Coleção pessoal de paulomontezneto

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⁠⁠Árvore de Natal 2.0

Natal está chegando,
e minha casa irei enfeitar,
Tempo breve e especial,
que marca a passagem,
Seus enfeites pendurados,
Me fazem lembrar,
O passado dos que estiveram,
O presente dos que estão,
O futuro dos que estarão,
Tudo é tão decorado,
Os detalhes com cuidado,
Natal é um momento mágico,
O passar dos anos,
Vai mostrando,
Que não é apenas uma data,
Da mesa colorida,
Dos enfeites colocados com entrega,
Da casa cheia à luz de velas,
E com o tempo vai se esvaziando,
Quando se monta a árvore,
Bate a nostalgia da saudade,
Das gargalhadas da ceia,
Dos sinos natalinos soando,
Dos anjinhos pendurados,
Das bolinhas balançando,
Dos piscas-piscas,
Acendendo e apagando,
Como estrelas,
Que enfeitam lá em cima o céu,
Que também acendem e apagam,
Com o tempo quem monta árvore,
Vai entendendo o significado,
Da noite de Natal.

⁠As melhores coisas, talvez não são coisas, seja sensações. O melhor da beleza, talvez não é aquela que se gaba, seja que se aprecia. O melhor do tempo, talvez não é o que passa, mas que se vive.

⁠Vou esquentar um dia cinza com café, nosso encontro foi na bancada do café, nossos filmes são acompanhados de café, pode ser tudo uma bobeira, mas não deixo de lado um bom café.

⁠Polimento no ouro faz a jóia ter brilho, envernização na madeira faz os móveis terem brilho, amor na alma faz qualquer pessoa ter brilho.

⁠Se as labaredas tentarem cercar o seu jardim, regue-as com água.
A água desmancha qualquer chama que ameaça.
Quando as calçadas estiverem quentes, reze para a chuva, depois da chuva vem o alívio.
A prece de amor é como água, desmancha qualquer fúria como devoção.


Quando estamos numa guerra, ou numa pandemia, ficamos todos desnivelados. Resta o poder dos misericordiosos.
Quando só há política, o amor se perde. Não existe lugares melhores e piores. Existem pessoas
que fazem a diferença nos lugares.

⁠A vida sempre vai te dar dois tipos de amigos, aqueles que vão gostar de você 'distante', e aqueles que vão gostar de você 'por perto'. Cabe você decidir quais amigos vão caminhar com você.

Meditar traz paz, contemplar traz paz, gratidão traz paz, há coisas que pra observá-las é necessário com a calma da paz. O amor ecoa do coracão, silenciosamente como a voz da paz.

⁠Nessa cidade o inverno é calor, encanta quem anda, encanta quem pedala, encanta quem dirige e quem dança. Nessa cidade as flores são coloridas e os pássaros aparecem no inverno. Nessa cidade a lua e o sol se mostram brilhantes no inverno. Como é bom seu calor. O calor de inverno que essa cidade me dá.

⁠A gente aprende que os caminhos são de amores e desamores. Os amores são como caminhos livres e os desamores são como pesos. Se as culpas deixarem sua mala pesada, é hora de soltá-la para prosseguir no caminho.

⁠Gosto quando a face do sol aparece, seu semblante brilhante e seu temperamento caloroso, ilumina a todos sem qualquer distinção. A esperança vem como luz, acendendo aos poucos, vagarosamente as coisas, vão aparecendo, tomando formas, suas cores, a beleza resplandece emergida de um clarão, o novo dia.

Vestida de rosas

É um pouco das cores da primavera,
É um pouco do calor do verão,
As oscilações do outono,
E um pouco do frio do inverno,
Um pouco de mulher,
Um pouco de homem,
Um pouco de gay,
Muitas vezes intuição,
Muitas vezes razão,
Muitas vezes coração,
Que quebra em pedaços,
E aprende a andar pela passarela,
O levantar do dia e o cair da noite,
Um pouco de tudo,
As várias camadas do crepúsculo no entardecer,
Os prismas do arco-íris ao chover,
Custei a observar todas as rosas,
Sentir todos os aromas,
Entender as diferenças,
Na complexidade do jardim,
Fui costurando como um vestido,
Tomando cuidado com os detalhes,
Cada rosa é uma única,
No meio de todas as outras,
Parecem iguais,
Mas quando te olhei vestida no altar,
Compreendi sua beleza singular,
Sua história particular.

⁠Areia que voa, como ciclos que se integram e desintegram, formam e desmancham. Desliza nas mais variadas formas, que serve de chão quando endurecida pra sustentar a confiança, e pó quando dispersada pra firmar a esperança. Nas andanças da vida, de um lado para o outro, um eremita caminhante como um grão.

⁠Da sacada observo, as doces cores da paisagem, a quietude do domingo em meio aos anseios das construções, a chance de contemplar a luz do sol que sobrevive as frestas de obras colossais. Imerso entre a razão do concreto e inspirado pelo cheiro da mata, ambas tem suas razões e emoções, se complementam como ideias e ferramentas.

⁠A vida pode ser uma tonelada de idéias e sonhos, às vezes conflitosas, por vezes dolororas, mas sempre por um motivo, a tentativa de amar.

Por muitas vezes é preciso estar no alto, fechar os olhos e recitar a prece para os anjos siderais. Se esvaziar dos anseios desnecessários do mundo. Pra seguir é necessário estar leve, para amar é necessário resiliência. No caminho receberemos pedradas injustificadas, mas deixar o coração caucificado é uma questão de escolha.

Aquela areia do passado é desmachada pelos ventos. Nada é como antes, nada fica igual, nem os grãos.
As dunas do passado quando assombram o presente, precisam de ventos fortes pra desmanchar e
abrir os caminhos. Tudo se integra e desintegra como areia para novos começos e recomeços.

⁠Quero um pouco dos grandes olhos das corujas, que no escuro enxergam as formas mais difíceis um pouco da sabedoria das formigas, que com perseverança vão construindo pouco a pouco suas moradas. Mas nada é melhor que um café quente, esfumaçado na paisagem, pássaros coloridos aos céus voando de passagem. Já equivale o ganho de um novo dia, cheio de perseverança, sabedoria e inspiração.

⁠Sentado numa lotus, ventos chocoalham as árvores emulando os véus de Lakshmi, logo o céu amarelado vai emergindo sua fortuna, as cores em gradiente enriquecem o jardim, borboletas douradas aparecem, a decretar a liberdade e a beleza do vale.

⁠Efígie

Foi-se como um sonho,
Devaneio de prazeres proibidos,
Deusa foragida do paraíso,
Flecha que acertou o mais destemido,
Desbravador de Quimera e Basilisco,
Um lobo temido,
Que sucumbiu nas graças,
De uma predileção,
Agora resta os encantos,
Na caligem das guerras,
Na esbórnia dos lambareiros,
O cavalheiro tornou-se assisado,
De coração ameno e ponderado,
Aflorado de talentos adormecidos,
Um fabro mudado,
Sua obra aos poucos foi-se talhada,
Dotada de formas delicadas,
Fruto de paixão e inspiração,
Efígie que sobreviverá aos tempos,
Viverá aos atentos,
Encantados por seus condões,
Que embeleza, gera e transforma.