Coleção pessoal de Miriamleal

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"⁠Vão”, disse Ele, com voz de Rei,
“Façam discípulos, onde vocês forem, Eu irei.
Batizem, ensinem, anunciem a verdade —
o Reino chegou, e Eu sou a realidade.”

⁠Ali não havia coroa de espinhos,
mas um trono que nascia nos caminhos.
Cada discípulo com uma missão no olhar:
levar a cruz, o amor e o verbo amar.

⁠E então, como vento que sobe aos céus,
Jesus foi elevado aos braços de Deus.
Mas não os deixou órfãos ou vazios —
prometeu poder, e enviaria os rios.

⁠Do monte ao coração, ecoa a direção:
“Vão, não parem, levem Minha salvação!”
Pois quem viu o Cristo ressuscitado,
não se cala, vive transformado.

⁠As portas estavam fechadas,
o medo fazia morada.
O silêncio era espesso,
a esperança, quase dispersa no ar do avesso.

⁠Mas eis que Ele entra, sem bater,
como luz que insiste em florescer.
“Paz seja convosco”, Ele diz,
e todo medo começa a fugir.

⁠Mostra as mãos, mostra o lado,
é o Cordeiro glorificado.
O choro vira riso contido,
o coração, enfim, revestido.

⁠Mas Tomé, ausente, não viu,
e na dúvida se rendeu ao frio.
“Só crerei se eu tocar”, ele diz,
e o Amor responde com graça e não por um triz.

Jesus volta, só por ele,
“Vem, toca-Me, e crê, filho tão querido.”
Tomé cai de joelhos, quebrado e inteiro:
“Meu Senhor e meu Deus verdadeiro!”

⁠Chegam à vila, o pão é partido,
os olhos se abrem… é Ele, o Ressuscitado!
Mas Ele desaparece, deixando só luz:
Jesus vive, e n’Ele há nova cruz.

Correram de volta com o coração a arder,
“É verdade! Ele vive, é fácil crer!”
E todo caminho de dor e confusão
se torna altar, fé e ressurreição.

⁠“Ó insensatos, tardios em crer…”
Ele explica as Escrituras até o entardecer.
E algo começa a acender no peito:
um fogo sagrado, antigo e perfeito.

⁠Um Homem se aproxima, com passos suaves,
pergunta gentil: “Sobre o que conversais?”
E eles contam, com alma ferida,
sobre Aquele que achavam ser a vida.

⁠Dois corações andavam cansados,
num caminho longo, olhos fechados.
Falavam da cruz, da dor, da perda,
sem saber que a Esperança já estava por perto.

⁠Mas eis que surge um Homem, ao lado do sepulcro,
com voz serena e olhar profundo.
“Mulher, por que choras? A quem procuras?”
Palavras suaves, que curam feridas duras.

“Maria”, Ele diz... com doçura sem fim,
e naquele nome... o mundo volta a ter jardim.

Ela O reconhece, cai aos Seus pés,
o Cristo ressuscitou, é real, é de fé!
Não é fantasia, é verdade vivida:
Jesus venceu — e deu nova vida.

⁠Chorava Maria ao romper da manhã,
com o coração em pedaços, sem saber onde Ele está.
O Mestre, o Amado, o Libertador,
parecia ter ido embora, deixando só a dor.

⁠Jesus amado, obrigado por cada detalhe do Teu amor. Que minha fé permaneça firme, enquanto Te espero. Vem, Senhor! Que eu viva todos os dias à luz da Tua ressurreição. Amém.

⁠E enquanto os olhos não O veem chegar,
vivemos pela fé, a caminhar.
Pois aquele lenço, suave e santo,
fala de esperança, e não de pranto.

⁠“Eu volto,” diz o lenço dobrado,
“Não temas, o tempo está contado.”
Ele venceu, foi ao Pai, mas prometeu:
“Outra vez virei buscar os Meus.”

⁠Não era descuido, nem acaso,
era promessa embalada em pano.
Jesus, o Rei ressuscitado,
deixou um sinal para cada humano.

⁠No silêncio do sepulcro,
entre rochas frias e sombra,
ficou dobrado, com cuidado,
um lenço... mensagem que não se apaga.

⁠Não há luto que resista,
nem dor que persista,
quando o Rei da Vida diz:
"Vem, Eu sou a ressurreição e a vida feliz!"