Coleção pessoal de metralhadorademagoas

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⁠Ela desenterrou todo o meu passado, aquele mesmo que eu havia cortado um dobrado para esquecer. No fundo, ela nunca quis ser minha de verdade. Só queria mesmo era pertencer àquele cara que eu era, do qual ouvira falar, para viver as mesmas coisas que eu já havia vivido com outra. Em suma, eu a perdi para o fantasma de mim mesmo. Quem eu era, no presente, ela jamais se interessou em saber.

⁠Ela só quis brincar de casinha. Mas se cansou da brincadeira.

⁠Não existe pior humilhação do que aquela que vem de gente burra. É o resultado por você se misturar com porcos, por você ter descido até a lama deles para fazê-los se sentir menos merdas.

⁠Eu nunca a conheci de verdade; e saber disso foi o que mais doeu.

⁠Nenhum sonho vale a pena, não importa o tamanho.

⁠Todas as noites em que não dormi, toda a ansiedade por qual passei,
toda a humilhação que sofri, inclusive me prestando a um papel desprivilegiado de não liderança...

Toda a distância, luto e solidão que enfrentei, cada lágrima que verti, cada ardência nos olhos que senti ao varar o dia e a madrugada escrevendo e corrigindo livros sem o uso de óculos... Nada, nada disso valeu a pena.

Tolerei todo tipo de afronta em vão, sem nunca ter conseguido me mostrar como eu verdadeiramente era. Tudo porque eu gastava todas as minhas forças tentando atenuar conflitos, relevar ofensas, tentando interpretar o que se passava na cabeça dela, me colocando no lugar dela por inúmeras vezes. Darly, Darla, Darlene Leão... ou seja lá como ela se chame...

A minha dor e o meu sofrimento carregam a sua marca. E assim será pra sempre. Eu jamais irei perdoá-la por isso.

⁠Ela partiu duas vezes: indo embora e partindo o meu coração.

De todos que ela poderia escolher para matar, ela achou por bem sacrificar justamente aquele que mais a amava no mundo.

⁠⁠Matou-me quem dizia venerar-me: os radicais não amam, projetam em nós suas loucuras.

⁠Malditos os sonhos, que me fizeram sonhar. Maldito o amor, que me fez beijar o asfalto. A realidade, embora dura, não nos faz cair de tão alto.

⁠Ah, coração suicida, a quantas outras mortes ainda chamarás de vida?

⁠O veneno mortal veio de quem me mordia os lábios.

⁠Algumas alegrias nos são tiradas na última hora, depois de anos e mais anos construindo caminhos.

⁠Já não cabe nenhum tipo de esperança em mim. A dor já ocupou todo e qualquer espaço.

⁠A minha poesia fracassou: foi soterrada sob os escombros de mim, tal qual a minha esperança.

⁠⁠Eu vivo um doloroso e conturbado processo de não esquecer. Para não tropeçar nas mesmas pedras, é preciso saber de cor o caminho.

⁠⁠Quando que essa coisa a que chamamos dinheiro começou a falar mais alto do que aquilo que sentíamos?

⁠Fui um quase Dom Quixote dos tempos mais difíceis. Meus inimigos, porém, eram reais. Meus amigos que eram imaginários.

⁠Alguns nascem com a pobre missão de nos fazer odiar.

⁠Desejar as cabeças dos meus inimigos não quer dizer desejar o que há dentro delas.