Coleção pessoal de Oaj_Oluap

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Neste corpo já não habita o antigo eu que sorria para todos, que era brincalhão e sociável. Neste corpo habita um eu que surgiu quando mataram aquele. Este eu não sorri à toa. Não mede esforços para conquistar e manter o que conquistou. Este eu é capaz de matar, mas não de morrer, por nada e por ninguém. [...] Este eu está pronto para fazer acontecer "do nada", sem medo de julgamentos. Tic-tac, tic-tac!

⁠Sobre a Inteligência Artificial (IA) no Sentido Lato


Consegue transformar em ato a potência da criatividade e sensibilidade estética em uma linguagem única, que é própria de nós humanos e de cada um de nós como indivíduos? Isso é válido para qualquer obra, pois, se é de um humano, deve ser, por definição, humana e única, este aspecto sendo aquilo que deriva-se a partir do autoconhecimento do indivíduo, a partir das variáveis com valores determinados, o que o define como tal.

Se não consegue, não arrogue para si o nome dos grandes, pois, apesar de suas obras serem patrimônios da humanidade, eles próprios não o são. Assim, trazer tais obras para uma discussão vulgar sobre conteúdos vulgares não faz sentido. Se você, como parte da grande massa, não produz nada de verdadeiramente humano e único, cale-se! Pois o que você faz não está em discussão, isto é, as vossas obras são facilmente substituídas por IA.

Se o faz, você tem todo o direito de demarcar o nível de depuração e de aproximação com o sublime e o belo que a IA jamais pode ter. Dado que, as suas partes constituintes não são e não haverá de ser como a nossa, humanos e indivíduos.

⁠Só valora em demasia a ciência quem não a compreende. Normalmente os não cientistas ou os maus cientistas. Por outro lado, os bons cientistas nunca a leva tão a sério.

⁠A virtude é silenciosa e perene, isto é, dela não se vangloria, não é necessário defendê-la; ela fala por si, é por si forte e absoluta.

⁠Para trazer luz é necessário iluminar a escuridão. Para isso é necessário trazer caos às trevas.

⁠Há apenas dois modos de homem, os que são na normalidade, e os que são longe dela. Eu sempre fui o do segundo modo. A vagar no meu pensamento e na minha fria observação, afasto de todos, normalmente, a minha persona que tanto lapidei para passar despercebido. Trazendo, assim, uma nítida aversão, antipatia e sensação de que algo estou por esconder ou a esconder-me; eis a impressão do homem vulgar. E eu apenas um homem estranho a degustar a bela e assimétrica estética do vinho com a literatura, matemática e filosofia.

O brasileiro teme a excelência e dela se afasta, como o "vir" deveria ante os vícios.

Quando se convive com alguém por muito tempo, há uma tendência a igualá-la ao nosso tamanho, pois nossa lente torna-se paulatinamente manchada pela intimidade e pelo conhecimento mútuo. O afeto traz à tona os conteúdos do inconsciente, ofuscando até a luz mais intensa; medimos o outro pela nossa óptica, e não pela óptica do outro. [...] O espelho nos remete ao Outro, por definição, sempre assimétrico e incompleto. O corte do estádio do espelho nos direciona ao desejo de uma posição significante na lógica do ser ou ter, defronte ao reflexo do reflexo. Nunca alcançamos o Real, "tornamo-nos, ou acreditamos na busca". E, assim, o impossível nos angustia, ou se direciona à lógica fantasma projetada sempre a outrem, julgada inconscientemente "mais ser" do que eu.

⁠O mundo acadêmico é composto, em sua maioria, por ressentidos que não fizeram um terço do que fez "o arrogante". E não farão, pois não possuem tal potência.

⁠A academia brasileira, em última instância, valora sumamente o mediano que se esforça e tem como fim último da educação a nota. [...] O aluno nota 10 que "esqueceu" o conteúdo da prova do dia anterior e ou nunca produziu, ou melhor, irá produzir algo inovador.

⁠Pouquíssimos são verdadeiramente livres. A liberdade consiste em tornar o contexto totalmente desfavorável em algo que seria, a priori, extremamente improvável. Sê livre! Tomai das mãos do destino o que é teu por direito. Sejais e nada mais. Subvertes a teoria da probabilidade e estatística com a tua vontade.

⁠Eu não tenho sonhos e talvez nunca os tenha. Nem aspirações nobres e lúcidas, que com certeza não veriam em vida a luz do sol e nem encontrariam ouvido de gente, pois aspira o ser vivente e quem vive é a carne; tudo além e a mais é. Apenas a isto olhei, observei obstinadamente e encontrei. Eureka! [...] No sentido último e preciosista do termo, opto por utilizar o vocábulo sobreviver, em um sentido que já se faz "também" (talvez, a depender da definição de biologia, e assim por diante) filosófico, e não meramente biológico. O que, em suma, digo é que não vivo, sobrevivo e também por isso não sonho; encontrei e sou.

⁠O homem verdadeiramente grande age tão somente de acordo ou em correta proporção com a sua grandeza, que em si difere em sua conceituação das que terceiros dão a ela. Por sua vez, comumente homens grandes agem, pela forte coação da massa, muito aquém de sua autorreferência e ideal de eu. Sujeitando-se, assim, ao ressentimento dos homens médios e baixos.

⁠Para não ser "bonzinho" é imprescindível "ser um monstro".

⁠A matemática é a arte de reexpor conceitos em novas definições por meio de novos caminhos. A arte de fazer a extensão de um conceito por meio de novos "contextos matemáticos". Trazendo, assim, novos lemas, corolários e teoremas. Que resulta, por sua vez, em novas descobertas.

⁠A excelência não é um status, é um estado que é uma disposição de espírito.

Vingar-se é, por definição, justo, pois é reivindicar o que é seu por mérito.⁠

É cômico e trágico como um pequeno grupo de acadêmicos de toda e qualquer universidade está inclinado a crer piamente ser a academia.

O ser é tão absurdo quanto o não ser.⁠

⁠O homem pequeno sempre irá criar novas métricas, que nunca são aplicáveis para si, no intuito de justificar a sua mediocridade.