Coleção pessoal de pensador
Somos elas no passado e somos elas no futuro e somos outras ao mesmo tempo. Somos outras e somos as mesmas de sempre. Mulheres em busca de justiça. Mulheres exaustas e juntas. Fartas, mas com a paciência que só os séculos marcam. Enfurecidas até o limite.
Viver em luto é isto: nunca estar sozinho. Invisível, mas evidente de muitas maneiras, a presença dos mortos nos acompanha nos minúsculos interstícios dos dias.
A falta de linguagem é avassaladora. A falta de linguagem nos algema, nos sufoca, nos estrangula, nos atinge, nos esfola, nos isola, nos condena.
Poucas atividades exigem mais energia, tanta atenção aos menores detalhes, quanto odiar a si mesmo. É uma tarefa milimétrica. Cansativa. De entrega total.
É possível ser feliz quando se vive de luto? A questão, que não é nova, surge repetidamente durante aquela eternidade que é o desalento.
Sempre acreditei na liberdade, porque só em liberdade podemos saber do que somos feitos. A liberdade não é o problema. O problema são os homens.
Bem-vindos ao meu submundo, ele vai quebrar seu coração. Pelo menos você sabe exatamente quem são seus amigos. Eles são aqueles com as cicatrizes combinando.
Fiz pedidos a todas as estrelas. Por favor, Deus, me traga um melhor amigo que eu ache gostoso. Achei que tinha acertado uma, duas vezes, mas não. Você me pegou de surpresa.
Chega a ser foto todo o tempo que dedicou a mim. É sinceramente surreal todo o esforço que investiu. É até romântico. Eu realmente tenho que admitir: nenhum homem me amou como você.
Todo mundo é tão maldoso na internet. Todos fingem não ligar, até se importarem. Toda piada é só trolagem e memes. Por mais triste que pareça, a apatia está na moda.