Coleção pessoal de pam_boechat

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⁠O Equilíbrio Encontrado no Desequilíbrio do Amor.

Às vezes, o amor me tira o chão,
Desafia a razão, deixa-me sem direção.
Mas descobri que é assim que encontro meu caminho,
Desequilibrar por amor é um jeito bom de manter a vida em equilíbrio.

Entrego-me de corpo e alma,
Numa dança intensa, cheia de emoção.
Perco-me nos abraços, nas trocas de olhar,
É nesse desequilíbrio que aprendo a me encontrar.

O amor desnuda minhas defesas,
Revela quem sou nas minhas fraquezas.
Leva-me a explorar territórios desconhecidos,
E assim encontro a paz em recantos escondidos.

Deixo-me levar pela correnteza do sentimento,
Nas águas profundas, mergulho sem medo.
Descubro a beleza nas contradições que se entrelaçam,
E sinto a serenidade que apenas o amor me traz.

Desequilibrar por amor é como vento no cabelo,
Uma sinfonia de sensações.
E mesmo que me sinta perdida em meio ao caos,
É nesse desequilíbrio que encontro meu centro, minha voz.

Encontro força nas quedas que enfrento,
Ergo-me, forte, mesmo quando sinto o tormento.
Voo sem medo de cair, pois sei que posso renascer,
O desequilíbrio é o combustível para aprender e crescer.

Deixo-me levar pela intensidade da paixão,
Nas reviravoltas do coração, descubro a emoção.
Desequilibrar por amor é um caminho sem volta,
Um jeito bom de manter a vida equilibrada.

Então, abraço as incertezas dessa dança singular,
Encontro-me nas contradições que o amor pode criar.
Desequilibrar-se por amor é uma escolha ousada,
Que nos ensina a equilibrar cada momento da nossa jornada.

⁠A autopreservação é um instinto natural e necessário para o meu bem-estar emocional. Às vezes, preciso me afastar daqueles que não conseguem enxergar o meu valor e importância. Não há mal algum em tomar essa decisão. Se alguém não consegue reconhecer o que eu tenho a oferecer e ameaça partir a qualquer oportunidade, talvez seja melhor deixar essa pessoa ir. Eu mereço estar cercada por aqueles que valorizam a minha presença.

⁠Quantas vezes em nossa vida nos encontramos diante de uma porta trancada? Uma porta que representa uma oportunidade perdida, um relacionamento rompido, uma meta inatingível. Ficamos parados diante daquela porta, tentando interminavelmente forçá-la a abrir. Tentamos bater, empurrar, passar pela fechadura e entrar. Mas quanto mais tentamos, mais nos machucamos. Essa situação é tão comum porque temos uma tendência natural de nos apegar às coisas que nos são familiares e confortáveis, mesmo quando elas não nos servem mais. Tememos o desconhecido, o novo e preferimos ficar com o que já sabemos, mesmo que não nos satisfaça. Essa resistência à mudança muitas vezes nos impede de enxergar as oportunidades ao nosso redor.
É importante lembrar que sempre existem outras opções, outras soluções. Quando lutamos com uma porta trancada, podemos perder as janelas que se abrem ao nosso lado. Essas janelas representam novas oportunidades, novos caminhos e horizontes que ainda temos que explorar.
Abrir uma janela exige coragem. Exige que deixemos para trás o conforto e a segurança que conhecemos e enfrentemos o desconhecido. Mas é nessa abertura que encontramos crescimento, aprendizado e renovação. Ao abrir uma janela, permitimos que novas experiências e oportunidades entrem em nossas vidas, ampliando nossos horizontes. Em vez de insistir no que não está funcionando, precisamos ter humildade para saber quando é hora de seguir em frente. Devemos aceitar que nem todas as portas estão abertas para nós e isso não é necessariamente uma derrota. A vida é cheia de escolhas e oportunidades, e nem todas estão disponíveis no momento certo.
Então deixe a porta trancada. Perceba que nem todas as oportunidades são para você, nem todos os relacionamentos são saudáveis, nem todos os caminhos levam ao seu destino. Em vez disso, abra a janela e deixe a luz de um novo horizonte entrar em sua vida. Abra-se para novas experiências, novas pessoas e novos desafios. Seja curioso, seja corajoso.
Lembre-se de que a vida é uma jornada em constante evolução e é pelas janelas que se abrem que encontramos o verdadeiro crescimento. Não se prenda em uma porta trancada. Explore o mundo além dela e descubra o que está te esperando lá fora.

Renovação e autoconhecimento

⁠Abandonei tudo o que eu achava saber
Sobre mim mesma, quem eu sou, o que faço
E me entreguei ao vazio, sem temer
Permaneci no que restou, sem embaraço

Foi como mergulhar num mar sem fim
Sem nenhuma bússola ou mapa a seguir
Mas senti a paz que existe dentro de mim
E decidi deixar as amarras partir

Não mais me importa o que os outros pensam
Nem as regras que a sociedade impõe
Pois agora sou livre, sem reservas ou cláusulas
E vivo a vida que sempre quis, do meu jeito

Abandonei todo conceito sobre mim mesma
E agora sou livre para ser quem quiser
Sem medo de julgamentos ou preconceitos
Pois sei que minha verdade é o que importa, e não o que vão dizer.

⁠Aquele tempo

Já tentei e não consigo explicar sem parecer uma idiota.
Já escrevi, apaguei, reescrevi e se for pra parecer idiota, tudo bem...
Você me pegou com o jeito todo meigo, muita paciência, está organizando a bagunça que eu sou
E nem sabe disso...
Eu ouviria você cantar e dançar suas músicas favoritas, por horas sem cansar
Aprendi a cantar um novo tom, a sorrir sem precisar fingir, é cara como você me contagia.
Tantas coisas significativas em cada detalhe, em cada olhar
Me pergunto: Como tudo isso é possível em tão pouco tempo?
É saber que não preciso, e mesmo assim, me faz querer tanto.
É gostar do gosto amargo do puro malte em sua boca
Escutar meus áudios rouca e reagir com coraçãozinho
Às vezes aparecem alguns clichês, mas tudo bem, eu sei ... odiava essas coisinhas, com você eu acho uma gracinha.
Espero que não enjoe dos meus poemas, que eu não te canse com meus problemas e que possamos saborear o doce e o amargo de cada dia juntos
Com um sorriso largo você me mostrou o quanto posso ser afetuosa, fez florescer em mim um novo olhar de que esse caminho pode ser bom.

Estou mergulhando sem medo, mesmo sem saber nadar e pode acreditar que não está faltando ar.

⁠Sobre sentir


É tão estranho e tão real sentir saudade
É difícil, gostoso, confuso e de verdade

É tanta, que nem sei o que fazer com ela

Saudade que aperta, conforta e até liberta
Com ela, estou brincando de ser feliz.

Vou lembrando da coisa boa que é você
Um sentimento que pra ter
Só com muita maturidade
Mas que vontade de ser imatura agora
Largar tudo, dar meia volta e só ir te ver

E assim matar um pouco desse sentimento
Que é tão bom, mas que quando aperta demais...
Droga.

⁠Minha dança

Eles me dão um roteiro, querem que eu seja um personagem coadjuvante na história deles
Uma rainha quieta que só parece se gabar das conquistas do rei
Querem fazer de mim o que não sou, não sou assim
De rainha virei bruxa, que engraçado
Um simples romance virou uma comédia de terror
Todo mundo ficou em pânico
Mas só porque tentaram me fazer igual
Óbvio que não aceitei
Rainha que recebe em silêncio, que nega todo o seu poder e majestade, para viver na sombra dos fracos.
Mas sinceramente, gosto de ser diferente
Não aceito meio respeito e amores imaginários
Não posso voar com os pés no chão, mas querem me amarrar a uma bola de ferro no tornozelo
Já fui prisioneira
Então não me veem com fórmula de amor, clichês baratos que imitam novelas
Não me mostre o que você quer de mim, eu não faço o que você diz ser apropriado
Sigo meu coração sem uma interpretação ensaiada
Minha vida é uma dança improvisada;

⁠Não é nada

Sou o vazio que está acordado
Vazio que está cheio
Vazio que tem tudo
Vazio que não é nada
Queria a mente inundada de silêncio
Um estado natural de silêncio e clareza interior
Sair do sonho de que penso quem eu sou
De tudo que conheci
De ser uma pessoa iludida
Parar de dizer essas mentiras
Parar de sonhar
Parar o fazer
Ficar quieta sem esforços
Não há tempo

⁠Nós desaparecemos do mundo um do outro
Porque você não achou que eu valia a última conversa
Eu vivi um inferno, nesses últimos dias
Tentando entender e esperando uma resposta
E de repente, como um sopro de clareza
Eu percebi que eu não preciso de resposta
A resposta que tanto procurava, estava em cada detalhe que vivi contigo

⁠É como se você não me deixasse sair disso
Porque eu não consigo tirar você da minha cabeça
Vou apagar onde eu ainda consigo
E não há como voltar atrás
Eu nunca voltaria para onde já fui ferida
É incrível como você me fez sentir como se não fosse grande coisa por um tempo.

⁠Eu já fiz isso enumeras vezes, me arranquei de espaços sem olhar para trás.
As vezes o espaço que me colocavam era tão grande, que me sentia pequena e outras era minúsculo, nem me encolhendo eu caberia.
Mas desta vez, você que não quis ficar no cantinho que reservei pra ti, também não olhou para trás.
Me fiz amparo, paciência, e peguei no colo seus traumas, como se pega uma criança indefesa, com todo cuidado que pude. Quando você por medo, perdeu sua razão, eu a devolvi.
Quando eu por medo perdi a minha, você se foi.
E acho que tudo bem, vai ficar tudo bem.
Voltei e olhei seu cantinho sem você, só com lembranças... e porra, como doeu.
Parei, pensei e chorei...
Então essa é a dor, falavam mesmo que doía e eu não entendia.
Agora está vindo de dentro de mim, começou pelo estômago, mas no estômago?
Me lembro muito bem, falavam que vinham do coração, que confusão.
Será karma ou minha mente está me pregando uma peça?
Loucura... Será que estou tentando explicar o inexplicável?
A dor de ter levado um soco no estômago, sem o soco, é bem real pra mim.
Eu sei, devemos nos adaptar a diversas situações da nossa vida, criando diferentes versões de nós mesmos, para diferentes momentos.
Mas esta minha cópia corrompida insiste em estar presente em todos.

⁠E quem diria que neste momento da minha vida eu sentiria que estou aprendendo andar...

Hoje consegui me equilibrar em um móvel e dar um passo sem cair, meus olhos ficaram úmidos por um momento, mas isso não me impediu de ver meus erros.
O passo era curto e ligeiramente desequilibrado, mas ainda assim um passo.
Segurei meu próprio braço, me alimentei com meu próprio sal e desfrutei de meu doce néctar.
Comecei do zero.
E se você vier até mim agora, tentando se edificar com sua vaidade, encontrará um rosto cheio de nada a oferecer, verá o espelho de suas atitudes cheias de si e razões vazias.
Não te ofereço o meu néctar nem o meu alimento, vou lhe dar o que me ofereceu, as mesmas palavras doces sem atitudes... e o mesmo argumento fútil no meio do meu egoísmo.

Precisa haver uma consistência de algo que me mostre que é verdade.


Não tenho a arrogância nem a polidez que deveria ter, e entre as duas, prefiro ser mais rústica;

Quem faz o doce movimento destrói com falsa simpatia.

Capítulo "amor"

Me sinto feliz em algumas situações
Mas mesmo quando me sinto bem e confortável
Não me sinto bem
E por fim... caramba
Desculpa
Euforia extrema, saudade e felicidade momentânea.
Mas e as imperfeições? E o resto?
O amor realmente é uma droga

⁠Não sei para onde vou
Mas vou
Estou sempre correndo, um péssimo hábito
Preciso aprender a arte de parar
Pensamentos inquietantes
Me fazem correr ainda mais
As emoções que não demonstro
Estão e permanecem aqui
São intensas e me rege
Como em uma orquestra
Manipulada pela tempestade
Agora me aproxima
Ora me afasta
Não sei para onde vai me levar
Mas está levando

⁠Escreva algo bonito
Veja um arco-íris
Queria um filtro

Deve ser meu fardo
Simples tola
Talvez eu pense errado

Minha poesia não é bela
Tem quem goste
É fera

⁠Boa menina

Não quero ser
Sou apenas eu
Se não sou boa pra você
O problema não é meu

Chega de esconder
Para de rotular
Não vou me prender
Nem me curvar

As crenças são suas
Os gostos são seus
Não me abstrua
Filho de Deus

Sou ruim, por ser
Má, por não querer
Péssima, em não me abater
E egoísta, por não me envolver

⁠"Não caio na tolice de ser sincera" - Clarice Lispector

Haaa Clarice, quisera eu não ser tão tola
Dizem por aí que a verdade é relativa
A minha é grosseria, presunção e, às vezes, acham que é mentira
Pensando bem, realmente tudo é relativo
Uma mentira altruísta é boa
Seria melhor uma verdade avassaladora?
Te dou a felicidade da mentira?
Ou a dor da verdade?
E fazendo isso, o que eu me dou?
A mentira é penosa para mim
Já a verdade trás leveza
Algumas doem de modo doce
Como um descuido ao tomar uma xícara de café
Quando está muito quente
Perde o paladar por alguns minutos
Mas não deixo de tomar o doce café amargo

⁠Ocupa com o futuro e esquece do presente
Coisas boas passaram
Olhou para trás, você perdeu
O momento é agora
A estrela apagou, viu o brilho?
Religião garante que há futuro após a morte.
A ciência quer garantir o futuro até a morte
Adiar a morte ou correr para o paraíso?
O que vivemos é real?
A realidade é amanhã ou foi ontem?
Haa... planos do amanhã
Por qual razão está aqui e agora?
Viver para o futuro é cegar o presente
E viver no passado é enganar-se eternamente
Se sente seguro em um passado fixo conhecido
É confortável...
Você está no meio do novo e desconhecido
Desconhecido inerente a existência
Cadê sua existência sem a imputação da mente?
Mente ecoando o passado e esperançosa no futuro.
Ilusão do tempo.
Memórias? Expectativas?
Nunca houve, há ou haverá.
Lembrar... Fazer previsões...
E agora?
Agora eu queria dormir...

⁠Quando plantamos uma roseira, caso ela não cresça e nem floresça, não iremos colocar a culpa na planta.
Vamos investigar, pode ser que ela precise de mais adubo, água ou menos sol.
Assim são as pessoas, mas ao invés de dar suporte, fazemos julgamentos.
A planta não fala do que precisa, as pessoas também não, só precisam ser alimentadas e regadas.
É muito fácil julgar a roseira por não florescer belas rosas, difícil é ter paciência e dedicar um pouco de tempo para ajudá-la florescer.
Não se dão o trabalho de cuidar e reclamam que só encontram espinhos...