Coleção pessoal de pensador
Na ribeira desse rio
Na ribeira desse rio
Ou na ribeira daquele
Passam meus dias a fio.
Nada me impede, me impele,
Me dá calor ou dá frio.
Vou vendo o que o rio faz
Quando o rio não faz nada.
Vejo os rastros que ele traz,
Numa seqüência arrastada,
Do que ficou para trás.
Vou vendo e vou meditando,
Não bem no rio que passa
Mas só no que estou pensando,
Porque o bem dele é que faça
Eu não ver que vai passando.
Vou na ribeira do rio
Que está aqui ou ali,
E do seu curso me fio,
Porque se o vi ou não vi.
Ele passa e eu confio.
Você acha que vai ser fácil? É a primeira vez que vão ver a gente sabendo que o trono é nosso, gato.
Dependendo de quanto dinheiro você tem, essa cidade continua parecendo uma corte entupida de fofoqueiro.
Assim como a busca pela identidade, a pulsão de compor e escrever é permanente – essa inspiração não mudou para mim.
Quando mais jovem, tinha a ideia de que, quando chega uma idade, você dá as coisas por resolvidas. Mas fiz 64 e continuo tão perdido quanto aos 14 anos.
Essa capacidade da gente se comunicar com outras gerações é uma grande realização, um grande prêmio para a gente.
O mais perto que chego da poesia de maneira satisfatória é na letra da canção, que eu entendo como a forma literária mais próxima. Na feitura das letras, existe muito o rigor da poesia, mas com o apoio do ritmo e da melodia.
É inegável que todo cara que permanece no rock vira uma coisa meio patética: Um velho num mundo dos jovens.
Para mim, um romance nunca nasce como uma história já definida e eu nunca sento para escrever sabendo exatamente tudo que vai acontecer. Às vezes é uma ideia um pouco vaga, uma situação.
A escrita me ajudou muito mais na carreira no sentido da importância da disciplina e da concentração.
A aventura da escrita é sempre muito emocionante, mas a única maneira de aprender a escrever é lendo.
