Coleção pessoal de PabloAfonso

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⁠O homem que não tinha nada

O homem que não tinha nada acordou de manhã deitado ao chão, pois não tinha cama
Ele não tinha nada, então não tinha preocupações
Deu um beijo na mulher e nas crianças, prometeu para casa voltar antes da fome delas começar
Saiu para caçar e pescar, não tinha nada, mas tinha força e uma família para alimentar
Pegou sua lança e se lançou no mar
Ele agora tinha paz, com sua pequena jangada
na água solitária, gelada e salgada do mar
Seu dia foi dedicado à pesca, foram peixes de todas as espécies e tamanhos
Mas enquanto andava de volta à casa com seus peixes em cestos feitos à mão, apareceu outro homem que não tinha nada
Esse tinha não só fome, mas raiva
Houve uma briga, um defensor e um atacante, uma luta pelo mais importante
No final, o homem que não tinha nada agora não tinha mais peixes, nem vida
O outro homem que não tinha nada não tinha mais fome, mas este, daqui algum tempo, deixaria mais uma família sem nada, e o ciclo se repetiria outra vez.

⁠Viola-são a vida

Ditadura, um tempo de dor
Censura era a base
Desse sistema incolor
A violação dos direitos era comum
negligências as necessidades de cada um
Mas no meio de tudo isso, uma esperança
A viola, como símbolo de resistência e perseverança
Seus sons eram mais que música
se tornaram portas para a liberdade
Tudo o que o povo queria, no país da diversidade
No meio de tanta tortura
canções eram o que mantia viva toda uma cultura
Não importava a intensidade da censura
Independente de tanta autoridade estatal
Transpormos as barreiras, afinal
Não há ditadura que segure um povo seguro de si
Como dizia Edu lobo
“Quem me dera agora eu tivesse a viola para cantar”
Talvez com tal instrumento eu saberia como finalizar esse poema com sabor de tocar, cantar e dançar.

⁠Me solte, você não me terá
Não é à força
Que você me ganhará
Muito pelo contrário
apenas me afastará.
Queria dizer que te amo
Mas não te amo
Queria dizer que te odeio
Mas não te odeio.
Você foi um mal tão grande em minha vida
Que não tenho sentimentos por você
Apenas quero que vá embora
Sem tchau ou avisos, apenas suma.
Quero acordar de manhã sem te ver ao meu lado.
Por favor, desapareça
Sem me fazer mal
Não mais do que já fizeste
Suma, suma de minha vida.
Vá e não voltes mais,
Não dê notícias jamais.
Por favor, qual seu objetivo comigo?
Continuar a me ferir?
Não, me deixe em paz
suplico para você ir

⁠Idiota

Eu fui idiota por ter terminado com você
Eu sou um idiota por ainda sentir falta de você
Eu sou um idiota por querer você ontem
Sou idiota por querer você hoje
E sou um idiota por querer você amanhã também
Eu sou idiota por ainda amar uma pessoa
má, rude, grossa e péssima como você.

⁠O universo nada mais é que um berço de vida e morte. Nada prospera, tudo apenas se torna uma cópia de uma cópia, que é copiada a 13 bilhões de anos.

⁠No final só o que sobrou foi a dor, o choro, a desesperança, a angústia e a terrível melancolia. O final de relacionamento é destrutivo.

⁠O mundo não é um lugar tão ruim, afinal, ele te dá espaço para fugir em pensamento. Utilize essa liberdade para se sentir melhor, para se tornar melhor dia após dia.

⁠E no final, só o que restou foi uma saudade
Saudade de um tempo que não volta nunca mais
Que agora só existe na memória
Memória desses terríveis animais.

⁠Niilismo

De que adianta amar, construir, viver
Se na verdade a vida não passa de uma ideia, um conceito irreal
Ninguém vive com um propósito real. 7 palmos abaixo, tão metódico
Apatia, depressão, loucura, dor, são a recompensa por entender o significado da insignificante vida humana.

⁠Problemas mentais:

Como doem essas crônicas
não essas doenças físicas ou esses textos infantis
mas doenças mentais, que assolam meu cérebro desde sempre
desde meu primeiro respiro, a dor me acompanha na minha fútil e medíocre existência e vai me acompanhar até o meu último inspiro, por que uma dor crônica não abandona
ela te destrói aos poucos, te leva ao pior estado de ser
o estado do momento de perecer.

⁠Um desejo de sumiço:

As vezes tudo o que eu queria era desaparecer
talvez com uma máscara esconder o rosto para que ninguém possa ver
a vergonha me assola dia após dia
A minha aparência me destrói, minha autoestima não existe mais, já não sei o que é se sentir bem
Ó Deus, por favor, eu não mereço viver com essa dor
acabe com ela, ó todo poderoso, apague minha existência
suma com tudo que um dia já teve o desprazer de me conhecer
o desprazer de ter um pouco de mim, de saber que essa figura fútil, irrelevante e desinteressante um dia já pisou nessa Terra.
Cristo, em nome do pai eu suplico:
‘me faça nunca ter nascido’.

⁠O que dizer sobre uma espécie que acredita, baseado em um pedaço de carne em uma caixa de ossos, ser racional.

⁠Anjo da Terra

Tu és, meu amor, como um anjo da Terra
Como a sua beleza não tem igual
Não a nada que se aproxime, nenhum pouco
Do brilho que você emana de forma natural

Cientistas não são capazes de prever
Nem dizer, e muito menos entender
O quão grandiosa é a sua beleza

Quando Deus disse “haja luz”
Foi você que apareceu nas trevas, afinal
De todas as criações do todo poderoso
É você, que o deixa mais orgulhoso.

O sol tem inveja da sua luz
A lua tem inveja da sua paixão
E o mar, de sua vibração
Ó minha querida, tu és pura perfeição.

⁠Sob controle

Alguns me julgam boa, outros má
Já eu penso, “por que tanto bafafá?”
Sou dona de tudo, tudo mesmo
Tenho o universo em minhas mãos

O sistema solar para mim é um brinquedo
Sol, lua, Terra… controlo tudo do meu jeito, por inteiro
Com um simples estalar, faço um movimento estelar, mudo de átomo à estrela, de planeta à poeira

Urano? não é capaz de me entreter
Júpiter? que tedioso ser
Saturno? Eu preciso mesmo dizer?

Às vezes penso o que fazer com tanto poder
Destruir, criar, viver, matar… para quê, afinal?
De nada adianta tamanho potencial se nada para mim é especial

Pilar da criação, da destruição, me perco no meu conceito de ser, será que fui criada por Deus, Lúcifer… mas por que meu tédio continua a crescer?

Será que quando eles morrerem, quem sobrará será apenas a mão dominante do universo, ou ela também será dizimada e, como todo o resto, dissolvida no verso?

⁠Enquanto o mundo desaba

Ó meu amor, na hora derradeira
É contigo que quero estar
É você que quero sentir e amar
De mãos dadas à morte, o céu vamos alcançar

Enquanto a bomba atômica explode
E a radiação pela mundo corre
Enquanto as árvores viram pó
E a água evapora sem dó

Você é minha companheira
Dia e noite, antes e após
Toda luz e calor
Sentimos nós, numa noite de fervor

Não temos muito tempo de vida
Que honra morrer com a minha preferida
Mas antes de nosso corpo derreter
Um último beijo, peço à minha amada
Antes da nossa alma finalmente desaparecer, nesta terrível cilada.

⁠"O ser humano é uma máquina tal qual pensa ter controle sobre si, apenas por negligenciar seus instintos primitivos."

⁠Fragmentos e memórias

Numa rua qualquer de uma pequena cidade, existia uma pedra, ela amava a sensação de ser rolada pra lá e pra cá pelos pneus dos carros, se sentia viva e radiante. Mas numa dessas aventuras, ela foi jogada em um rio, um rio tranquilo, onde ela passou anos e anos vendo o movimento dos peixes, sentindo a luz do sol e a corrente da água sobre si. Séculos depois, uma mão desconhecida aparece, pega a pedra e a joga em direção a uma árvore, era um garoto com raiva de seu pai pois ele não tirou o castigo que lhe havia posto, mas aquela sensação era quase nova para a pedra, havia anos que ela não sentia o vento, o calor do sol e a sensação de liberdade. Mas numa dessas jogadas ela cai novamente, agora em outra parte do rio, a pedra estava muito feliz por ter sentido tudo outra vez, mas, pelo fato de ter sofrido erosão da água e os impacto com a árvore ela começa a se quebrar já dentro do rio, porém a pedra perece com alegria, ela sabia que toda aquela sensação teria um preço, então apenas aceita seu fim doloroso, no entanto satisfatório.

A desconhecida

Todo dia de manhã, ela está lá, a desconhecida

Quando vou ao banheiro, ela está lá, a desconhecida

Quando vou tomar café da manhã, ela sempre está presente, a desconhecida

Na minha corrida matinal, ela vai junto, a desconhecida

Na hora do almoço, com o filme na televisão, ela está ao meu lado no sofá, a desconhecida

No lanchinho da tarde, é ela quem me dá as frutas, a desconhecida

Na hora da janta, é ela quem prepara, a desconhecida

Quando vou dormir, ela está ao meu lado, a desconhecida

Eu sei que não a conheço, mas ela me faz tão bem, que para mim, ela não é uma desconhecida.⁠

Cálice

Distância quero de ti, ó cálice
Eu tenho tanto a dizer
Mas o que posso ouvir é apenas
Cálice

Não quero um copo
Quero poder dizer
Não desejo bebidas
Apenas não quero ouvir, mais uma vez
Cálice

A dor que sinto diariamente
Me faz querer falar
Mas quando busco desabafar
Ouço apenas, cálice.

⁠Literatura é vida

Livros são portais para mundos distintos
Cada livro, uma história
Cada linha, uma memória

Mundos novos a descobrir
A leitura nos faz evoluir
Evoluir para um estado de êxtase
Mental e espiritual

A literatura é um bem da humanidade
Devemos cuidar dela como tal
É a nossa fonte de conhecimento
Que deve ser valorizada, afinal

Com um livro nas mãos
Sou forte como um leão
E confiante como um gavião

Páginas vivas é o nome da equipe
Somos a realeza da gincana
Com o nosso esforço e dedicação
Campeões, é a nossa vocação

Os livros tornam sonhos realidade
Cada história uma oportunidade
Conhecer um mundo novo
É resultado, meu povo!

A cada página lida os livros ganham vida
As histórias imaginadas nos fazem embarcar numa jornada espetacular
Para lindas histórias apreciar

A medida que lemos
Com os livros aprendemos
A lutar e enfrentar cada dificuldade
Que a vida venha nos emplacar

Criando laços com a vitória, o objetivo é a glória. Páginas vivas!!!