vento que corria a abrir janelas. Preciso de mim, do cheiro da roupa limpa, da alma, da alma leve. Preciso sucinto, do beijo doce a tocar meu rosto, do toque amanteigado a escorrer pelos meus cabelos. Necessito da casa, dos móveis, das risadas e dos sons, sons inesquecíveis, sons de nós, sussurros da gente. Abraços, afagos sem tempo, sem horas contadas, somente minutos marcados. Marcados na pele, marcando dentre a pele, no vício da carne, na doçura do amor e no Infindável espaço da mente, a minha casa.

⁠Quão sinuoso é teu sorriso, de lábios molhados, arranca-me um pedaço com a tua boca
E quando de modo voraz me ataca, balbucia perto do ouvido, te amo incessantemente...

⁠Passarinhei todos os meus versos
Assoviei meu amor a ti
Voei e pousei no teu abraço.

Poema do desamor
⁠Se passaram anos desde a aurora daquele amanhecer, víamos pássaros, flores e até o pôr do sol nascer
Sorrisos, abraços e beijos, me perdendo conscientemente em você...
Três dias, você se foi, como as outras, sim, mas diferente, deixou entardecer em mim seu olhar incandescente...
Hoje me encontro estável, mas irracionalmente doente, reguei nosso amor e infelizmente, jogada fora a semente.

⁠Sentimentos reprimidos na noite tibia, tateio a procurar versos que retratem a dor
Não encontro, talvez esteja perdido por ai em linhas que me enforquem...

⁠Florada

Florescer sem perder a essência
Não perder a fragilidade
Tendo a experiência

Com as flores, cultivar o aroma
Destilando beleza
Mesmo estando na lona

Suportando a rotina de inverno
Com o sorriso raiando
O néctar interno

Dias ruins que nenhuma outra tivera
Mas sempre a esperança
Renascida na primavera

Flor de Lis que me beija
Espera, não heis de morrer
A ti dei tudo que desejas

Na aurora do amanhecer
Apartei-me para que brilhastes
Retornando a si, meu alvorecer

⁠Suspiros fugazes, em detalhes rítmicos, destonados de vida
Quando encostou sobre o solo, viste que até o maior caiu sobre os próprios pés
Em silêncio, levou-se a vida, os sorrisos e o fulgor do amor
Fiqueis por ti, em prantos, mas sempre estaremos juntos em pensamento.

⁠Os beijos longos, toques quase perfeitos...
A vida em looping infinito é o que espero pra nós
Nós que não apertam, mas que de algum jeito, como aquela criança ansiosa, acabe dando um pique.

Beijos sem gosto, mãos rápidas e delírios que duram horas contadas
Pessoas ilimitadas limitando o gozo
O gozo de ser e não estar
Viver e não figurar
Talvez não devemos nos entregar
Afinal hoje o orgasmo da alma não é um prazer a se conquistar.

Quando eu escrever, saiba. Não são somente palavras. São súplicas de socorro.