Coleção pessoal de MihSekhmet

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Eu não vou te pedir nada. Não vou te cobrar aquilo que você não pode me dar. Mas uma coisa, eu exijo. Quando estiver comigo, seja todo você. Corpo e alma. Às vezes, mais alma. Às vezes, mais corpo. Mas, por favor, não me apareça pela metade. Não me venha com falsas promessas. Eu não me iludo com presentes caros. Não, eu não estou à venda. Eu não quero saber onde você mora. Desde que você saiba o caminho da minha casa. Eu não quero saber quanto você ganha. Quero saber se ganha o dia quando está comigo.

Eu sei que dói. É horrível. Eu sei que parece que você não vai agüentar, mas aguenta. Sei que parece que vai explodir, mas não explode. Sei que dá vontade de abrir um zíper nas costas e sair do corpo porque dentro da gente, nesse momento, não é um bom lugar para se estar.

Ainda bem que sempre existe outro dia. E outros sonhos. E outros risos. E outras pessoas. E outras coisas...

Se você vai tentar, vá até o fim, caso contrário, nem comece.

Ando sentindo uma enorme necessidade de iniciar um novo processo de desapego as pessoas. Sinto que grande parte delas ou na realidade as que me cercam nesse momento, definitivamente não servem para mim. Não mais. Me tornei uma pessoa com a mente extremamente tumultuada, garota que questiona infinidades. Sei viver bem na solidão, me acostumei a essa nova rotina. Não gosto de tumulto, de conversas em grupo, multidão. Me sinto confortável na companhia do silêncio, me expresso pelo olhar e pelas palavras. Às vezes penso que um dia com apenas vinte e quatro horas não são o suficiente para mim. Preciso de mais tempo para pensar, ou para pelo menos tentar buscar respostas para os meus tantos questionamentos.

Desapego é como desintoxicação. È lento as vezes provoca até dor muscular, falta ou excesso de apetite, mau humor repentino, saudades, ira, arrependimento, insônia.

Tantas coisas estão acontecendo na minha vida, sinto que estou distante de algumas pessoas que eu queria muito estar perto e me apertam saudades, mas prometo que volto, prometo. Preciso de um momento só meu, minha cabeça no lugar, já já eu arrombo as portas de novo, mas por agora só quero muito espreitar da minha janela. Mas ei, tô feliz!

Quer saber o que está realmente me matando ? não estou suportando essa existência vazia que os outros chamam ironicamente de vida.

Já nem sei mais em que acreditar e é incrível como tudo tem o dom de me causar uma tremenda desconfiança.

Pois aquilo que realmente é nosso, nunca se vai para sempre!

Sempre é preciso saber quando uma etapa chega ao final. Se insistirmos em permanecer nela mais do que o tempo necessário, perdemos a alegria e o sentido das outras etapas que precisamos viver. Encerrando ciclos, fechando portas, terminando capítulos. Não importa o nome que damos, o que importa é deixar no passado os momentos que já se acabaram. As coisas passam, e o melhor que fazemos é deixar que elas possam ir embora. Deixar ir embora. Soltar. Desprender-se. Ninguém está jogando nesta vida com cartas marcadas, portanto às vezes ganhamos, e às vezes perdemos. Antes de começar um capítulo novo, é preciso terminar o antigo: diga a si mesmo que o que passou, jamais voltará. Lembre-se de que houve uma época em que podia viver sem aquilo - nada é insubstituível, um hábito não é uma necessidade. Encerrando ciclos. Não por causa do orgulho, por incapacidade, ou por soberba, mas porque simplesmente aquilo já não se encaixa mais na sua vida. Feche a porta, mude o disco, limpe a casa, sacuda a poeira.

Pintor: "Ela prefere imaginar uma relação com alguém ausente do que criar laços com aqueles que estão presentes." Amelie: "Hummm, pelo contrário. Talvez faça de tudo para arrumar a vida dos outros." Pintor: "E ela? E as suas desordens? Quem vai pôr em ordem?"

Talvez meu vazio não possa ser simplesmente preenchido com música boa e alguns livros. Talvez eu precise de algo mais forte.

Já não presenciando uma fase muito boa da vida, ela ainda sonhava, em segredo. Guardava consigo os mais belos sonhos e os mais obscuros medos que vinham sendo carregados durante esses últimos anos. Anos difíceis, mas que eram empurrados com a intenção de algo bom estar a caminho. O mundo não é algo totalmente belo, todos sabiam, mas apesar de ter sido machucada pelos antigos amores, a menina havia criado um mundo só para ela.

Eu não sei se é medo, timidez, pessimismo, conformismo, só sei que falta algo e muito me impede.

…Mas nessa de oprimir tudo, desse vai-não-vai, ele estava ocupado demais com algumas bobagens. E quando digo bobagem, digo no sentido real da palavra. Não enxergava o que o amor lhe traria, e que nessa de dar importância às bobagens da vida… Estaria perdendo (talvez para sempre) algo valiosíssimo e consideravelmente raro.

…Eu poderia te telefonar no mesmo instante, perguntando com um imenso sorriso estampado no rosto: “Como você está?” Três simples palavras com uma infinidade de expectativas. E você ainda sim me contaria como foi o seu dia, que havia sentido a minha falta e algumas doçuras a mais.

Até mesmo a simplicidade do som da chuva em uma tarde fria é capaz de me tranquilizar.

No ínicio, me via como uma pessoa completamente dependente das pessoas. Dependente do - perdoem-me pelo clichê: Amor da minha vida, ou simplesmente dependente de pessoas vazias que me cercavam no dia-a-dia. Mas pude perceber que a vida arrumou alguma maneira - seja ela qual for - de alterar essa perspectiva.

E nessa madrugada melancólica, onde a solidão circundava os meus passos e atos, à procura das poucas forças que ainda me restavam naquele momento, continuava com o meu olhar confuso e frágil, me concentrando em um objeto qualquer do quarto repleto de móveis, enquanto a música repetitiva tomara conta do meu pensamento. Conta de mim por completo. Conta do meu próprio corpo. Isso fazia-me resgatar as lembranças que até então se encontravam soterradas a fundo dentro de mim, e que, nunca haviam me atormentado tanto, não tanto quanto agora atormentavam.