Coleção pessoal de PalavrasAtrativas

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Aos encantos vindos de ti me apego
Embebido à sombra de teu carinho
Certo de não mais estar sozinho
E se for preciso do mundo abnego

De súbito na vida me acho cego
Ao ver surgir a ti novo caminho
Restando-me a tristeza que carrego
Assim o jasmim se exibe espinho

É o destino agindo fora de hora
Um alerta agudo no peito que arde
E de repente te vejo ir embora

Dar valor ao que se tem é pura arte
Ante o adeus que surge cedo ou tarde
Porque na vida toda pessoa parte

É tão segura de si a delicada flor
que ela não carece ir atrás do amor
apega-se aos encantos de sua cor
acrescido do mel de seu sublime olor
para seduzir pra si o arredio beija-flor.

Foi levado pela melancolia da dor
que eu despetalei a mais bela flor
e ela no adeus do seu findo odor
suplicou-me um derradeiro favor:
para que nunca abdicasse do amor

E na vida sigo derramando dois tipos de lágrimas: uma, de saudade, por alguém que para o céu partiu de supetão e outra, de desgosto, por quem um dia destroçou meu coração.

E quando se tornou inevitável combater minhas guerras subjetivas, pedi forças a Deus para cumprir meus desígnios e ele me mandou a chuva para que não percebessem minhas lágrimas.

Quem dera que todas as pessoas agissem como o sol, que mesmo saindo de cena empresta seu brilho à lua para que ela proporcione um espetáculo solo capaz de arrancar suspiros dos apaixonados.

E se me pergunta: o que é a morte?
Digo que ainda é um caminho sem norte
No qual não há certeza de qual será nossa sorte.

Quem dera a saudade fosse apenas uma brisa de vento passageira, mas ela é uma andorinha que sempre cumpre o ciclo de idas e vindas como uma gripe a nos abraçar de tempos em tempos a nos tirar as forças e apesar da dor, serve para nos mostrar os bons momentos já vividos.

E muitas vezes passamos de estrelas a cometa. De presença certa e brilho intenso todos os dias à brisa de saudade que surge de tempos em tempos deixando o rastro de sua passagem.

Viver é conviver com o amor por vezes na dor e sobreviver à dor por vezes no amor.

A vida é uma constante ida: ora colorida, ora dolorida.