Coleção pessoal de MIssias
Felicidade
Aínda há quem diga
Que Paz é trabalho sem fadiga
Nem seria verdade
Um céu sem tempestade
Na vida não ter decepção Encontrar na fúria o perdão
Um sorriso com a alma partida
E que a luta não esta perdida
Se acha então o segredo
Seguir sempre sem medo
Alegria no palco escondido
Amar sempre com pureza
Carregar no coração a certeza
Machucado mas nunca arrependido.
Sempre existirá uma ferida
Quando da partida
Se os lábios não se tocam
A alma se repele pois foi a primeira a sentir
E os olhos irão trocar o beijo da despedida
Ademir Missias
Cavalgada para os Canteiros
Cavalgar em campos verdejantes,
Com amigos de perto e outros bem distantes,
Levantar cedo ainda sem sol com uma fina neblina,
Dividir a farofa e
Cruzar águas cristalinas,
Carregando a cangalha
O Burro chamado navalha,
Forte esperto e ligeiro,
Levando comidas e bebidas dos companheiros..
Cavalgada boa e organizada.
Antes fizeram a chamada,
Logo pedimos a Deus uma ótima caminhada,
Seguimos então com destino
Para os canteiros na pousada.
No caminho não queremos barulho!
Reclamou um velho amigo com o nome de Getúlio.
O Dedê um cara sensacional,
Sua mula machucou e passou mal,
Não pôde nos acompanhar,
Deixa pra outro dia então,
Não faltará ocasião,
Iremos te convidar!
Por caminhos cheio de pedras na vasta imensidão!
Uma conversa aqui outra ali
E nada de solidão.
Uma parada no curral das Pedras para um pequeno descanso,
Amarrei meu soberano um cavalo muito manso,
Uma cachaça boa, farrofa
Torresmo a mandioca,
Tava esquecendo a linguiça.
Ali ninguém tinha preguiça
Um descanso merecido,
Pois nada foi esquecido.
Chegando la pousada uma ótima recepção,
Soltamos nossos cavalos,
Mesa farta e comida boa tudo de bão.
Violão, bateria e cantoria,
Jogo de truco e nada de tristeza pois tudo era alegria,
83 cavaleiros ficamos grandes amigos até de pessoas que a gente não conhecia.
Pra relembrar essa passagem,
Daquela linda paisagem,
Que muito deixa saudades
de colegas de várias idades,
Eu fiz essa poesia..
Aos amigos de todas as cavalgadas Abraço !
Do Missias!.
Pobre Alma
Almas empobrecidas
Por faltas de candura,
Alarvadas por carência de doçura,
Em estado dilacerado,
Coração desvenerado,
Lágrimas deixados tantos,
Sofreguidas de encanto,
Antes fosse comovente,
Pungente soubesse amar
Deixar de ser carente
E a alma se salvar.
Nobreza
Estamento superior da sociedade
Sinônimo de aristocracia
Fragmentada por toda sua magia
Domínio e vaidade
Uma como militar e feudal
Contestando a de origem cívica e moral
D' outra com poder e sedução
Revestida de dons, prestígio e fascinação
D’alma nobre e benevolência
Deveras ignorância
Com poder de estender a mão
Diferente de todos animais
O homem que sabe mais
Nobre aquele que pede perdão
Viver é uma arte
Deste palco fazemos parte
Treinados a sermos artistas
Acrobatas equilibristas
Tecido grosso e listrado
Ambulante de palha e colchão amarrado
Fecha-se o tabernáculo
Continua o espetáculo
Circo
Grande circo de magias mil
Recoberto com lona azul anil
A atração estréia cedo
Com texto e com enredo
Viver é uma arte
Deste palco fazemos parte
Treinados a sermos artistas
Acrobatas equilibristas
Tecido grosso e listrado
Ambulante de palha e colchão amarrado
Fecha-se o tabernáculo
Vai-se a alegria
Romance ficção ou fantasia
Continua o espetáculo.
Ademir Missias 04/21
Divagando
Desatino de tantos desdenho
Noites frias encolerizado pelo coração que batia
Benesses de amores adormecidos que tenho,
Ábdito da flama que por ti entreouvia,
Propinguo ficar ilharga deste castigo ilhado
Por horas a ânsia de um novo dia,
Desadormecer e você ao meu lado
Isso me extasia.
AMIGO
A vida é apenas uma passagem
Neste mundo estamos de viagem
Se achar um grande ouro
Valioso é esse tesouro
Assim se vai devagarinho
Da juventude até a velhice
Com amor muito carinho
Com limite até pra idiotice
Buscando a felicidade
Sem usar da Maldade
Graças a grande sorte
Guarde bem esse amigo
Se precisar de-lhe abrigo Até que se quebre com a morte.
Busco
Um local de descanso,
Um abrigo de tempestade
Um pequeno recanto
Onde existe a felicidade
Um local de conforto
Bem aquecido
Neste pequeno porto
Não serei esquecido
Um recinto em casa
O coração sem brasa
Murmurio sem dor
Uma pequena janela
Um quadro em aquerela
Um oceano de amor.
Pouco me importa
Se desalenta ou exorta,
Tudo pouco importa,
Se os ventos vêm ou vão
Se versos de amores os são
Se é de bronze o sino
Ou se é de metal
Se deslinda o assassino
Em paz nesse natal
Se é de mim que se fala
Se o perfume pouco exala
Se veneno ou remédio
Descalço eu caminho
Encontro meu ninho
Assim cura o meu tédio.
Força
Ó Grande grande arquiteto
Além de qualquer Compreensão
Abre o meu coração
Com destino a um eterno afeto
Proporciona aos seres viventes
Através do seu emissário
Do pobre ao rico carente
A visão do interior necessário
Que o espirito de guerreiro
Do desvalido e humilde aventureiro
Medrando fascinante obstinação
Forças para carregar com firmeza
A tocha que ilumina e traz beleza
Jamais fraquejar nesta sedutora missão.
Ademir Missias 10/22
Guerra
Horas se vão! intervalo esquecido
Quando criança, tempo adormecido
Carrinho de roda descendo ladeira
Atrás do caminhão cheirando a poeira
Horas que se vão, anos dourado
Outono se foi, relógio atrasado
Inútil passado, longa espera
Nem sequer vi abrir a primavera;
Horas que chega em meio ao conflito,
Perde-se o lar houve-se grito
Imenso tremor de terra
Animais se espanta coisa maldita,
Tanta crueldade o mundo não acredita
Crianças morrendo na guerra.
Se assim fosse fácil
A primeira martelada na pedra bruta tão sofrida
Tão importante quanto a última que a transforma em polida. Disciplina, e determinação
Iniciamos e concluirmos a nossa transformação.
Substituamos o ódio e o rancor
Transformando tudo em amor
Amar o que nos rodeia
De corpo e alma
Livre foi a semeadura
Solidarizar com dor alheia.
Respeito e educação
Na luta sempre perdura
Resiliência nessa transformação
Aflição
Sei que tens muita aflição
Não me castigues com teu furor,
Se tudo e por causa do amor
Se ainda me tens no coração
Minh' alma perturbada
Meu corpo sempre te clama
A noite enluarada
Coração que muito te ama
Seguiremos nossos sonhos
Inda que sejam tristonhos
Esquecer tudo e das agonias
Tudo por ti eu faço
Acolherei sempre em meus braços
Minha lnda de todos os dias.
Misterio
Naquele mistério da cruz
Nosso Deus abandonado
Que lá foi crucificado
Por nós morreu Jesus
Diante de tão grande atitude
Preso a mão com um prego
No silêncio da plenitude
Fardos pequenos que carrego
Silenciamos diante dos doentes, nos enfermos, sofredores
Da pobreza da Miséria das dores
Vendo Jesus naquele estado
Quando sentir muita dor
Quando te faltar amor
Lembre-se que foi muito amado
Ademir Missias
Aniversario
Quanto mais velho fico
No tempo me fortifico,
Mais percebo que não são só as coisas materiais,
E além do mais,
Nem o orgulho nem o ego,
Que o coração não e cego,
A cor do sangue é escarlate.
E pelos amigos ele bate.
Se perdermos dinheiro perdemos muito,
Amigos muito mais,
Porém não perdemos a fé jamais.
Obrigado amigos que fizeram o meu dia mais feliz.
Abraços..
Ademir Missias
Se não for seu, não pegue.
Se não for justo e perfeito, não faça
Se tem dúvida procure saná-la
Se não for verdade, não publique.
Se não sabe procure o conhecimento ou fique quieto.
Não seja ignorante.
Respeite o seu semelhante.
Meu Jardim
Flores lindas que se agarram
Em troncos de coqueirais,
Um canteiro de bromélias exuberantes,
E de cores ofuscantes,
Escondem em suas conchas alimentos de pequenos animais.
As árvores são importantes,
Grandes ou pequenos demais,
Aqui não importa o tamanho dos animais,
Ela serve de abrigo,
Até para o inimigo.
Três palmeiras triangulares,
Até de pouca idade,
E uma grande pedra bruta,
Uma não venceu a luta,
morreu não sei porque?!
Acho que foi de saudade!
A casa e rodeada de exória e estrelicia,
Com desejo e sem malícia,
O beija flor a cobiça,
Se enche dela que delícia!
De frente a minha janela
Enfeitando esse jardim,
Uma tousseira de Palma frondosa,
Flor roxa com perfume de rosa,
Que floresce só para mim!
Num banco ao lado de um toco, que um dia foi jatobá,
Esta era de muita idade!
Dela ficou saudade,
Acabou -se em uma tempestade,
Deu lugar a um lindo e florido manacá;
Sentados naquela
Bancada,
Em noites de lua cheia,
Ofuscada pela nuvem branda que a margeia,
Quase a gente não a via,
Lá tinha muita magia,
Eu e minha amada,
Para que falar de vida alheia?!
No caule de uma palmeira
em meio às folhas finas,
Pendurada uma orquídea de flor pequenina,
De cor rosa para o vinho,
Aparece um canarinho,
Querendo fazer o seu ninho,
Impossível!
Protegida por espinhos.