Coleção pessoal de marcoskm7
Soneto da lua morena
Eu não vou esquecer esse dia
Meu anjo sorriu pra mim
Com aquele sorriso de criança, cheio de alegria.
Um semblante meigo, ela sorriu pra mim.
Sorvete de morango, a lua morena: o tempo desapareceu.
Prometo não te beijar: cruzo os dedos
Teu sorriso e teu beijo, aconteceu.
Duas crianças felizes, uma infância sem medos.
A noite, o céu abençoa nós dois com água da chuva
A chuva, o beijo, a chuva, meu anjo e eu.
A tua boca, o teu beijo, outro mundo repleto de curvas.
Maria, meu anjo, minha Graça, bem vinda.
Que se repita esse dia moça encabulada
Sussurrar no seu ouvido: meu anjo, até o ultimo dia de minha vida.
Tenho que me desconstruir por inteiro, mas ainda, o padrão de beleza faz parte de algumas das minhas escolhas. Não me considero imune ao estereótipo: loira, magra de olhos azuis. Mas me apego a palavras, gestos e sutilezas que não custam nem centavos e enriquecem a relação. Vamos misturar as belezas cultas, ocultas e visíveis. O que interessa nessa vida pode durar mais do que os nossos olhos podem ver.
A fome é fruto de vários fatores, dentre eles, a falta de amor ao próximo e a percepção de que somos todos parte de um todo indivisível que chamamos de humanidade.
Que o amor exista e resista aos desencontros da vida, menina. Que o teu ouvido e a minha boca se aproximem e entre eles o sussurro da minha voz: meu amor! Que a ternura faça parte do nosso cotidiano e que os dias tenham o sabor das coisas simples/maravilhosamente encantadoras, como tocar a tua mão e segura-la pela primeira vez. E onde esta você menina?
O calo do teu pé ou a impossibilidade de comprar algo inútil te dói mais do que a fome de outros, do que a morte de milhares, do que a miséria do mundo e o sofrimento de outros seres e isso tem que mudar.
Quem duvida da força das interferências ambientais na formação do sujeito não pode deixar de pensar nas influências das pessoas que estão ao seu redor e as que fizeram parte de sua vida. Querendo ou não, somos fruto das relações de interferência ambiental, mas esses movimentos não são lineares (causa e efeito) acontecem de forma caótica. Não somos uma tabula rasa, nem uma folha de papel em branco, mas o que se próxima do ser humano é simples como a água e complexo nas relações de interferência ambiental. Podemos mudar nossa cor de diversas maneiras, nosso formato também se modifica. Somos como água, o vinho, óleo e a gasolina. Somos maleáveis, reagimos mas também assumimos formas e cores que são impostas e geralmente não conseguimos ficar totalmente imunes a essas interferências ambientais.
Meu amor quero dizer a você o que aprendi sobre psicologia. Em primeiro lugar não existe psicologia, nunca existiu. A psicologia é uma ilusão, o que existe são ideias que se propõem a ser psicológicas. Em segundo, não existe uniformidade e consenso. O que é verdade para um autor, é mentira para outro e há quem não acredite em quase nada.
O mesmo jornal que anuncia que a felicidade pode ser alcançada com a riqueza e que existe um valor específico para ser feliz, o mesmo jornal repudia as pessoas que entram em desespero e roubam,matam e mentem por dinheiro. Incentiva e depois pune.
O sofrimento produzido é ainda maior pelo seguinte motivo; a riqueza é enaltecida e como a maioria nesse pais, e no mundo, não é composto de pessoas ricas, acaba sendo majoritário o sofrimento.
O dinheiro traz alegrias porque dá poder as pessoas e elas compram, que por si só o ato de comprar é gratificante, nesse maldito mundo capitalista.
O dinheiro traz felicidade sim, para quem possui, mais acarreta mais sofrimentos que alegrias no mundo contemporâneo, e suponho que em outras épocas também.
Sim, o dinheiro traz muita infelicidade, sua falta e sua busca traz sofrimento. Mas isso tudo só é possível póis é dado mais valor ao capital do que as pessoas. É nossa perspectiva que faz com que o sofrimento se prolongue e se intensifique. O importante no es el destino, o importante é o caminho.