Coleção pessoal de MarciaDutra
Chega de Saudade
Vai, minha tristeza, e diz a ela
Que sem ela não pode ser
Diz-lhe, numa prece, que ela regresse
Porque eu não posso mais sofrer
Chega de saudade, a realidade é que sem ela
Não há paz, não há beleza
É só tristeza e a melancolia
Que não sai de mim, não sai de mim, não sai
Mas, se ela voltar, se ela voltar
Que coisa linda, que coisa louca
Pois há menos peixinhos a nadar no mar
Do que os beijinhos que eu darei na sua boca
Dentro dos meus braços
Os abraços hão de ser milhões de abraços
Apertado assim, colado assim, calado assim
Abraços e beijinhos e carinhos sem ter fim
Que é pra acabar com esse negócio de viver longe de mim
Não quero mais esse negócio de você viver assim
Vamos deixar desse negócio de você viver sem mim
Guarda estes versos que escrevi chorando,
Como um alívio a minha saudade,
Como um dever do meu amor; e quando
Houver em ti um eco de saudade,
Beija estes versos que escrevi chorando.
Universo de Solidão
Meu semblante é alegre
Minha tristeza se esconde n'alma
Meu sorriso se mostra contente
Minhas lágrimas brumas espalhadas.
Essa angústia abafada em mim
Estou prestes a morrer silenciosa
Meu grito é um martírio profundo
Minhas mágoas manchas nebulosas.
A noite é mistério e lamúria
O luar se tornou obstante
Somos como estrelas múltiplas
Perdidas numa galáxia distante.
Sou como o crepúsculo da noite
O nascer do sol para mim
não existe
Sou como a lua em sua volta elíptica
Em torno da terra em uma trajetória.
Somos como a constelação águia
Perdidos em meio a imensidão
E meu âmago sofrido chora
Nós dois nesta solidão!
Ass eu Marcia Dutra