Coleção pessoal de marylalinha

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Mente de ciumenta vê coisas que não existem. Ciumentos são um perigo. Eu tenho ciume do que nem é meu. Tenho medo de perder o que nem deveria sonhar em ter. E não ter, como é difícil aceitar. Como é difícil não ter aquilo que tanto me faz falta. Porque a prioridade é essa. Se no ano que vem não for, hoje é. Hoje isso dói, me deixa sem sono, sem chão, sem ar, sem fome, com vontade de chorar. Se isso me fizer rir. Se isso sentido fizer, que seja.

Se eu pudesse deduzir em um quadro-negro a fórmula do amor, mas que nada, estou aqui brincando de escrever. Ironicamente. Ao pé da letra. Debaixo de algum pé de jabuticaba eu me aventuro a rabiscar algumas teorias, repassando o que aprendo por aí, muito com a vida, mais um pouco na aula e o outro resto por mim mesma. Eu sou uma aluna teimosa. Lembra daquela que já queria escrever de caneta vermelha logo que entrou na escola? Eu mesma.

Revolução, eu espero. Fazer por merecer. Eu nasci ouvindo que a juventude é o futuro da nação. Não quero crer que estamos perdidos, que vivemos sem ter por que lutar ou que nos calemos frente a indiferença dos demais. Herdeiros dos caras pintadas, nós somos a geração que deve fazer a diferença.
Se você quer um Brasil diferente, comece por você. Seja o Brasil que você quer ver. Reclamar não resolve os problemas. Atitude, sim. Que sejam pequenas, mas existam.

Feliz da mulher que se destaca independente do tamanho do cabelo.

Eu queria te dizer que uma mulher é completa quando se gosta independente de ter um homem ao lado ou não. Sabe por quê? Porque nós já não estamos mais nos tempos das nossas avós. Nós não precisamos mais nos casar pra sermos “completas”. Muitas mulheres gostam de outras mulheres. Nem todas são loiras e usam cabelos longos. Nem todas querem ser mães. Então, os sonhos não podem ser padronizados, compreende?

Pois sim, nós viemos de um ventre
E teremos o mesmo final
O que te faz pensar que é melhor?
Que pode destruir minhas esperanças?

Sim, eu durmo sozinha, e o que te interessa? Eu gosto da vida que eu levo, sou completa, sou bonita e não é uma capa de revista que vai mudar a opinião que eu tenho de mim mesma. Eu não vou arrumar um marido pra agradar parentes. Eu não vou deixar de lutar por uma promoção no meu trabalho, de fazer uma viagem, um novo curso só porque não tenho um namorado. O mundo gira, a vida segue, o sol sempre volta, o tempo passa tanto pra quem namora, quanto pra quem está só. Não veja a solteirice pelo lado obscuro. Sim há muitos pontos positivos em ter um relacionamento. É bom amar e ser amada, claro que é. Mas quem se envereda em mil namoros simplesmente pelo medo de ficar sozinho acaba vivendo relações problemáticas, obsessivas, revivendo os mesmos erros sem aprender nada. Já vi amigas minhas ficarem desesperadas para arrumarem um companheiro até dia 12/06 e pra que? Pra ganhar presentes. Por quê? Porque a mídia faz essa pressão de que a mulher precisa de um par, no entanto para que o amor seja verdadeiro é preciso se despir das idealizações todas. Depois que se retorna para terra firme e a faceta do companheiro é conhecida, tudo se resume numa única palavra: DECEPÇÃO. E a culpa não é da pessoa. Seja feliz pelo que você é e conhecendo-se, poderá dizer o que te serve ou não. Mergulhe nessa descoberta.

Eu sou estranha, tenho minhas manias, meus rituais e gosto de ser sozinha. Já me acostumei a ser solteira e não, eu não acho que uma mulher tenha seu valor rebaixado por não estar namorando.

Se não te interessa fazer alguém feliz, não se aproxime. Simples, continue do jeito que está. É um péssimo carma ferir um coração inocente por prazer.

Não acredite que uma ferida está fechada só porque ela parou de doer. Se você mexer nela, o inferno vai começar de novo.

Você tenta se proteger para não se magoar, mas vem alguém que em menos de um minuto muda todas as suas certezas. O problema é quando esse alguém te faz sofrer e não vale o vapor da sua lágrima.
Há quem te faça acreditar naqueles finais felizes de filmes e outros que te fazem querer distância total do romantismo. Simplesmente não se entende isso logo na primeira impressão.
Tudo que eu não desejo nem pra minha pior inimiga é viver esperando por alguém que simplesmente mostra viver muito bem sem você.

Não tenho muitas garantias nessa vida, mas de uma coisa tenho certeza: eu nunca queria que você tivesse entrado no meu coração. Você nunca mereceu, só me iludiu e estragou meus sonhos, não vale a pena nem lembrar.

Amor não é ser escolhido, mas fazer o melhor que puder pra não se arrepender de levar a vida que escolheu.

Saudades de você? Me desculpa, mas eu só tenho saudades do que me fez feliz, não de quem me ignorou quando eu mais precisei.
Saudades de ser ignorada? Você parou de falar comigo sem nem me dar uma justificativa plausível. Eu fiquei pensando o que poderia ter feito de tão ofensivo pra você ficar online e fingir que não me viu.
Saudades de esperar atitude de quem nunca a terá? Não, eu não tenho todo o tempo do mundo pra esperar você me notar, me desculpe.
Saudades do que não existiu, você quer dizer. Uma história de amor só tem sentido se as duas partes estão em conexão.
Como pode existir amor se apenas eu sustentei a ilusão sozinha?
Enquanto eu chorei, você se divertiu nos braços de outra.
Eu tive que esconder o que sentia, sempre me sentir "errada", inferior, tentar te impressionar, e pra quê?
Amor não é nada disso. Olha só quanto tempo eu perdi esperando por você, me destruindo pra você continuar agindo infantilmente, me julgando sem saber quem eu sou de verdade.
Saudades de ser magoada? Nem que eu fosse masoquista.
Eu só queria uma coisa: que você nunca tivesse existido dentro de mim, pra que eu nunca tivesse de associar amor com sofrimento e dor.
Sim, a adversidade torna a menina, mulher, mas é evidente que ninguém sente saudades de sofrer. Por que eu seria diferente?

Foram dias e mais dias preenchidos pelo vazio. Nenhuma resposta, nenhum contato. O que ela via era o suficiente para entender o que sonho acabou e ela não era mais bem-vinda. Nenhum lugar fazia sentido. Não para ela, nem naquela dolorosa conjectura. As perguntas voltavam acuadas para a origem de tudo. O sol brilhava e ainda era noite. Melhor dizendo, noite de inverno. Muito tempo para amanhecer, vislumbrar as flores, mas nada havia sido plantado, então seria completamente ilógico aguardar a colheita. Estaria ela viciada na dor?
Impossibilitada de raciocinar com franqueza, era cômodo ser vítima de uma arapuca sentimental, de informações desencontradas. A ilusão não era melhor que a realidade. Aquele sensacional empate entre o pior e o “menos ruim” se mantinha estagnado. Ela não entendia o que teria supostamente feito de tão errado para que ele simplesmente parasse de falar com ela. Existia essa barreira que os impedia de serem um do outro. Porque faltava atitude. Sim, poderia ser culpa dela, por vias de fato... E dele também que tanto dizia sentir saudade e nunca a procurava. Dizia amar e nunca demonstrou. A timidez dela não era desculpa. O amor sempre costuma abençoar os corações com a dose certa de coragem para cativar. O problema é que muito se fala de amor, mas poucos querem lutar. É mais fácil esperar que a outra parte se encarregue de facilitar a entrada, que a pessoa caia do céu, na mais utópica das hipóteses. Sair da situação de conforto exige ousadia.
Ela era indiferente ao ritmo de festa que movimentava a cidade. Impassível a quase tudo. Era loucura esperar pelo que jamais iria acontecer, mas assim ela estava. Não desabava, também não sorria. Considerava-se completamente morta. Puxa vida, não era assim que o amor deveria ser. Há algo de errado nesse paraíso perdido. Talvez ela esteja do lado de fora e ainda não tenha se dado conta. No entanto, se ela não se conscientizar de que o que vive não é amor e sim sofrimento, de nada adiantará aconselhar, dizer-lhe que o tempo tratará de curar as feridas deixadas por esse moleque ingrato. É fato que não será da noite para o dia, porém é certo que ela irá rever as flores, desde que não tenha medo de plantar as sementes e cuidar delas. Pode ser uma terapia revigorante e recompensadora. Pode ser que enquanto esteja cuidando de seu jardim, as próprias borboletas resolvam encontra-la.
Costuma ser assim: o que você pensa que é forte, nem é tanto. Se ela olhar bem de perto, outro garoto está tentando fazê-la feliz. Pode ser que ele não seja quem ela quer e espera, mas pode dar o carinho que ela tanto recusa, mas precisa, não porque implora, e sim porque as janelas da alma não mentem. A tristeza dela é nítida, poética, subjetiva. Ele sofreria para arrancar toda a angústia do coração dela. Ele se mostra interessado em mostrar-lhe que ainda dá tempo de cuidar do jardim e também usar a paleta de cores para antecipar o Carnaval. Talvez ela o queira por perto, quando o outro boboca voltar arrependido pensando que ela vai viver esperando por ele. Talvez ela se machuque com os dois porque obsessão também não é legal. A frequência dela não está boa. Ela precisa mergulhar dentro de si mesma para não procurar a completude em quem não pode fazer nada por ela.
As dores são narradas por intermédio de metáforas. Num mundo tão grande e interligado em tempo real, ela acredita que mais alguém se sinta sozinha também. Ela escreve não com a intenção de falar sobre si mesma, mas narrar o que outras jovens estejam sentindo e não saibam de que maneira exprimir. Ela conseguiu entender que o amor não pode ser escondido. Se por algum motivo essa pessoa te traz mais infortúnios do que alegria, repense. Você merece viver pela metade? Eu não vou dizer a resposta, você é que vai descobrir.

As borboletas seguem sem culpa. Elas voltaram ao meu jardim. Coloriram tudo, antecipando a primavera. O Sol voltou a brilhar e as flores estão crescendo mais animadas, prontas para embelezarem a vista. Longe de ser clichê, eu só me embaralho toda pra dizer aquela frase que alguns idiotas fizeram o favor de banalizar... Afinal, meu amor é platônico, tímido, despretensioso com relação ao amanhã, mas o que me importa é hoje e nenhum dia mais.

Conheço muitos amores platônicos escondidos em notas subjetivas que são mais verdadeiros que muitos namoros por aí.

Pense de que maneira as respostas lhe servirão, mas nunca se esqueça de perguntar.

A vida alheia é boa de se comentar porque os dilemas não lhe pertencem. É fácil supor, dar lição de moral, mas você já se perguntou se alguém precisa da sua opinião?

Posso não ter a coroa que faria de mim uma legítima princesa, mas construí meu castelo e escrevi meu próprio conto de fadas. Nem tudo é tão bonito quanto parece ser. Nos contos de fadas também há muita dor. Eu não estou ao lado do meu príncipe agora. Eu sei que ele está longe. Ele está com o meu coração junto ao dele e nem sequer sabe. Desde que eu olhei para ele pela primeira vez, sabia de um jeito mágico que pela primeira vez em toda a minha vida, o tempo era uma trindade. Eu soube então, sem saber de quase nada, que era amor. Era mais que amor, vinha pra ficar. Mas eu estava longe de ser a Cinderela, apesar de também ter uma história triste, porem indigna de ser adaptada para a ficção. Só existia um lugar no universo inteiro em que dois seres tão diferentes poderiam se amar sem serem impedidos: no meu mundo. Papel e caneta na mão, uma boa música e eu poderia te sentir aqui pertinho. Os sonhos nos aproximam do paraíso, eu estou ciente de que sim. Os sonhos são as cores que a imaginação oferecem para colorir o cinzento da realidade. Desenhei a coroa que não tinha, sua mão junto a minha e levitei ao experimentar seus lábios rente aos meus, que utopia. Ninguém nunca quis me pertencer. Eu tinha medo de que alguém se aproximasse, é o que mais tive. Conhecendo o lado nada belo de cada um, não sou insegura, mas sensata.