Coleção pessoal de nandhafranklin

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Vivemos tempo difíceis...
Todos falam e poucos ouvem.
Sentir tornou-se ousadia!

Espécie humana
(Fernandha Franklin )

Eu vi um menino brincando de ser homem...
E em cada nova brincadeira,
se deparava com uma prisão.
Algemas,
pedras,
celas,
excesso de ressentimento,
orgulho,
lamento...
e ausência de emoção.

Eu vi um menino vendendo a infância, a pureza...
e não era em troco de pão.
Ele vendia sua alma angelical, por poder maquiado, status e todo tipo de falsa razão.

O menino brincava de ser homem,
e se vislumbrava com a dissimulada sensação,
Exibindo orgulhoso um vazio transvestido de bens e superficialidades...
mas que não passava de ostentação.

O menino já brincava com brinquedos de "gente grande", interesse de leão e armas mortais, e não mais com bolhas de sabão.

Ah menino...
E como sair dessa emboscada, agora que percebeu que ser homem é pura ilusão...?? Homens tem mente, mas só meninos "têm coração". Homens são fragmentos de prantos,
dores e feridas ressentidas... guardadas e escondidas durante toda uma vida... Ah menino...
A essa altura já deve saber que os homens podem quase tudo, por meio de poder e inteligência.
Mas o que talvez ainda não saiba ... é que nenhum poder no mundo, comprará de novo, a sua inocência.

E que triste fim...
Que lamentável destino...
Onde homem algum, pode voltar ser menino.

Uma boneca fora de matrix
(Fernandha Franklin)

Ela acordou em meio a uma massa "auto alienada", que procurava recursos hipnotizantes, para manterem-se isentas da realidade.
Uma massa que parecia desperta e consciente por estarem de olhos abertos, mas que não "enxergavam" nada.

Ela acordou cedo...em meio a uma multidão que acreditava ser "humanidade", mas de forma zumbificada, nem acordada estava.
Então ela que acordou cedo,
Sozinha e com medo, permaneceu imóvel em silêncio, como se também não tivesse vida.

Chocada e calada,
só restava-lhe observar a desastrosa dança dos sonâmbulos.
E eles estavam em toda parte...
Na tv...
no rádio...
nas revistas...
nos palcos...
na rua...
na repartição ao lado...
no ponto de ônibus...
em casa.... e até ministrando palestras motivacionais.
Sentindo-se, raros e especiais,
mas sem perceber que eram de fato, escravos da vaidade, ao crer em sua utilidade perante a sociedade .

E haviam uma minoria...
Uns poucos conscientes (donos de suas próprias mentes) que ao atreverem despertar a maioria, eram boicotados...
Julgados "coitados", ou "aqueles que não sabiam o que diziam". Naquela época, a principal forma de alienar a massa consistia em descredibilizar a verdade, fazendo com que riam da "cara" de quem se arriscasse a contar sobre como o mundo realmente era .
Então os loucos eram os acordados... E os normais, todos aqueles que dormiam de olhos abertos.

E ela observava...
Mas pouco fazia além de escrever pequenas doses de "verdades cruas" misturadas à contos, poemas e textos sem grandes impactos.
Havia verdade em tudo, e ela esperava que os que queriam despertar, fossem capazes de perceber.
E foi assim, que mesmo calada, ela falava para uma massa que dormia.

"Matar não é apenas desabilitar o corpo de alguém de uma vez por todas.
Matar também é destruir sonhos,deixar de fazer o bem, desrespeitar, negar atenção.
Matar é sobre fazer o outro sentir-se um nada, sufocando aos poucos suas emoções.

Se persarmos bem, sobre o conceito de "matar", descobriremos que somos todos assassinos.

(Fernandha Franklin)

Você será incapaz de amar alguém de forma saudável, se não for capaz de amar-se genuinamente.
O amor próprio é a imunidade que nos livra das dependências emocionais.

(Fernandha Franklin)

A gente sabe que a pessoa é pobre de espírito, quando toda riqueza que ela tem para mostrar, é só é aquilo que se pode ver.

Fernandha Franklin

Só quando nos colocamos no lugar do outro, é que somos capazes de fazer o bem de forma sincera...pois só quando colocamos nosso coração no outro é que valorizamos a vida do outro.

Fernandha Franklin

Infidelidade
(Fernandha Franklin )

Quase não dormiu noite passada.
Rolava de um lado para o outro na cama, a esposa dormia ao lado.
Na sua conta de homem da casa -Três filhos, dois cães, duas casas e setenta e oito mensalidades do carro novo que o vendedor disse que cobria tabela fipe.
Quinze anos de uma União bonita, preservada pelo respeito e paciência...nem sempre com um bom diálogo, mas mantida pela sabedoria do silêncio ao invés da mágoa.
E o silêncio prevaleceu tanto, que nele outras emoções nasceram,
Nele novas mulheres eram admiradas.
No silêncio, o seu íntimo tinha outras vidas, e elas beijavam outra bocas, e se aventuravam com outros corpos.

Na vida real, a honestidade era inquestionável. Apresentava uma relação modelo. Uma confiança de casal elogiável ... Mas tudo isso, porque os olhos não falam como os lábios, pois se falassem, diriam o quão infiel ele era consigo mesmo.

Seus pensamentos e desejos não condiziam com o que vivia - Sentia-se como um assassino, que apenas não teve coragem de cometer seu crime.

Ele era fraco como qualquer traidor, que antes de trair de corpo ...traí a alma.

~reavaliemos nossos conceito sobre infidelidade ~

Se você se considera uma pessoa boa, e faz questão de provar isso... então você não é uma boa pessoa.

Entre tantas, ela era todas

Ela era diferente de todas que conhecerá, mas ele nunca conseguiu explicar qual era o diferencial dela.
Hoje, anos depois ... ele entendeu que ela nunca se esforçou em ser só uma, e sua distinção era justamente dar vida as tantas mulheres e meninas que moravam nela.
Todas em uma só!
Todas que ele jamais conseguiria conhecer numa vida inteira.
Um labirinto de mulher.
Ela era diferente de todas, mas por ser tantas... dava-se ao luxo de ser (inclusive) igual as outras.
Que "pena" dos homens que jamais perceberam e que nunca perceberão a diferença entre ela e as demais.
E entre tantas, ela era entretanto aquela que variava da ousadia a poesia, sem perder o ritmo, o humor e a magia.
Ela era diferente de todas, e hoje, anos depois, ele reconheceu que ela era única, mas depois de tanto tempo... já era tarde demais.

(Fernandha Franklin)

Quando não admiramos intrinsecamente a alma que somos, só resta exaltar as coisas que possuímos.

(Fernandha Franklin )

Beleza,
fama,
poder,
status,
aparências...
São fachadas iguais as que os empresários usam na entrada de seus comércios, e que (em alguns casos) também escondem a real estrutura do estabelecimento.

Quantas vezes você já entrou em certas lojas, fascinado pela beleza e requinte das fachadas convidativas, e logo após os primeiros passos se decepcionou com os produtos ou atendimento oferecido?
Eis uma prova de como é fácil sermos seduzidos e enganados por fachadas, seja de empresas, seja de pessoas.
O que acontece é que não estamos observando os detalhes das falsas fachadas, já que andamos muito distraídos construindo nossas próprias fachadas, buscando fama, gloria e bens desenfreados. E quando conquistamos o desejado poder, estamos com caminho livre para as demais tentações, e junto delas... gente falsa, assédio e bajulação, e cada vez mais ouvimos elogios (nem sempre sinceros).
Quanto mais poder temos, mais perdemos o sensor que nos atenta ao que é falso e verdadeiro. E quanto mais nos deleitamos e massageamos nosso ego, mais a falsa sensação de segurança passa a ocultar situações e mascaras, e é assim que montamos com sucesso nossa fachada.
As únicas pessoas que não se iludem com o fascínio do poder e não criam fachadas de mentiras e de auto engano, são as pessoas que sabem perder o que possuem sem entrar em desespero. São as mesmas pessoas que independente de terem nas mãos um milhão ou um centavo, terão o mesmo número de amigos à mesa. Aliás, essas pessoas são aquelas que nem ligam para a fachada, elas estão pouco se importando com a forma que os estranhos olham para o que elas possuem, ou para quem elas sejam. Essas pessoas só se importam com a qualidade do que oferecem, seja produto, serviço ou amizade.
(Fernandha Franklin)

Em pleno vigésimo oitavo andar. . . Do alto do Joana D'Arc, diante da janela desalinhada que dava pra torre sul...
As vinte e três horas e quarenta e dois minutos.
Jogávamos xadrez valendo almas, quando de repente o céu nos rouba a cena - Uma luz cintilante traçava a janela, e antes que eu abrisse a boca ele pergunta:
-Qual será o nome desse COMETA?
Sem hesitar respondo:
-PECADO!

Ser confiável é quando 'outra pessoa' acredita em você.
Ser confiante é quando 'você mesmo' acredita em si.
Só pessoas confiantes não provam nada a ninguém.

Tenho certeza do que quero, mas não tenho certeza se é isso que eu deveria 'querer'

Tem gente que tem felicidade líquida, que dura só enquanto o copo está cheio.

Pela primeira vez houve silêncio.
Pela primeira vez não tive vontade de prolongar o assunto.
justo eu que sempre puxava um gancho, fazia uma pergunta qualquer ou um comentário sobre a opinião afim de mostrar importância e interesse... Justo eu, já não o achava mais interessante.
Havia uma inteligência majestosa nele antes. Havia um brilho. Havia um sensor divino ou sei lá... só sei que havia uma plenitude inexplicável.
Poucas pessoas tinham despertado meu fascínio como ele. Para ser mais exata - Nenhuma pessoa antes havia sido motivo de boa parte do meu interesse. Mas ele conseguiu.
Observei-o a distância, como faço com qualquer coisa, pessoa ou situação que está sob análise para entrar em minha vida.
Antes que eu finalizasse a observação... ele veio até mim!
Audacioso prudente coerente e com o coração na mão; ele pediu licença e pediu para que eu contasse minha história.
Então achei (pela primeira vez) que eu estava amando de verdade, e que ele pudesse ser meu quebra cabeça preferido... e quem sabe ele também pudesse ser o humano mais apto a desvendar-me sem clichês, e sem a exibição dos estúpidos.
Poderia ter sido amor se ele não tivesse seguindo um roteiro escrito por tolos.
Poderia ter sido amor sim, mas foi só uma distração resultante do tédio , e quando o tédio passa, passa também a vontade de conversar, passa a vontade de querer saber mais!!!
Pela primeira vez houve silêncio.
Pela primeira vez não tive vontade de prolongar o assunto. (Lúcia Maria - Outros tempos)

DEUS

Compreendo tão pouco embora observo muito.
Sei que há algo maior, uma razão... um ser, uma força que realiza o que chamam de "inexplicável".
Sem compreender muito, e sem querer estar certa... Gosto de crer na primazia do amor divino, e que o amor é de fato sua matéria prima.
Gosto de crer que sendo Deus o próprio amor, ele não tem religião, e crendo nisso percebo o quão mais fácil é, aceitar meus semelhantes do jeito que eles são.
Falar em Deus é sempre uma assunto delicado, eu sei! Afinal cada qual defende o "seu", e muitos são extremistas na defesa, e tentam mudar outras crenças a força.
Essa busca pela "fé" certa e pelo "Deus verdadeiro"; muitas vezes é a causadora dos atritos e desavenças entre quem não tem auto controle de suas próprias emoções. Isso me faz lembrar de um texto que diz "que somos a imagem e semelhança de Deus" e que considero absurdamente coerente; uma vez que... se eu for alguém que sabe respeitar, então o meu Deus será de respeito.
Se eu amo verdadeiramente meu próximo, o meu Deus será o amor.
Se eu não julgo para não ser injusta, então o meu Deus será de justiça.
Se eu sou paciente, meu Deus também será.
Todos os valores que tenho e pratico em minha vida serão sempre reflexo da minha fé, dos meus valores e automaticamente também serão as qualidades do Deus que eu acredito.
Não precisamos concordar com as crenças e nem com o Deus que o outro crê, mas devemos respeitá-las ...afinal se nem mesmo formos capazes de respeitar a fé do nosso semelhante (por mais que seja diferente da nossa), então nosso deus será a "hipocrisia".

"E se..." não quer dizer nada, mas faz a gente pensar muito.

De tudo o que ainda não conhecemos, "nós" somos o maior mistério.