Coleção pessoal de odairflores

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No país dos palhaços, os governantes riem dos homens sérios!

Nunca permita que o MEDO, amordace a tua DIGNIDADE!

Meu Deus, bendita seja a percepção que me faz Te amar, não por modismo nem tão pouco por medo! Te amar por perceber a Tua justiça e o Teu amor em todos os acontecimentos que me cercam.

A corda que puxa um país para o abismo, é a ignorância de seu povo!

O meu caminho não vai em direção ao tumulo! Passa por ele e vai de útero à útero e mesmo por ele passando, ali ele não para e nem dali ele parte, meu caminho é continuo, embora não acreditem aqueles que só conseguem enxergar em mim a pessoa e não o caminhante!

Não desanime com a impressão do que tu vês! Ainda há um sol maravilhoso la fora, porém dentro do seu closed azul com cortinas de nuvens plúmbeas, trocando de vestes, vibrações e cores, preparando-se para a primavera que há de vir, e para a qual, inexorávelmente estamos a caminho...

Não é necessário voltar ao passado para consertar possíveis erros teus! Continue a caminhar pois em dado momento, naquilo que tu chamas de futuro, a oportunidade de faze-lo vai aparecer e com muito mais proveito. Basta estar atento!

Mergulhe fundo na alma de outro ser humano !Mas esteja preparado pois quando voltares a tona, estarás carregando contigo muito do que havia por lá...

Penso que poeta deve ter a glicemia em alta! Não só pela docilidade do que exala, mas principalmente pelas feridas que nunca cicatrizam...

Estamos juntos ainda mas presos a ilusão, de que o que houve entre nós ficou no passado! Porém quando tu te libertas do teu corpo pela magia do sono, é comigo que vens encontrar e viver os mais maravilhosos momentos da tua vida!

Um casal quando dança de rosto colado, consegue o milagre de fazer desaparecerem pessoas!

Dói em mim a saudade do futuro, que enxergo com perfeição quando lembro do passado!

Jamais me encolherei num canto, esperando a morte chegar! Por estar vivo e na vida acreditar, continuo o meu caminho e ela, vendo que ouso, se afasta e torna mais longo o espaço entre nós!

Parodiando Oliveira Do Cordel desfilo em letras algumas das minhas saudades:
Saudades da farofa de ovo, café da manhã do meu pai,
das cantigas dos anos 50 na voz de minha mãe, trilha musical dos trabalhos domésticos, das primas que passavam as férias escolares em casa, das corridas pelo quintal com o meu cachorro Tupi, que me rendeu um tombo de cara no chão, saudades do radio vitrola com Mapa Mundi no dial, xodó da família, dos cuidados com as manas mais novas que eu Odinéia e Déa que me rendiam uma baita ciumeira, da caçulinha Andréa, com seus cabelos escorridos e o olhar sempre distante nos seus dez ou doze de idade, o cheiro inconfundível de cimento molhado pela chuva nos verões dos anos dourados, do recreio do Escolástica Rosa e dos sequilhos e do pudim de pão que lá eram vendidos por um ambulante, saudades dos sonhos da padaria Fluminense, saudade dos bondes onde eu ia sempre viajava namorando uma menina imaginária, da mesa sempre farta dos Natais capitaneados pelo patriarca dos Flores, meu amado pai, farta de comida e de parentes , saudades dos olhares das meninas da Vila Margarida, curiosas e assanhadas pelo recém chegado menino de treze anos que eu era e causavam um certo desconforto nos moleques que lá já moravam antes de mim mas me deram coragem para namorar alguém de verdade, das domingueiras do Praia Clube, dos bailinhos americanos da Turma dos Caveiras, dos bate papos com o Gringo, Jorge, Elizeu, Silvinho e Magalhães, das conversas intelectualizadas com o Beleza, saudades do rebaixado fusca garibadíssimo do mano Osmar, das divagações do meu amigo Carlinhos, menino caixa alta, filho dos donos do restaurante Beduíno mas que estava sempre com a gente, saudades da fábrica de calçados que ficava na praça João Pessoa em São Vicente e fazia botas sob medida imitando a dos Beatles, saudades do que eu sonhava ser, enfim uma baita saudades de mim...
odair flores

Tributo aos guardiões do planeta!
O mar, palácio de Iemanjá, não é tão somente um receptor das águas de vários rios. Ele capta por esses rios, moradia de Oxum, os fluidos que vem carregados das energias das matas onde reina Oxossi, dos gêiseres que trazem vibrações das salamandras que vivem no fogo central do planeta, capta as energias das rochas que transforma em falésias, das águas que escorrem dos maciços. que são a base para os pés sagrados de Xangô! E enquanto em suas profundezas,com o trabalho das Ondinas sob o comando da Mãe D'água, as impurezas que para ele são levadas pelos caminhos fluviais são aniquiladas, Inhasã com seus raios de altíssimos megatons, queima os resíduos que evaporam! E quem olhar em noites de tempestades para a praia, verá entre as brumas o vulto de Ogum beira mar, fazendo com seu exército um cinturão de segurança, para que as forças infernais, tremam de pavor, mantendo-se longe da
reciclagem divina, que a nós voltará em forma de abençoadas chuvas!

Sem as águas do céu
Na terra gretada como os pés que lhe pisam, fazendo-se caminho para uma roça de desalento, lá vai o homem na vã tentativa de plantar seu pão! Mas o canto continuo do acauã em tom de lamentos desesperados, agoura, sem piedade meses de prolongado estio, ressecando a fé do lavrador! A caçula, sem forças nos braços mirrados de sua mãe, balbucia palavras ditadas pela fome. tendo a frente a última cabra que restou do pequeno rebanho, sem forças e sem leite. No coração do agreste, palpita o coração de um ser abandonado pela sorte, que faz do amor pelos seus, o único arrimo para continuar de pé! No meio dos arbustos tostados, o pequeno pássaro da máscara negra sobre os olhos, continua a gritar como as almas daqueles que sucumbiram, nesse canto abandonado do meu país!

Quando me chamam de poeta só para zombar,
digo, sou poeta pois a mim foi dada, a dádiva de poetar
Mas é uma graça que não é só minha.
O maior poeta é Deus
por ter criado e dado a Paulinha,
tanta luz nos olhos seus...

Entendo teus arroubos, como se a adolescência ainda morasse em ti, entendo o brilho dos teus olhos, como se estivesses diante do primeiro amor. É que depois de tanto tempo em companhia de uma talvez sincera, mas apenas convencional amizade, as asas da alma começam a sentir chegado o momento de novos voos, voos de ventura na ânsia de sublimes aventuras. Um poder voltar ao ninho e aninhar-se nos braços do homem, que te fará sentir-se a mulher sonhada, a mulher desejada, no despertar da verdadeira mulher que existe em ti, razão única de estares aqui a passear pela ilusão do tempo. Pois é nessa ilusão que buscas, errando e acertando, a luz que te fará crer na eternidade...

O submisso faz do egoismo a sua miserável pátria e como pária da dignidade, faz da submissão uma redoma para esconder-se da própria covardia, diante do temor da possível ausência do viciante paternalismo...

A pessoa que compactua com um governo corrupto, assemelha-se com aquele cara que diz amar a criação, mas aplaude o toureiro que abate o touro.