Coleção pessoal de NelsonMartinsPoeta

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Sou só poeira

Eu sou só poeira
Deixado na madeira
Deixado pelo vento minuano
No tempo... No Pampa
E quando ele quer me ver
Sofrer novamente
Ele volta me abraça...
E simplesmente
Leva-me para outra madeira

O mesmo vento que me da o ar
Que me tira o ar!

Eu sou só poeira
Deixado pelo amor
Deixado no vento minuano
Perdido no tempo
Perdido no Pampa
E quando ele quer me ver
Sofrer novamente
Ele volta e me abraça...
E simplesmente leva-me
Para os braços de outra pessoa

O mesmo amor que me da o ar
Que me tira o ar!

Embora me digam... Que meus olhos são azuis
Eu ainda vejo as coisas em preto e branco.
Mais preto do que branco.

Tenho mil e uma idéias
E uma só vontade
De mudar o mundo
Mas essa vontade
É maior que todos
Os meus sonhos.

A poesia pode ser breve

A poesia pode ser breve, como luz...
Nos olhos de quem a ler, por um instante.

-E eterna no coração, como fogo...
Na alma de quem com ela quer morrer
Amando-a eternamente.

Passagem

O beija-flor beijou a flor...
E foi embora...
Então ela a flor, feliz ficou.

A abelha beijou a flor...
E foi embora...
Então ela a flor, mais feliz ficou.

A borboleta beijou a flor...
E foi embora...
Então ela a flor, tomada
por tanta felicidade não notou.

O homem beijou a flor...
E foi embora... e a levou...
Então ela a flor... triste chorou!

Saúde pública?

Em conta-gotas anda a saúde pública?
Em conta-gotas d’água...
Em conta-gotas de sangue...
Em conta-gotas de lágrimas.

Uma mente nos livros
Não é uma mente presa
Mas sim uma mente livre!

Tudo que me restará nessa vida
Serão fragmentos
De um amor sem fim...

Homens; pequenas esferas...
Trabalhando no relógio, MUNDO.

Quando alguém canta

Quando alguém canta
Os pássaros se espantam nas árvores
As flores exalam seus perfumes no ar
- Como por encanto.

Quando alguém canta
As lágrimas se recolhem no peito
De quem ama, o coração se cala
- Como por encanto.

Quando alguém canta
Na lembrança de um ser humano triste
Só um sorriso dança...
Tudo se encontra/E se desencontra
- Como por encanto.

Quando alguém canta.

Sou como tantas árvores que secam
Em meio à multidão.
Mas renasço a cada amanhecer
Com um novo amor no coração!

Porto;
Ando torto/
Por ruas tortas//
Por olhares tortos//
Por palavras tortas//

No universo das estrelas o poeta
No universo da poesia as estrelas!