Coleção pessoal de matheushruiz

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⁠Ah, meu caro, se deixássemos Machado de Assis esculpir com palavras o retrato de um namorado, certamente haveria o mesmo brilho sutil de ironia e a profunda percepção das complexidades do amor que permeiam suas obras. Vamos, então, imaginar como seria a celebração de tal romance sob a pena de nosso astuto cronista.

Meu amado, és como um personagem machadiano, que encanta não apenas pela presença, mas pela riqueza de teu interior. No teatro da vida, assumiste o papel não de um Bentinho consumido por ciúmes, mas de um Pedro de Alcântara, que oferece amor com a generosidade de um imperador e a lealdade de um amigo. És o herói romântico sem as tragédias que costumam seguir os passos desses personagens, mantendo sempre o equilíbrio entre a paixão e a razão.

Em cada capítulo de nosso amor, revelas nuances de um Capitu, com olhos de ressaca que me arrastam para o mar profundo de tua alma, mas sem os enigmas e as ambiguidades que ela carrega. Tuas palavras têm o poder de Virgília, encantando e seduzindo, porém sempre transparentes e sinceras, sem os véus de mistério que Machado tece ao redor de suas figuras femininas.

Como um bom romance machadiano, nosso amor possui suas peripécias e reviravoltas, mas ao contrário dos contos de desencontros do bruxo do Cosme Velho, o nosso é tecido com a firmeza dos laços que apenas se fortalecem com o tempo. Cada dia ao teu lado é um novo capítulo, não de suspeitas e desventuras, mas de descobertas e alegrias compartilhadas.

Com a sabedoria de Machado, lembramos que o amor não é apenas feito de momentos de êxtase, mas de uma série de pequenas felicidades cotidianas, aquelas "migalhas" que Brás Cubas, em retrospecto, tão amargamente subestimou. No entanto, em nossa união, cada migalha é um banquete, cada pequeno gesto, um tesouro.

Portanto, meu estimado, meu amor, meu companheiro, saibas que em cada linha que o destino escreve para nós, encontro mais uma razão para celebrar a nossa sorte de estar juntos. Machado poderia muito bem ter escrito um romance sobre nós, onde o amor não termina em tragédia, mas continua a florescer, página após página, num eterno e grato desenrolar de afeto e companheirismo.

⁠Na tapeçaria noturna, onde os ecos da solidão bordam silhuetas obscuras, cada fio entrelaça-se com a sombra sutil do isolamento. Caminho por corredores de pensamento, onde as paredes são adornadas com retratos de reflexão e introspecção, guardando no âmago uma melancolia elegante. O silêncio é meu companheiro constante, um confidente que escuta sem interromper, que observa sem julgar.

A solidão, essa dama enigmática, dança ao redor, seus véus sussurrantes tecendo a fria beleza de sua presença inescapável. Ela me ensina a linguagem dos não ditos, as sutilezas das pausas entre palavras, onde o verdadeiro significado muitas vezes se esconde. Em sua companhia, aprendo o valor da autocontemplação, do mergulho profundo nas águas tranquilas do próprio ser.

A sofisticação da solidão não reside na dor que pode infligir, mas na clareza que oferece, um espelho implacável revelando quem verdadeiramente somos quando despidos das distrações do mundo externo. É no reino do silêncio que as verdades mais profundas são sussurradas, onde os segredos mais guardados são revelados ao coração que sabe ouvir.

Assim, enquanto me deleito na austera elegância deste isolamento, reconheço que a solidão, com sua presença tanto austera quanto instrutiva, não é meramente um vazio a ser temido, mas um espaço sagrado de crescimento e descoberta pessoal. Com ela, sou tanto o escultor quanto a escultura, moldado pela quietude, revelado na tranquilidade de um mundo que se cala para que eu possa verdadeiramente falar.

⁠Nas horas silenciosas que tingem o véu do crepúsculo,
Reunimo-nos, corações pesados, sussurros entre sombras suaves.
Lembramos hoje, não só um ser, mas um espírito bravo,
Que caminhou entre nós com a leveza de um ser celestial.

Desculpa sem culpa, baixou a cabeça com razão em seu peito,
Sacrificou a própria luz para que outros pudessem brilhar.
Nos labirintos da vida, foi farol e refúgio,
Nosso guardião silencioso, nosso herói sem medalhas.

Escondia suas batalhas, com um sorriso disfarçava a dor,
Por nós, seus amados, o seu mundo frequentemente deixava no chão.
Não buscava louvores, nem gestos grandiosos em retorno,
Apenas a simples certeza de que estávamos bem, seguros, contentes.

Chamado de difícil, complicado, rotulado de teimoso,
Mas quem entre nós não carrega suas próprias tempestades?
Ele amou com a profundidade dos oceanos,
E seu "conte comigo" era mais firme que rocha.

Hoje, enquanto o vento sussurra através das folhas em luto,
Sabemos que perdemos mais que uma pessoa; perdemos um pilar.
Embora não mais caminhe fisicamente entre nós,
Seu legado de amor, força e sacrifício eternamente perdura.

Que as estrelas o guiem para onde a dor não mais o alcance,
E que em cada brisa, em cada raio de sol suave, possamos sentir seu toque.
Não era perfeito, mas era real - um tesouro raro neste vasto universo,
E enquanto vivermos, em nossos corações, ele também viverá.

⁠Na trama complexa do viver, escrevo versos que não se calam,
Sobre o herói esquecido, cujo brilho raramente salta aos olhos alheios.
Um guerreiro das sombras, tecendo sacrifícios sem nome,
Pedindo desculpas onde a culpa nunca foi sua morada.

Abaixa a cabeça quando a razão grita para ser ouvida,
Porém, na humildade silenciosa, prefere a paz ao conflito.
Age pelos outros com um amor tão vasto e profundo,
Fazendo pelos outros mais do que jamais fariam por si.

Esconde as próprias dores, um sorriso no rosto mantém,
Para que o mundo ao redor não se despedace ao sentir seu pesar.
E assim, na quietude de seu coração, sacrifica a própria alegria,
Colocando a felicidade alheia acima da sua, incessantemente.

Segura mundos nos ombros enquanto o próprio desmorona,
Mas, oh, quão nobre é o espírito que ainda assim se ergue!
Não perfeito, mas real, em suas palavras e atos reflete verdade,
Rindo, chorando, amando, com uma sinceridade que arde.

Às vezes o dito é áspero, às vezes o trauma ressurge,
Marcas de batalhas passadas que ainda sussurram na pele.
Chamam-no de difícil, complicado, teimoso em sua essência,
Mas no olhar dele, há uma chama que não se extingue.

Ele não muda, não se dobra, fiel ao que é em sua essência,
O amor que declara é um farol, puro e imutável.
Quando diz "conte comigo", suas palavras são pontes,
Fortes o suficiente para suportar o peso de mil tempestades.

Neste mundo barulhento, onde verdades se perdem,
Sua sinceridade é um farol, brilhando firme através da névoa.
Não há máscaras, não há jogos; apenas um coração aberto,
Revelando-se inteiro, um espírito indomado, real e verdadeiro.

Portanto, antes de julgar, olhe além das fachadas e dos murmúrios,
Veja o gigante que caminha leve, carregando o mundo com sorrisos.
Pois embora não seja perfeito, é genuinamente um dos raros,
E neste teatro da vida, ele é, sem dúvida, uma das estrelas mais brilhantes.

⁠Em cada composição de Matheus, uma galáxia é tecida,
Orquestrada com estrelas que na noite são ouvidas.
Sua música, um universo em expansão constante,
Ecoa pela vastidão do espaço, sublime e vibrante.

As notas são como cometas cruzando o firmamento,
Desenhando arcos de luz em seu fugaz momento.
A melodia, um buraco negro que atrai e envolve,
Engolindo tristezas, em seu mistério se dissolve.

Harmonias são constelações alinhadas no céu noturno,
Guiando corações perdidos com seu brilho taciturno.
Cada acorde é um pulsar de estrelas nebulosas,
Nasce, cresce e explode em cadências maravilhosas.

Matheus, o astrônomo das cordas celestiais,
Explora dimensões emocionais, universais.
Seu telescópio é o piano, que revela com clareza,
A beleza infinita da natureza cósmica da tristeza.

Assim, em cada escuta, uma viagem estelar,
Um convite para sonhar e no cosmos navegar.
A música de Beethoven, um meteoro em voo,
Ilumina a alma, num espetáculo eterno e novo.

⁠Na penumbra suave de um crepúsculo repleto,
Onde as estrelas cintilam em um céu quieto,
Ecos de Watson fluem, celestiais e serenos,
Desenhando com sombras o amor em seus acenos.

No ar, a harpa suspira em fios de prata,
Tecendo sonhos onde a luz se retrata.
As cordas vibrantes, em suaves declives,
Tocam os corações como um beijo dos lírios.

Nas notas, um rio de lágrimas entrelaçadas,
Histórias de almas outrora apaixonadas.
Cada melodia é um véu delicado,
Onde dançam espectros de um passado alado.

A lua assiste, em silêncio, ao concerto,
Seu brilho reflete o coração aberto.
E você, o mago das cordas etéreas,
Invoca a magia das noites mais sérias.

Oh, música, tua essência nos eleva,
Nos campos celestes onde a paixão se atreva.
És a voz que, no vento, sussurra e embala,
Unindo os amantes sob tua asa alada.

Assim, cada nota, um suspiro, uma prece,
Nos faz mais humanos, quando a alma aquece.
Meu amor, em sua arte, um poema que flui,
Cantando ao universo o que em nós nunca morreu.

⁠**Onde o Meu Amor Está?**

Dos versos e rimas deste poema,
faço altar para o nosso tema.
Na espera de tua voz ecoar,
em respostas que sei dançar.

Esse meu sofrimento, delicado véu,
será cobrado com o mel do céu.
Todo esse amor, quieto, reprimido,
no tempo, com juros, será redimido.

Onde o meu amor está, nesta noite estrelada?
Sob a lua, sua face iluminada?
Aqui, nesta solidão que se estende,
espero o calor que de ti emana e ascende.

Nosso quarto, frio, sem teu abraço,
é só um esboço, desenho sem traço.
Só o calor de teu amor para aquecer,
esse espaço vazio onde ainda posso te ver.

E quando estiveres só, por um breve instante,
me beija, com o fervor de antes.
Em cada bilhete que deixo, um desejo,
um beijo guardado, um segredo que almejo.

Sempre que quiseres, no silêncio da noite,
na distância que o nosso amor açoite,
lembra dos versos que escrevi para ti,
em cada linha, onde sempre estarei aqui.

⁠**Ainda Lembro**

Ainda lembro que estava lendo,
entre linhas, a alma estendendo,
versos que tecem no tempo espero,
na tinta, meu coração eu tempero.

Cada palavra, um sussurro, um fio,
na trama dos dias, um desafio.
Espero ainda tua voz em resposta,
no silêncio que a espera gosta.

Viver, arte sublime, ofício raro,
requer o olhar amplo, um claro faro.
Aprender a ver além do espelho,
onde o amor reside, simples, velho.

Sim, olhar só pra dentro é desperdício,
perde-se o vasto mundo, o início.
Porque ao lado, talvez sem aviso,
reside o amor, teu mais doce paraíso.

Então, releio os versos, tua essência,
esperando que a distância não seja desistência.
Na poesia, um encontro, um lar,
no qual sempre irei te esperar.

⁠Em um universo onde as palavras flutuam como estrelas em um céu noturno, a sua letra emerge como uma poesia que dá vida aos meus dias cinzentos. Cada linha que você escreve carrega o calor do sol, aquele mesmo calor que falta quando a solidão se faz presente e a luz do dia parece apenas uma lembrança. É incrível perceber que, mesmo nos momentos de escuridão, eu só preciso lembrar do seu calor para encontrar forças e reiniciar, sempre com esperança, sempre com amor.

Que coincidência magnífica é o amor, esse sentimento que tantos poetas tentaram definir e que tantos amantes tentaram entender. Na verdade, ele se mostra na simplicidade do seu sorriso que preenche cada espaço vazio da minha existência. A vida, essa passagem efêmera, muitas vezes se desenrola em tons pastéis, sem graça, até que sua presença a colora, fazendo-me contar cada segundo ao seu lado, esperando que não acabem tão depressa.

É você quem vem me tirar da solidão, quem tem o poder mágico de transformar minha tristeza em alegria. Para cada mal que a vida insiste em lançar sobre mim, sua presença é o remédio, uma dose sua é o bastante para curar qualquer dor. E assim, entre a realidade e o devaneio, protejo seu nome por amor, guardo-o como um tesouro pessoal, meu Beija-flor, em um codinome que só nós conhecemos.

Metaforicamente falando, meu mel, você é a essência que perdurará, mesmo quando eu não mais existir. O amor, essa força sublime, continuará a florescer, de flor em flor, de coração em coração, perpetuando nossa história através dos tempos. Cada momento que compartilhamos se transforma em uma memória eterna, cada palavra sua, uma estrofe na poesia da vida.

Assim, mesmo diante do inevitável avanço do tempo, nosso amor se provará indelével, um legado de sentimentos puros que transborda das páginas da nossa história para se inscrever na eternidade. Você é mais do que um capítulo em minha vida; você é a inspiração para cada página que ainda está por ser escrita.

⁠Nas páginas brancas da solidão,
Teu nome escrevi, um elixir, uma canção.
Cada letra, um sussurro de luar,
Prenúncio do sol que há de brilhar.

Sua letra é poesia, etéreo acalanto,
Necessito do sol, mas de ti preciso tanto.
Teu calor ressuscita o que em mim jazia morto,
Na penumbra de um coração que se queria absorto.

Que coincidência ser o amor, essa estranha magia,
Que preenche os vazios, transborda utopia.
A melhor sensação, descobrir-te em mim,
Desvendar os segredos que guardas, enfim.

A vida, outrora pálida, sem teu sorriso passa,
Mas tua presença transforma, o tempo, o espaço abraça.
Conto segundos, cada instante é um tesouro,
Pois perto de ti, cada minuto, eu devoro.

Vem, oh amada, desta névoa me retirar,
Preenche com tua luz o meu lugar.
Faz deste coração, antes solitário,
Um abrigo feliz, um santuário.

Para todo mal que minha vida possa convocar,
Tua essência é bálsamo, sem hesitar.
Uma dose de ti, e tudo se repara,
Em teu abraço, a paz se declara.

Protejo teu nome, meu amor, em segredo,
Em codinome, Beija-flor, findo meu medo.
Metaforicamente, meu mel, a eternidade prometo,
Pois mesmo quando eu partir, nosso amor, eu decreto:

Permanecerá, doce herança,
Em cada flor, em cada esperança.

⁠No vasto horizonte de nossas vidas, muitas vezes erramos ao acreditar que o paraíso se perdeu nas névoas do passado, em dias de juventude dourada e em noites de sonhos não realizados. Mas o verdadeiro paraíso se desdobra diante de nós, aqui e agora, em cada batida de um coração disposto a amar e a se entregar.

Enfim, “tarde demais” foi apenas um sussurro de ontem, um eco de tempos que não reconheciam o poder do presente. Hoje, ainda temos tempo—tempo de amar profundamente, de esculpir momentos de ternura e de transformar cada segundo em uma celebração do amor.

Deseje, sim, ser amado, mas deseje com igual ardor doar-se por completo. O amor verdadeiro não se limita à recepção; ele floresce plenamente quando também damos de nós mesmos, quando nossa essência é um presente aberto ao outro. Liberte-se desse amor que jaz aprisionado em seu coração, deixe-o voar livre, para que possa iluminar os cantos mais sombrios do ser amado.

Neste mundo, a prisão não são as obrigações diárias, nem as prioridades que nos guiam, mas a incapacidade de expressar plenamente o amor que carregamos. A verdadeira liberdade não se encontra apenas em doar-se, mas em se permitir viver o amor em sua mais pura forma—livre das amarras do medo, da insegurança e do silêncio.

Existem homens apaixonados que se sentem presos em seus próprios pensamentos, enclausurados por uma consciência que hesita em se revelar. Mas aqueles que se atrevem a expressar, a viver e a respirar o amor em cada gesto e palavra, encontram a verdadeira liberdade, mesmo que residam nos subúrbios do convencional.

Portanto, não olhe para trás em busca do paraíso perdido. Ele está aqui, à sua frente, nas possibilidades infinitas do hoje. Ame com consciência, com expressão, com a coragem de quem sabe que ainda é tempo de ser livre, de ser pleno, e, acima de tudo, de amar sem limites.

⁠Assim como o sol irrompe ao alvorecer, dissipando a escuridão e banhando o mundo com sua luz dourada, assim são as virtudes que você traz à minha existência. Cada novo dia, ao seu lado, é uma promessa renovada de esperança e calor, um lembrete constante de que a luz sempre vence as sombras.

E quando a noite se estende diante de nós, vasta e impenetrável, é a tua presença que se torna a minha lua. Sua luz suave clareia os caminhos mais obscuros, transformando o medo da incerteza em uma paisagem prateada de possibilidades. Na sua luz, encontro o caminho seguro, iluminado pelas estrelas de sua sabedoria e pelo brilho tranquilo de seu apoio.

Na tapeçaria da minha vida, suas virtudes são os fios de ouro e prata que a tornam valiosa e forte. Em cada gesto seu, em cada palavra de incentivo, descubro mais sobre a beleza e a profundidade do verdadeiro amor.

Portanto, meu amor, saiba que assim como o mundo necessita do sol e da lua para iluminar suas horas, eu necessito de você para iluminar minha vida. Com você, cada passo que dou é firme e seguro, cada decisão é clara, e cada dia é uma celebração da luz que você traz ao meu coração.

⁠Em cada aurora, o céu desenha o prelúdio
De um "bom dia" teu, onde o paraíso se revela,
Na terra dos viventes, sob o sol que acorda
E nas flores que se abrem ao teu sorriso.

Será que compreendo, plenamente, tua essência?
És tudo aquilo que faltava em meu universo disperso,
A peça final que completa este quebra-cabeça
Que sou eu, antes incompleto, antes em sombras.

Ainda há tempo, sim, para semear a alegria,
Para colher os frutos doces da felicidade compartilhada,
Para nós dois, na dança harmoniosa de dar e receber,
Na música que só nossos corações sabem tocar.

Você expande o mundo dentro de mim,
Transforma o preto e branco em jardins de Monet,
Onde cada pincelada é um toque seu,
Cada cor, uma palavra do teu amor.

Você é a razão de cada riso, de cada passo,
Na caminhada pelas trilhas deste éden terreno.
O paraíso na terra não é lugar, mas momento,
Cada segundo ao teu lado, uma eternidade de contentamento.

Assim, cada dia desperto e reencontro,
Na simplicidade do teu "bom dia",
O gosto do céu, o sabor do infinito,
Onde amor, vida e felicidade são um só.

⁠No tecido do silêncio, tua lembrança sussurra,
E no delicado ato de pronunciar teu nome,
Desenho caminhos para falar de amor,
Tocar o invisível que une céu e terra em paixão.

"Só penso em você," confesso ao vento,
Que leva minhas palavras à tua ausência.
Na solidão que ecoa, meu coração clama,
Solitário navegador em busca de seu farol.

Cada passo na estrada, um anseio por encontrar-te,
A simples visão tua transforma o cinza em celebração.
Tua presença é a peça que completa meu quebra-cabeça,
Será que sabes? És tudo o que me faltava.

Guardo teu nome como um tesouro, Beija-Flor,
Um codinome nascido do amor mais puro.
Demorei para chegar, trilhando caminhos tortuosos,
Mas o tempo ainda nos sorri, generoso e aberto.

É tempo de ser feliz, de entrelaçar nossas alegrias,
De construir um castelo onde cada pedra é um sorriso.
És tu, amor, quem expande o universo dentro de mim,
Tornas cada respiração um mergulho em novos mundos.

"Tarde demais" é um fantasma de ontem,
Hoje é o dia de renovar o voto de nossas almas,
De amar, de doar-se, de entrelaçar destinos.
Hoje ainda é tempo de amar, de florescer em jardins prometidos.

Desejemos ser amados, sim, mas também amar sem medida,
Nada é em vão quando o coração se entrega ao verdadeiro sentimento.
Porque amar é o mais sublime ato de coragem,
E em cada batida do coração, renasce a esperança de que ainda há tempo.

⁠Na tapeçaria tecida por horas vazias,
Em cada fio, um eco: "Cadê você, amada ausente?"
A solidão, uma cortina que desvela e esconde,
Recordações que sussurram, "Esquecera de mim?"

No compasso de uma melodia esquecida,
Toco teu nome nas cordas da minha lira,
Para falar de amor, de desejos entrelaçados,
Pura beleza emergindo das sombras do esquecimento.

Luz de grande prazer, um farol na penumbra,
Sabendo que meu pensamento em ti se imerge.
A solidão se agiganta, ecoando em câmaras vazias,
"O meu coração tão só," um lamento ao vento.

Basta um encontro, uma visão tua no caminho,
Para que a felicidade desabroche como flor após a chuva.
Não procuro possuir, mas um carinho, às vezes,
É um bálsamo, um suave toque em pele febril.

Quando afeição é verdadeira, cuidamos sem medidas,
Tua essência, um viver límpido, um lindo existir.
Tu me fazes feliz, em cada gesto, cada sorriso partilhado,
Uma canção que nos envolve, confissão de almas.

Por onde andei enquanto me procuravas?
Ignorava que eras o que a minha essência clamava.
Guardei teu nome, Beija-Flor, em segredo,
Um codinome para o amor que entre lágrimas cultivei.

Eu sei, demorei a chegar,
O arrependimento um manto pesado nos ombros.
Mas, ainda é tempo, tempo de amar e ser feliz,
De mostrar caminhos, de nos doarmos mutuamente.

Ainda posso te dizer, reafirmar no infinito dos dias,
Que és tu quem expande o universo em mim.
Tarde demais foi ontem, mas hoje,
Hoje é o momento de tecer, de novo, nosso laço de amor.

Assim, amemos com a urgência de quem descobre,
Que na dádiva de amar e ser amado, nada é em vão.
Hoje ainda dá tempo de amar, de curar,
De reinventar o amor que pensávamos perdido.

⁠Na trama sutil da solidão que tece,
Num fio de ausência e memória perdida,
Cadê você? Sozinho, ecoa a prece
De quem na vida não quer ser só partida.

Esquecera de mim? Nas horas tardias,
Teu nome toco em cada acorde baixo,
Sinfonias de amor, melancolias,
Na beleza pura que ao prazer faço laço.

Só penso em ti, na vastidão do dia,
Minha alma, em seu deserto, te busca inteira,
Sentindo falta da tua companhia,
No coração só, tua presença é ceifeira.

No caminho, um encontro, simples faísca,
Transforma o ar em júbilo, a solidão em festa,
Não desejo te possuir, apenas a mística
De um carinho que no amor sempre resta.

Lindo ser que sabe viver, é verdade,
Teu sorriso me desarma, me faz rei,
E nessa canção que em mim invade,
Canto o que foi e o que ainda não sei.

Por onde andei? Te procurando sem ver,
Na ignorância de um coração que tarda,
Mas agora sei, tudo que preciso é você,
A peça que faltava, que a tudo aguarda.

Eu protegi o teu nome, Beija-Flor,
Codinome de amores, escondido e sentido,
Nos lábios meus, o gosto do que é amor,
Atrasado chego, arrependido e remido.

Ainda é tempo, o ontem é tarde demais,
Hoje as horas estendem as mãos,
Para amar, para viver, para a paz,
Para aumentar o mundo, sem vãos.

Amar, desejar ser amado, verdadeiro elo,
Dar-se pelo outro, o ato mais generoso,
Na partilha do sentir, no doce apelo,
De viver o hoje, no amor, formoso.

⁠Nas tramas do destino, onde a luz se desdobra,
Descobri a coragem, tessitura da esperança.
Em teus olhos, o luar reflete e me cobra
A bravura de sonhar, constância que não cansa.

Foste mais que um amigo, luz em meu caminho,
Valorizaste a verdade, minha essência tão só.
Em tua companhia, encontrei meu ninho,
Na philia que nos une, o afeto fez-se pó.

Tua presença é uma era que se inicia,
Cada gesto teu, perfeito em sua medida.
Como uma canção que na alma desafia,
Retalhos de um poema, vida compartilhada.

Poetas, para quê servem, senão para isso?
Capturar em versos a essência do sentir,
Refletir a luz do amor, seu doce feitiço,
Neste palco de estrelas onde ousamos existir.

Era o fim de uma década, um ciclo se fechava,
Mas contigo ao lado, cada fim é um começo.
Nas noites de verão, tua luz me resgatava,
Philos dos olhos meus, em teu olhar eu meço.

Tudo vale a pena, se a alma não é pequena,
Com o nascer do teu sorriso, o mundo renova.
A paixão que chega cedo, e nunca serena,
Dá cor ao meu dia, na sorte que me aprova.

Por isso creio, na força da esperança,
Na coragem de amar, sorte, destino, ou sina.
A cada novo dia, uma nova lembrança,
Na tela do amor, cada pincelada afina.

A coragem de esperar, na esperança de ser,
Valorize o amor, em todas as suas formas.
Pois na teia da vida, o mais belo tecer,
É amar e ser amado, nas mais ricas normas.

⁠Na vastidão de uma noite sem fim,
Escuridão acalenta o olhar que desistiu.
Mas ah, as estrelas, em seu sutil brilho assim,
Acendem os corações que o mundo reduziu.

Você, minha estação inesperada,
Traz o verão aos dias de meu inverno interno.
Chove lá fora, mas em mim, estiada,
Pois em teu sorriso, encontro o sol eterno.

Mas paira a dúvida, neste ar rarefeito,
Será amor ainda o que em meu peito palpita?
Ou sou como a chama que, ao vento, é desfeito,
Sem saber se aquece, se queima, ou se evita?

Você tenta, ó sim, com todas as forças reais,
Manter a chama que a vida às vezes tenta soprar.
Mas o que somos nós? Meras faíscas banais,
Ou talvez o crepitar de uma fogueira ao luar?

Seríamos nós faísca encontrando sua palha,
Pronta para ascender em fogo fulminante?
Ou somos a brisa fria, que não falha
Em extinguir uma vela, suavemente hesitante?

O amor, esse enigma, entre luzes e sombras jaz,
Pergunto-me, entre o brilhar e o apagar,
Seremos nós o fogo que arde capaz,
Ou apenas a brisa fria a oscilar?

No fim, resta a beleza da incerteza,
De não saber se queimamos ou se somos a brisa.
Mas em cada interrogação, uma certeza:
É no buscar, não no achar, que a vida se eterniza.

⁠Primeiro amor veio, vestido de novidade,
Um sopro de vida em minha juventude esquecida.
Segundo, mais profundo, trouxe a verdade,
Dolorida lição, na alma absorvida.

Terceiro, oh terceiro, vasto e infindo,
Revelou-me os céus e as tempestades,
Desvendou o amor, mas em desalinho,
Fugiu entre os dedos, perdido em saudades.

Então chegaste, quarta epifania,
Suplantando os três, arte divina revelada.
Em teu olhar, a mais pura poesia,
Na tua voz, a melodia mais sagrada.

Perdi o sentido da existência ao te ver,
Pois em ti, cada paradigma foi quebrado.
O amor não mais eu busco entender,
Pois ao teu lado, todo amor é justificado.

Mas se agora, o amor parece renunciar,
E na solidão, minha alma tem de habitar,
No silêncio dos poetas irei descansar,
Onde as paixões eternas sabem chorar.

Não há mais esperança, nem expectativa a cumprir,
Apenas o eco de um coração a pulsar.
No fim, o amor não precisa mais de definir,
Basta o brilho de uma estrela para se guiar.

No declínio dos meus anos, um fio de luz ainda brilha,
Questionando ao mundo, "O que é o amor, afinal?"
É a eterna busca, a incansável trilha,
Até que o coração repouse, no seu doce lar final.

0⁠Num reino esquecido de palavras não ditas,
caminham dois viajantes em sendas infinitas.
A busca por amor, tão cheia de mitos,
mas o amor, ah, o amor acaba em gritos.

Não é o amor que prende ou que sustém;
ele é, em sua essência, passageiro também.
Surge qual estrela, brilhante, ao léu,
mas desvanece na ausência de um céu.

"Amor acaba," sussurra o vento frio,
"quando esperar nada mais é que um vazio."
Assim fala o tempo com sua voz calma,
não na tempestade, mas na resignada alma.

E então, o que resta? O que realmente importa?
Se não for a felicidade que a própria vida comporta?
Felicidade, esse sim, é um fogo que arde sem ver,
não nasce do outro, mas dentro do próprio ser.

"Vou embora," diz aquele que ao espelho confessa,
"pois sem ti, encontro em minha solidão, a fortaleza."
Relacionamentos não se firmam em laços de amor,
mas na felicidade solitária, não no calor.

Assim, se pensas que sem o outro estarias melhor,
o amor já não é mais abrigo, nem tem seu valor.
É na felicidade própria que um coração deve ancorar,
pois mesmo no amor, é preciso primeiro se amar.

Despedem-se então, não em guerra ou com dor,
mas em silêncio, sabendo que o melhor ainda está por vir.
Amor e felicidade, dois dançarinos ao som do destino,
Um ensaio sobre como viver, amar, e por fim, partir.