Coleção pessoal de marisabarbato

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EVASÃO

Na sala dos botões
O povo é atropelado por
promessas de democracia
cheias de mentiras.
Palavras
violentas
como rio caudaloso
arrastam na corrente
migalhas
de esperança.
O grito silencioso dos alijados
repercute
fervilhando
na minha cabeça,
arranhando
a minha pele
penetrando
a minha alma
Titereiros ou amadores,
quebrando ilusões
discutindo um nada
pregno de significado
Sinalizando
o começo da luta
ou,
quem me dera,
a luta para o recomeço.
Entre engolir a dor
ou explodir de raiva
escolhi
dançar,
para afogar as mágoas
e me embriagar
de amor.

Marisaaaaa! Marisaaaaa!! Marisaaaa! Marisa... Marisa, Marisa Marisa .. marisa.. MARISA...Marisa, MarisaMarisaMarisaMarisa Marisaaaaaa MarisaMarisaMarisaMarisaMarisa... Mris.Mrs..Mr..Mr....marisa...m..
Inesquecivel mantra-delirio... O inconsciente consciente despertando no teatro da vida...

IL VOLO
Mi rifletto nei miei occhi,
sono me in me
anche fuori di me
Asettica
mi osservo,
corpo freddo e esanime,.
Volo
tra un raggio di sole e scorci di azzurro,
su nuvole color gelsomino.
Pure.
Come l'anima che lascio
tutte le volte che
che dall'azzurro mi precipito nella tormenta..
Ecco...
mi avventuro tra i nembi...
trema il mio corpo,
vibra.
Improvvisa é l'ansia del buio della notte.
L'inquietudine mi assale.
E poi un attimo di respiro...
Intorno tutto é grigio,
di un grigio multiforme,
conturbante,
un tappeto di grigio, inquietante...
Grigio
come lo spiraglio che intravedo nuovamente.
Guardo in basso,
e ancora é grigio.
Mi travolge bruscamente
all'improvviso
mi imprigiona.
Scendo giù in picchiata..
più giù, sempre più giù.
Uno spiraglio di luce.
Distese verdi.
Luci che vanno
rumori che vengono.
Frammenti di vite
La vita.
Vedo il fondo.
Plano.
L'attesa...
La scossa.
Il silenzio

RETRATO

Vivo como posso,
silenciosa, ao amanhecer
dançando um forró triste na beira dos meus desejos.
E basta-me a resignação das folhas de outono.
Às vezes eu posso como devo,
condigna, entre notas desafinadas
pinto dias sempre eguais
na tela das minhas emoções.
E basta-me a firmeza dos ponteiros na passagem inexorável do tempo
Raramente devo como vivo
inerme diante a magica do sublime
entrego a lua meus loucos devaneios
E não me basta a irrequietude dum leão na jaula
Hoje vivo como creio,
livre, como ao pôr do sol
moldando meus sonhos
ao sabor de antigos ideais.
E não me basta a coragem e a força do mar de inverno
Impetuoso, veemente, despudorado...
Sou rocha que resiste ao furacão dos sentimentos,
Sou neve que desliza através das emoções
Sou salgueiro chorão, que resistente
aos ventos borrascosos da vida
Eu sou ...
silenciosa, condigna, inerme, livre.
Rocha, neve, salgueiro.
Eu sou.

Genial, sensível,
carinhoso e infiel????
Obrigada!
Vá tranquilamente para Miami
junto com o Lobão!

A MAMMA

A te,
che sei andata via
con tutte le risposte
ai miei infiniti
perché.
Saudades eterna

ÚLTIMA CHANCE

Uma amiga gente boa, leal, honesta e verdadeira me pediu uma sugestão depois de me contar que foi pedida em casamento por um Peter Pan narcisista que não quer crescer e que já lhe deu muita dor de cabeça. Ela, sem muito acreditar nos inúmeros “te amo” que ele gritou para ela e na declaração que ele nunca amou ninguém como amou e ama ela, resolveu dar para ele aquela que seria a ultima chance, depois de outras muitas, querendo ver até onde ele iria. Pagou para ver... como se diz no jogo do Poker. E ficou observando-o.
Em quatro dias ele:
brigou sem conversar
reagiu infantilmente sem pensar
acusou sem escutar
sumiu sem explicar
pretendeu sem dar
provocou sem parar
cantou as amigas sem discriminar,
procurou as amiguinhas para se consolar
mandou recados para a delinquente que queria afastar
deu espaço a gata morta que voltou a se insinuar.
e ainda desfez a amizade com a mulher no Facebook para ela não questionar!
Agora ele aparece como se nada tivesse acontecido, inclusive se fazendo de vitima...
O que vocês aconselhariam para a minha amiga?
Eu tenho uma ideia...

PROVOCAÇÕES

Em publico
na ambiguidade das palavras sofridas,
procura encontrar a minha mão,
Em privado
na replica macabra de um filme já visto
anda de mão dada com outra.

Quero
mas não quero.
E não querendo
quero.

Soluço de emoções
entre um respiro
e o outro.

Hoje vai e amanha vem.

Suspiro..
Palpitou o meu coração
pela lamina afiada
Que o trapassou..

Hoje vai e amanha vem.
entre note de jasmins, vem
com o gosto amargo de petróleo, vai

Daí inspirei coragem
Preenchendo os pulmões
De vida possível.

Quis
mas não queria
E não querendo
quis.

E quis
boca de rosa
Doce e refinada
Leve e aconchegante
Lembrança de antigas
Danças
Me perdi nas ondas dum
Éden anil como o céu de verão.

Hoje vai e amanha vem.
entre note de jasmine, vem
com o gosto amargo de petróleo, vai
Como onda do mar, vem
Como espuma rebelde, vai

Respirei
a admiração que refletiam seus olhos
Puros como de quem não conheceu outras musas.
Me iluminei
Do brilho inesquecível de um
Vislumbre de esperança
Terapia da carne
Nutrimento do espirito.
Levei comigo todas as dores
Para esquece-las.

Hoje vai e amanha vem.
entre note de jasmine, vem
com o gosto amargo de petróleo, vai
Como onda do mar, vem
Como espuma rebelde, vai
Folha ao vento que vai
E balançando, vem

Esqueci
Aquecendo o corpo
Nos delírios de um sonho
Elegante com seus passos leves
Gracioso como as palavras pronunciadas no meu ouvido
Cheio de ternura, como o carinho dispensado naquela sombra
Delicado e surpreendente como o abafado silencio
Rompido dos nossos suspiros e do barulho improviso dum carro estacionando.

Hoje vai e amanha vem.
entre note de jasmine, vem
com o gosto amargo de petróleo, vai
Como onda do mar, vem
Como espuma rebelde, vai
Folha ao vento que vai
E balançando, vem
Hoje vai...

Não quis
mas queria
E querendo
Não quis.
No jardim da vida
Somos o que fomos.
Tato..delirante contato.
E só.

Hoje vai e amanha vem.
entre note de jasmine, vem
com o gosto amargo de petróleo, vai
Como onda do mar, vem
Como espuma rebelde, vai
Folha ao vento que vai
E balançando, vem
Hoje vai
Amanha vem

DOIS PESOS E DUAS MEDIDAS
(Je suis/Je ne suis...)

ELA: “Você não respeita a minha dignidade, a minha honrabilidade, a minha reputação, com a sua conduta você me cobre de ridículo”
ELE: “Meu bem, você quer limitar o meu direito de liberdade. Não admito isso. Eu sou livre e faço o que eu quero.”
ELA: “Você entende que seu exercício de liberdade afeita meus valores e sentimentos mais profundos atè doer???
ELE: “Bobagem. Não são valores, pelo menos não são os meus! Nao os reconheço. Nao quero entende-los. E por isso nao estou nem aì. Eu te amo. Nunca amei ninguem como amo voce. Apenas quero ser livre ”
ELA: “Então você é Charlei?
ELE: “Não... JE NE SUIS PA CHARLIE”
ELA:“ah... tá... hummm....tem certeza?
ELE: “Tenho. Charlei é xenófobo, intolerante, desrespeitos, ofensivo, atinge as minorias. Eu nao tenho nada a ver com Charlei. E você?”
ELA: “Eu? Eu sou pela liberdade sim, mas não gosto de sofrer humilhações e ficar diariamente triste pela sua irreverencia, pelas suas obscenidades, pelo seu desrespeito que me diminui, quando desde sempre luto pela igualdade. Me sinto ridiculizada. Você diz que me ama mas não está disposto a fazer concessões para “socializar” comigo... Agora eu não sou ninguém para querer comprimir a sua liberdade, mesmo que egoísta, pois não se importa de machucar. Afinal é a sua liberdade contra a minha dignidade. Eu não posso fazer outra coisa, para sofrer menos, que me manter a distancia até você entender e respeitar os meus sentimentos. E mesmo assim continuarei a sofrer pois os ecos e os reflexos da sua liberdade chegam atè mim.
ELE: “Então você também não é Charlie”
ELA: “Você esta enganado. Por quanto eu possa achar criticáveis, reprováveis e condenáveis certas condutas, a lei de talião não me pertence. Eu disse que preciso me manter distante até você me entender e me respeitar. Não disse que vou te pagar com a mesma moeda nem que vou te matar.
Por isso e nesse sentido JE SUIS CHARLIE!

Marisa Barbato

TE QUERO ASSIM

Cansei
das provocações
das ondas que vão e vem
como pêndulos
nos relógios nas paredes da loucura.

Cansei,
pois eu sou inteira,
de coisas ditas pela metade,
de respostas pela metade,
de declarações pela metade,
de amor pela metade,
de homem pela metade.

E como você também se diversifica,
cansei
de seus jogos duplos
como as palavras soltadas
para quem queira entender,
iludidas destinatárias
supostamente privilegiadas
de versos perplexos
carregados de mentiras
fantasiados de verdades.
E dos silêncios
que pelo contrario
disfarçam dezenas
de tristes e amargas verdades
sobre mulheres, crianças, fracassos, crises e desesperos.

E cansei da fumaça
atras da qual esconde a ambiguidade
que não lhe permite de pronunciar publicamente o meu nome
nas lindas palavras sem alma
do seu coração.

Cansei
do narcisismo que o distingue,
da insegurança que o marca
e do seu desejo de autoafirmação,
que se reproduz multiplicando tristeza
adicionando loucuras,
subtraendo amor
e dividindo historias.

Cansei
de dar sem receber,
e ainda,
de viver esmolando carinho
como um clochard parisiense
nas noites de nevoeiro
entre o Etoile, o Arc de Triomphe, e la Gare de Lyon.

Cansei
das baixarias das encrenqueiras ciumentas
que te seduziram um tempo ou nunca,
e que não tem vergonha de se humilhar
atras de um sonho sonhado
e vivido pela metade, por um terço ou ,
quem sabe,
por nada.

E das pirraças infantis
das vitimas involuntárias, talvez nem tanto,
dos seus ataques de procurada solidão,
iludidas,
nas noites quentes e fingidas, através de uma tela
com palavras vãs e descompassadas,
preludio inexorável de anunciada enrolação.
E ainda da raiva avassaladora
das tapa-buracos que você transformou em delinquentes
a cada voltar de lua jogadas fora como lixo,
com as provocações baratas
das brincadeiras grosseiras,
com premeditadas brigas,
ou com os papos furados da covardia,
que fecha as janelas para retomar o ninho,
deixando, porém, portas abertas por trás
na espera de outros cursos e recursos
para o mesmo presente,
futuro improvável e inexistente.

Assim como
cansei
da fofoca gratuita
de quem nunca vestiu a minha roupa
e mesmo assim,
sente-se em direito
de julgar e relatar falas e fatos
descontextualizados,
querendo me passar por aquela
que nunca fui
e nunca serei.

E cansei
de você acreditar sem conversar,
sem ouvir as minhas razoes,
me acusando
sem direito de replica,
como réu condenado a morte
sem nem a dignidade de conhecer o porque.

Cansei também de você precisar disso
para agir sem remorso,
se a consciência despertar, caso tiver
ou para se justificar se fazendo de mártir
aos olhares atentos do mundo
que finge acreditar enquanto você mesmo,
vitima das suas mentiras
acaba acreditando.

Cansei
do machismo pretensioso
e do egoismo que vê somente a si mesmo,
como vicio entorpecente
de manente prazer
nunca satisfeito.
No fundo sou Teresa,
nada a ver com Sabina,
por isso cansei da extrema,
indelicada e insustentável leveza do seu ser,
e de grossarias, de palavrões, vulgaridades e de desrespeito sem medida.
Cansei.

Cansei
de me sentir sozinha com você do meu lado
e de me aborrecer
enquanto você luta com seus fantasmas
que não quis me apresentar
e que todavia por suo azar em parte conheci.

Por isso
cansei
também de abrir armários
e encontrar a cada dia novos esqueletos,
de me apresentar a eles,
de conviver,
e ser conivente sem querer
enquanto você continua
imperturbado e imperturbável
nas suas mesquindades.

Cansei
de promissas não mantidas,
efémeras quimeras que
como grãos de areia se dissolvem
no mar delirante duma alastradora insanidade

Cansei
de não sentir nas atitudes seu amor,
que você desesperadamente
nas palavras vazias
- como seu coração incapaz de sentir -
declara para mim,
enquanto não poupa provocações violentas e embriagadas
nos surtos das noites sem vergonhas
entregues por decência
ao esquecimento da memoria.

Cansei
de você não ter o equilíbrio
para suportar, sem balançar
o peso e a responsabilidade
de uma mulher de conteúdo,
e de você não saber, por não querer,
construir respeito por volta de nos.

E cansei
da constante incoerência dos seus atos,
que gritam amor
e ao mesmo tempo procuram vingança
dum passado remoto que plasmou a sua existência
dolorida e anestesiada
como impassível viajador na escuridão da tormenta.

Cansei
de ter um todo
de um nada que se perpetua diariamente,
egoisticamente,
repetidamente,
doentiamente.

E assim
cansei
de ouvir que você não me merece.

Enfim,
cansei de entender.
Alias quis entender que você não sabe amar,
talvez você não queira,
talvez você simplesmente não possa.
Mas com certeza nunca fui numero e nunca serei.
No máximo,
eu sou e serei
um numero primo na minha digna solidão.
Eu sou inteira
e mesmo que não me conheça toda,
eu sou sensibilidade,
transparência,
dedicação,
curiosidade,
companheirismo,
orgulho
e dignidade.
E te quero assim...
Seja quem for você.

Falava de amor.
Afastou-a sem titubar,
esqueceu-a sem carecer,
substituiu-a sem pensar,
Sem alma,
sem emoção,
sem sentimento,
sem noção...
Sem piedade
Matou-a.

Na tristeza de um dia de chuva,
numa folga do respiro ansioso de Lígias e de Leucósias,
como folha morta abandonada aos ventos da vida,
pensando desencantou e como barco a vela pirou .
Com palavras sem alma,
sem emoção
sem sentimento,
sem noção
Tentou ressuscita-la
para explicar o porque.