Coleção pessoal de marinhoguzman

21 - 40 do total de 951 pensamentos na coleção de marinhoguzman

⁠Invejo as pessoas normais, as que são consideradas normais e as que se consideram normais

⁠Às vezes acho que quem se conforma com a velhice não teve uma vida cheia de muitas conquistas, algumas decepções e grandes aventuras.
Abrir mão disso tudo não é fácil!

⁠Depois de vários meses os maiores “gênios” em doenças de todos os tipos continuam disseminando notícias contraditórias, teorias que não são mais nem menos que teorias.
Os grandes laboratórios em vias de lançarem dezenas de vacinas e se tornarem ainda mais bilionários.
Doze bilhões de pessoas continuam dependentes das mais diversas opiniões de como se prevenirem.
Mas a pandemia das pandemias será nos próximos séculos só a discussão do que foi feito e do que deveria ter sido feito.
Cobaias é o que somos.

⁠Meu pai.
Meu pai nasceu em 1919 e teria hoje, se fosse vivo, 101 anos.
Infelizmente ele se foi em 1999 portanto há vinte e um anos.
Tenho vagas lembranças de como teriam sido os primeiros anos da sua vida pelos seus relatos já quase esquecidos.
Para falar a verdade, é dificílimo imaginar meu pai aos cinco, dez ou quinze anos, vivendo na cidade de São Paulo onde as novidades o teriam deixado tão surpreso, como para mim o advento da televisão colorida em meados dos anos setenta ou a internet nos anos noventa.
Naquela época as grandes novidades devem ter sido a chegada ao Brasil dos primeiros carros, a popularização do rádio e o acesso aos primeiros cursos universitários.
Meu pai contou que o primeiro carro que meu avô comprou, um Ford 1929, da sua alegria em ter um rádio e de como ele conseguiu fazer à noite, o curso de ciências contábeis e atuariais da Faculdade Álvares Penteado do Largo de São Francisco.
Tempos difíceis, dizia ele que vivenciou o gasogênio, tinha dificuldade em saber das notícias internacionais pelo rádio e tinha que chegar em casa, por imposição do meu avô, obrigatoriamente às nove horas da noite, ainda que as aulas terminassem depois desse horário.
É bem verdade que ele tinha certas regalias que a maioria dos jovens não tinham . Ele já podia dar suas voltinhas com o carro da família uma vez que desde os dezoito anos ele é quem dirigia porque meu avô tinha dificuldade para fazê-lo, para não dizer que dirigia muito mal.
Foi numa dessas voltinhas pela Rua Frei Caneca que ele viu pela primeira vez a minha mãe. Deve ter sido um impacto fulminante porque a minha mãe era seguramente a garota mais bonita de toda São Paulo. Prova disso, são as fotos que sempre publico.
Além de linda, minha mãe dançava balé, era formada em música pelo Conservatório Dramático e Musical de São Paulo e dava consertos públicos aos dezenove anos de idade. Sua educação foi primorosa. Era a mais bonita, a mais inteligente e a primeira filha mulher. Ouvi dizer que era o xodó do pai e da mãe com muita razão.
Segundo meu pai, a troca de olhares foi rápida, as primeiras conversas furtivas e o namoro alguma coisa perto de uma história de terror uma vez que o meu avô era um português no mínimo turrão.
Quando meu pai foi pedir minha mãe em namoro, a conversa teria se tornado um desafio uma vez que meu avô disse que com filha dele ninguém brincava e que ele não admitiria namoro ou noivado prolongado.
Quem conheceu meu pai sabe que o sangue espanhol dele fervia nas veias quando era confrontado e ele teria perguntado ao meu avô quanto tempo seria suficiente ou demasiado e meu avô teria dito que não poderia demorar mais que seis meses.
Oh! Deus! Imagino a cara do meu pai, que esperava autorização para ir ao cinema com minha mãe na companhia de alguma irmã e sair de lá noivo para casar.
Segundo relatos fidedignos, meu pai teria imediatamente marcado a data do casamento para daí a quatro meses e o grande problema nem foi esse e sim contar para o meu avô, o seu pai que ele casaria no final daquele mesmo ano.
Houvesse esse termo naquela época e eu diria que “a casa caiu”.
Meu pai me contou a condição imposta pelo padrasto para que ele se casasse seria ir morar em Vera Cruz, uma cidadezinha do meio do Estado de São Paulo, que hoje tem uns de dez mil habitantes, naquela época só uma rua pequena e sem saída.
A minha mãe me contou que foi uma correria louca. A noiva tinha que fazer o enxoval, e promover a festa e o dinheiro mal dava para o dia a dia da família Pacheco.
Apesar dos pesares meu pai e minha mãe casaram-se dentro dos escassos quatro meses. O vestido da noiva era uma obra-prima, a festa foi perfeita e até pouco tempo, havia em casa alguns lençóis de puro linho do enxoval original. No mais, eu estou aqui para contar essa história louca e verídica.
História do cara mais incrível que eu conheci, meu pai Antônio Guzman Mariscal.
Contabilista rádio amador, criador de pássaros de canto, espanhol esquentado, homem íntegro e honesto que fez tudo que podia pelos filhos, do qual eu me orgulho de ter muitos princípios. E o nome Guzman.

⁠Apesar das nossas grandes diferenças, seremos um dia absolutamente iguais. Cinzas.

⁠Deus nos acuda!
Deus criou o homem à sua própria imagem,
Deus colocou e expulsou Adão de Eva do Paraíso,
Deus nos deu o incontestável milagre da Santíssima Trindade, onde seu filho foi concebido pela Virgem Maria, mãe de Deus.
Deus é Pai, é filho, Deus é o Espírito Santo, figura que não sei bem o que quer dizer.
Deus permitiu que Ele mesmo na forma de Jesus fosse sacrificado e com o Santo Sacrifício redimiu a humanidade do Pecado Original, o mesmo que levou o homem na figura de Adão e Eva serem expulsos do Paraíso.
Deus nos ofereceu suas palavras nas dos Apóstolos que por sua vez foram compiladas no Livro Sagrado, a Bíblia.
E ela conta a saga do homem através das grandes catástrofes todas elas causadas pelas más escolhas do livre arbítrio.
Criado a cerca de 14 bilhões de anos o Universo segue com rumo incerto, segundo alguns para o “bing bang.
Uma coisa é certa, um segundo livro nem tão sagrado, mas bem mais bem comprovado vem sendo escrito nos últimos vinte séculos e a humanidade continua sendo coadjuvante nas catástrofes.
Essa semana foi o Líbano, ainda presentes as guerras, revoluções e pandemias se encarregam de traçar as linhas desse livro que a meu ver é de terror.
Se você não concorda com alguma das minhas palavras não curta esse texto por favor, peça a Deus que reconsidere e nos acuda.

⁠Imagino um bujão de gás um fogão ou uma mini geladeira…
Quando eu vejo as fotos “antes” e “depois” do exagero na musculação das baixinhas, infelizmente não tenho outro pensamento rsss… Certos exageros transferem parte do cérebro para os músculos. Sorry!

⁠Invejo a energia dos mais jovens, a força, a vontade de viver, a alegria e a ignorância da juventude com o inexorável futuro que mais cedo ou mais tarde chegará para todos.
Não fosse a ignorância todos seriam como eu, incrédulos, descobrindo possivelmente tarde, saber que não existe depois
Dou todo meu apoio às loucuras de cada idade pois a segurança de dias melhores é a utopia que estamos vivenciando em esperar dias melhores.

⁠Acostumei-me com decepções do passado mas ainda me surpreendo com as mais recentes.


A soma dos fatores nem sempre é pura matemática, mas a soma das experiências pode demonstrar o futuro.
Uma coisinha sim, uma não, algo bom, algo nem tanto, podem ou não transformar coisas boas num bom dia, e vice-versa, mas tudo certamente será experiência de viver.
E…
A gente aprende a cada dia, que quando menos se espera, tanto a experiência quanto a inexperiência provam que é inútil a expectativa.

⁠Não se trata de colocar a culpa em alguém, é de fato apontar os culpados pela situação em que se encontra o mundo nesse 2.020.
Como numa Torre de Babel os homens nunca se entenderam nem conseguiram viver em paz, resolvendo suas diferenças com justiça e diplomacia.
Guerras que deveriam ser evitadas pela lógica e pela mediação, sem paixões religiosas ou ambição pelos territórios com suas riquezas, geraram gastos monumentais desviados do bem-estar do povo com a saúde e a educação.
Fomos sempre subjugado pela força dos governos dominantes, pela casta dos religiosos e juízes e pela ignorância que foi imposta à massa popular com a mentira de que o voto da maioria seria a escolha e a vontade soberana do povo.
Essa história começou a ser registrada há cerca de 7.000 anos e se algo mudou foi para pior com a apropriação do poder menos pela força das armas e ainda mais pelo poderio econômico, quase sempre obtido pelo dinheiro da corrupção.
Não houvessem as guerras e o armamentismo, o conluio do judiciário com os ladrões do dinheiro público e teríamos escolas, hospitais, instrução, capacitação profissional, saúde e pesquisas que antecipariam as vacinas para evitar as pandemias.
Esse pequeno texto não pretende exaurir o assunto que precisaria mais livros do que suportaria qualquer biblioteca.
Serve somente para dizer que os culpados foram e continuam sendo os políticos corruptos e os juízes coniventes.
E não há nada que a nossas próximas gerações possam resolver.
Só!

⁠Um dia que não foi ruim não foi necessariamente um dia bom.


O otimismo tem sido o ópio do povo desde sempre.
Inocentes e ignorantes confiam, baseados em promessas esdruxulas, que dias melhores virão, sem fazer o mínimo esforço para que as coisas mudem para se resolverem.
As grandes tragédias são logo esquecidas pela chegada de outras ainda maiores.
Gostaria de estar errado mas se a cada dia as coisas se complicam, não é difícil imaginar o resultado final.

⁠Chega uma hora que pouca coisa vale a pena.

⁠Você já percebeu que quando as religiões não tem explicação colocam na conta dos milagres?
O pecado a culpa são invenções dos religiosos para nos desviar a atenção da sua malignidade, das mentiras que contam e dos milagres que fabricaram através dos tempos.
E quando as coisas vão mal e não dão certa a culpa é sempre nossa.

⁠O poço, o fundo do poço e o poço sem fundo.
Para a maioria dos políticos o dinheiro público é um poço sem fundo.
Alguns ainda pensam que sempre vai sair água desse poço.
A maioria dos brasileiros (onde me incluo) está no fundo do poço, perdendo empregos, seus pequenos negócios e o pouco que possam ter conseguido na vida.
A verdade é que o poço não surgiu do nada, foi construído com o suor de muitos anos de trabalho a fio.
Cada notícia que escuto sinto como se mais uma pá de terra foi jogada no poço e que quando o poço estiver soterrado não haverá água para ninguém.

⁠A pandemia, as decisões tomadas, a história e a nova realidade.
Como tantos fatos históricos dúbios, tomo como exemplo o holocausto, que alguns afirmam que não existiu ou não teve as tais proporção, 2.020 passará à história como a maior caos dos últimos séculos e várias versões circularão.
Quais foram as reais proporções, quais foram as medidas tempestivamente tomadas, quais foram os erros e os acertos?
E com a costumeira falibilidade, a humanidade vai acreditar na versão que lhe aprouver.
É inconteste que teremos a partir de agora uma nova realidade.
E essa nova realidade é a maior incógnita. Essa sim única
verdade.

⁠Como numa máquina do tempo algumas músicas me deixam em transe e me colocam trinta, quarenta, cinquenta anos atrás.
Nessa hora (mas não só nessa) lembro que meu avô dizia:
- Deveríamos ser antes velhos e depois novos...
Certamente aproveitaríamos muito mais.

⁠O voto no Brasil é pior que jogo de azar.
Quando o eleito ganha a gente perde e quando ele perde a gente também perde.

Agora eu entendo porquê dizem que Deus é brasileiro.⁠