Coleção pessoal de nulo

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Tem pessoas que se acreditam democráticas porque concordam que você faça o que ache certo... desde que o seu certo seja igual ao delas!

A cegueira do radicalismo para a complexidade sistêmica, norteada pelo foco único colocado na própria trincheira, torna o convívio um permanente risco para os que o rodeiam, pelo fato do pensamento radical partir da premissa de que todos que não se unem a ele estão contra ele! Como pensa de forma linear, tendo um dos extremos como a única alternativa possível, o equilíbrio representado pela neutralidade se apresenta como uma posição mais próxima da do “inimigo” e que, por isso, também precisa ser destruída antes que se traduza em fortalecimento da “ameaça”.

Não aceito ser chamado a ocupar trincheiras onde cada uma das partes quer me fazer acreditar que só existam mocinhos de um lado e vilões do outro. Tal percepção tendenciosa turva a visão sistêmica necessária a uma análise justa e nos arrasta para o radicalismo dos dois extremos, independente de qual se acredita o lado certo.

Não consigo me descrever como um desses homens de “convicções fortes”. Parece-me algo que não admite reformulação... E a única coisa sobre a qual tenho certeza absoluta na minha vida é da minha vontade de me redescobrir.

Só canalhas de verdade não se sentem atingidos quando têm a sua honestidade questionada, já que “honra”, para eles, não passa de um mote para poderem alcançar seus reais objetivos.

Pessoas iguais não se acrescentam. A discordância obriga o contrariado a pensar, e da reflexão é que se cresce.

Não são ações radicais – ou grandes desatinos – que promovem mudanças definitivas. Um mundo mais justo se constrói pela cidadania levada aos pequenos atos de cada dia.

Na primeira vez que me sentir enganado posso estar sendo injusto. Na segunda pode ter havido uma coincidência. Mas na terceira vez a culpa é minha, e nada mais meritório do que mo terem imposto.

Mais importante é que as coisas sejam feitas pela consciência do que deve ser feito, independente de uma eventual compensação cósmica resultante.

A omissão é um dos crimes mais graves, porque todas as atrocidades são cometidas por conta dela sem que ninguém se sinta culpado.

Política é a arte de fazer com que as pessoas pensem que você pensa no que elas pensam, ou seja: exatamente no que você nunca pensou.

Ninguém é culpado por ser diferente de outra pessoa. Mas sempre será culpado quando simula que é igual à outra, pois que tira desta o direito de escolha.

Cada qual adota o comportamento que é melhor para sua vida, e a escolha é um direito inalienável da pessoa humana

O esperto acha que é mais inteligente do que os outros.
A inteligência, porém, reside em colocá-la a serviço das pessoas, em vez de obter vantagem delas. A compensação é consequência.

Incompetentes comuns sempre defendem incompetentes célebres para se sentirem justificados na própria incompetência.

O mundo é composto por 10% de escória por opção, 20% de escória por exclusão, 65% de inconsequentes úteis que se transformam em massa de manobra dos dois primeiros e 5% de conscientes que efetivamente desempenham o seu papel social a serviço do coletivo. São estes últimos os responsáveis pelos avanços da humanidade.

Reparem: sempre que alguém repete sem parar o que diz ser sua verdade, via de regra está tentando disfarçar o ponto fraco ou está tentando convencer a si mesmo do que quer convencer os demais.

Recuso-me a acatar um “ismo” que me cristalize dentro de ideologias imutáveis. Antes preservar minha capacidade de repensar minhas posições para mudá-las sempre que se fizer necessário, de modo a fugir do tendencialismo e me aproximar da realidade vigente.

Você não precisa ser um radical, um revoltado, ateu extremista para ser crítico. Você pode muito bem ser um crítico mantendo sua personalidade tranquila e serena e mantendo forte a sua fé. Um crítico nada mais é que um observador que comenta a respeito de tudo o que envolve a sociedade, os pontos negativos e positivos. E críticos nem sempre vão concordar ou discordar totalmente do que um outro crítico diz, não é a toa que existem as discussões e os debates. E tem mais: crítica nem sempre é defeito, pode ser até elogio!

O erro de qualquer extremo é acreditar que os fins justificam os meios, quando os entricheirados negam a própria contribuição no resultado que atacam, imaginando só existirem mocinhos de um lado e vilões do outro. O distanciamento da visão sistêmica remete ao radicalismo, que não consegue ver benefício além do que o seu lado se acredita capaz de gerar, posição utópica respaldada por arrogância e incapacidade de autoanálise.