Coleção pessoal de marceloulisses

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Como fica forte uma pessoa quando está segura de ser amada!

O mundo é grande e cabe nesta janela sobre o mar.
O mar é grande e cabe na cama e no colchão de amar.
O amor é grande e cabe no breve espaço de beijar.

Ser feliz sem motivo é a mais autêntica forma de felicidade.

Vá em Frente

Vá em Frente e faça a diferença!
Os fracos ficam e avançam os mais preparados,
Os fortes levantam cargas e suportam pancadas,
Vá em frente e faça a diferença!
Na tua mente está o desafio,
O conforto a âncora dos teus pés,
Na dúvida a derrota imediata,
Vá em frente e faça a diferença!
Pois a massa segue o teu grito,
Grite antes beneficiando a multidão,
Não permita que os pobres aflitos,
Vejam derrota por falta de opção.
Vá em frente e faça a diferença!
Pule, grite, cante e encante,
Alegre, tire sorrisos de quem resmunga!
Do triste faça vir alegria,
Use seu espírito que contagia,
Faça com a inspiração que Deus te deu.
Vá em frente e faça a diferença!
Seja na matemática, medicina ou antropologia,
Não importa a operação ou terapia ou teoria,
Pois é fazendo que se beneficia
A arte a terra e sua melodia,
Seja no escuro da noite ou na luz do dia.
Vá em frente e faça a diferença!
Pois para trás o relógio não anda,
E para impulsionar esta velha ciranda,
É necessário desenvolver esta crença!
Vá em frente e faça a diferença!


Marcelo ULisses

Milagres
As ações de Deus na vida de um ser,
Talvez não sejam vistas como milagres,
Pois o ser homem necessita ver,
Mesmo sendo sua essência e almagres.
Incrédulo, lascivo e hostil,
O filho procura resposta às questões,
E mesmo quando o Pai é gentil,
O outro continua flébil,
Pendendo para as suas razões.
Vem a luta, a derrota e o abismo,
Pra sentir a presença de Deus,
Mas pra quem só pensa nos seus,
Que não lembra do próprio egoísmo,
Nem das horas de extremo cinismo,
É difícil não ter ceticismo,
E trocar a ventura por Deus.
E do nada vem a ajuda,
Do nada em meus olhos somente,
Porque cego não há quem aluda,
Que Alguém entrou em sua mente,
E deu vida outra vez ao almagre,
Fazendo a esmagada semente,
Erguer-se e viver através de um milagre.

Marcelo ULisses

Corpos sem Aspas e Textos sem Rugas

A vaidade invade a sociedade daqueles preocupados com a imagem.
Vírgulas e aspas são retiradas dos textos, o mesmo que corpos
Que tentam se livrar das rugas e marcas de expressão.
Verdadeiras marcas das pausas e ressaltos da vida! Que custam...
Que custam tempo, custam suor, que custam dor, paixão.
Sobrancelhas feitas e pele lisa, ela corrige pontos tortos...
Como apagar as pérolas ditas àqueles que amam?
E o corpo? Pernas malhadas e bem torneadas, quanto custa?
Será que excreta o mesmo que os malfeitos de formas imperfeitas?
Quanto custa? Quanto custa corrigir o corpo e qual o preço?
Qual o preço de apagar as ofensas lançadas?
Talvez o tempo que impõe vírgulas e aspas à vida...
Talvez o autor que insere as rugas e marcas no corpo a viver...
Os faça apagar da mente dos infelizes destinatários das pérolas,
As joias guardadas na medida do autor, o tempo...
Textos sem aspas não valem o destaque,
Outrora sem vírgulas não mostram sentido...
Corpos sem rugas não mostram os ataques,
Do autor e temido tempo vivido....
E a imagem para a sociedade dos corpos sarados?
Ah! Esta é uma lauda na mão do autor,
Que sem palavras não mostra o passado,
Que deixa marcas de amor e de dor.
Aspas e vírgulas são valiosas, como a expressão do velho autor.

Marcelo ULisses

Felicidade

Conheço pouco sobre a felicidade.
Não sei exatamente onde está.
Sei que não está nas coisas grandes,
Mas nas pequenas como enxergar?
Prestando atenção às miudezas,
Vejo falhas e erros humanos,
Vejo pequenos cheio de grandezas,
Assim como quanto imperfeitos somos.
Feliz eu sonho com o melhor,
Com um mundo cheio de coisas bonitas,
Com uma paz entre homens maior,
E com o fim de condutas aflitas.
Com uma vontade extrema de viver,
com atenção aos amores da vida,
com uma forma especial de ser,
com uma forma menos corrida,
de andar, de correr dia a dia,
de olhar de verdade o seu par,
de recuar pela paz e harmonia.
Não preciso sair da cadeia,
Para apreciar a liberdade,
Nem de achar que desgraça alheia,
Jamais será a minha verdade.

Marcelo ULisses

Visão do Pobre Viver

Quanto vale viver?
Como contamos o tempo?
Mês a mês conta o pobre,
Vendo o seu pagamento,
Fruto do trabalho nobre,
Que dura só um momento.
Que reza tomara que sobre,
dinheiro e não sentimento.
Nascendo envelhece a cada dia,
Mas pobre de grana aumenta a agonia,
Dos pais que falam, gostaria!
De ter grana, ser rico um dia.
A família cresce assim mesmo,
Por datas se mede o tempo,
Às vezes com vencimento,
Chega logo, meu pagamento!
Não sabe ele que vive,
Que mais velho fica e perto da morte,
Enquanto pensa em dinheiro e sorte,
Não curte o bom de ser livre.
Quanto vale deixar de viver?
Quanto custa pensar em morrer,
De fome ou doença algum dia,
Enquanto aumenta a agonia,
Aumenta o valor a perder.
Talvez a riqueza da vida,
Não esteja nesta comida,
Mas na fome de ver, um novo amanhecer.

Marcelo ULisses

Sobre o Falecimento de Rosa Malena, esposa de meu Pai.

Meu Pai...
Tu fizeste o teu papel.... de esposo... de pai... de homem.
Tu mostraste que és forte e resistente e lutaste até o fim.
Deste exemplo de perseverança...
Te dividiste entre a esposa e o trabalho... entre o sustento e a saúde, mas tudo acontece conforme os planos do Criador...
...Ele nos permite passar por desertos do tamanho das nossas forças...
Forças estas que nem sabemos que temos, mas Ele, com sua inalcançável sabedoria nos solta como a crianças nos primeiros passos e nos vigia... não nos deixa cair... e nós, nós na pequeneza de nossa fé saímos assustados... cansados...e mais fortes... e mais sábios...
E Ele nos faz crescer...
E depois de muitas lições... nos chama.
Não sabemos quando, pois hora somos alunos...hora mestres.... mas sempre criaturas, guardadas nos braços do criador.
Força Pai.
Nós te amamos.

Marcelo ULisses

Quando Éramos Equipe

Dedicação e empenho eram só o início. Constante era o esforço para superar as expectativas... com as graças de Deus tudo ia se harmonizando, em meio ao frenético movimento de paz que nos levou a amadurecer, confrontando-nos uns aos outros e a nos mesmos. Despir-se da capa da vaidade era um exercício diário e a troca de experiências era mais profunda do que imaginávamos. A autoridade exercida era autoridade constituída, usada pelo Pai em muitos momentos, que nem mesmo como obras nas mãos do Artesão percebíamos que fazíamos parte da obra. A obra era em nós, por Ele, por nós, através de nós, que cheios de nós e de nós mesmos nos confundíamos em nossos caminhos, às vezes saltando nó a nó, etapa por etapa da própria evolução. No final tudo dava errado para nós, mas certo para Ele, pois não víamos o porvir, apenas o que veio, às vezes nem isto, que muitas vezes veio Dele. Viemos de muitos lugares e vimos muito... sem vermos o que viria. Mais importante é que estamos aqui. Lembrando tudo isto e reconhecendo o quanto grandes foram nossos colegas por nos aceitarem, o quanto cegos fomos nós por não aceitarmos outros e o quanto grandioso é Deus por nos aceitar a todos.

Meus amigos são como o vento... vêm e vão... livres.
Meus amores como a água... mais de 70% de mim.

A tua raiva pago com ternura, pois a arma dos bravos é o amor. Se da ternura sentes raiva, não és bravo, mas fraco, que busca força no medo do inimigo.

Migalhas da Moral

Estamos vivendo o fim do mundo?
Se estamos vivendo o fim?
Acredito que a todo o momento.
A todo momento algo se vai,
O fim chega para todos, entretanto,
Por que o fim da moral?
Por que o fim dos valores?
Por que o fim de algo que se perpetua?
O fim de geração a geração...
O fim pouco a pouco, gradativo, a prestação, em gotas...
O pai exige do filho...
O filho não exige do filho...
O avô não exige do neto...
E quando tem o seu filho...
O neto não perpetua os valores...
Aliás, neste ponto pouco valem...
Será efeito do tempo?
Serão as migalhas da moral que recebemos,
Fruto da conveniência das gerações passadas?
As incógnitas das equações dos tempos,
Que foram descobertas sem a ajuda de Báscara ou Tales,
Será uma questão matemática a moral?
Será o tempo realmente uma variável, flexível e não constante?
E os valores onde ficam?
Perdem-se quando passados adiante?
Por quê? Se quem conta um conto acrescenta um ponto,
Que pontos não são acrescentados a moral e aos valores?
Serão os pontos invisíveis, ou cegos estamos, ou míopes?
Miopia moral? Será este o diagnóstico?
E se for, a quem procurar?
O oftalmo, o psicólogo, o psicanalista, o matemático?
Os gregos é que não, pois neste momento desejo um pouco de moral,
mas, não sei se as escolas de Platão, Aristóteles e Sócrates,
ainda poderão entender as equações de Keynes,
Economia, ah não... miopia já me basta..
Na miopia ver pouca moral já é demais!
Não quero pensar em pouco dinheiro, já me basta viver.

Marcelo ULisses

Qualidades e Defeitos: todos temos

Defeitos iguais, Defeitos diferentes, Qualidades Iguais, Qualidades diferentes...todos temos.
As qualidades iguais, nos aproximam...
As qualidades diferentes nos diferenciam.
Os defeitos iguais, nos igualam...
e os defeitos diferentes nos impedem de apontarmos os defeitos dos outros.

Óculos

Estou vendo o mundo através dos óculos;
Que triste visão através de uma lente,
Que me aumenta a percepção do que vive,
Que me ressalta as cores à mente.
Quão surpreso fico quanto vejo o tamanho do mundo,
Surpresa pelo aumento e não pela existência,
De tantas falhas em nós, em mim, lá dentro...
Parece por fora uma coisa muito legal, pois
Vejo pernas de lindas mulheres, quando lindas são as minhas,
Não minhas pernas, mas minhas mulheres esposa e filha.
Andando na rua minhas visões,
Dentro de casa minhas mulheres,
dentro de mim meus egoísmos...
Vejo na rua um carro forte e malotes de dinheiro,
Que cheiro...
Dinheiro...
E o homem que o carrega?
Algum tostão no bolso terá?
Nas costas todo o dinheiro da sociedade,
No bolso todas as moedas da gaveta,
Na mente todo o caminho a percorrer,
Na minha todo o dinheiro em meu bolso...
... e correr, não per, mas para, para onde?
Pernas percorrem a pista, confundem minhas vistas...
Senhora idosa, quantos anos terá?
Jovem senhora de mais ou menos cinquenta,
Independente em mundo globalizado, ou
Mulher global numa independência mundializada?
Talvez a terra mulher, talvez a nação nova, talvez, talvez...
Minha visão me confunde.
Já não se morre aos sessenta e cinco,
Agora vamos aos mais de oitenta,
Velocidade na vida, morte na estrada...
Mais de oitenta, pra quê?
Para sobreviver? Acima do que?
Acima do corpo, magro e esbelto,
Ou acima da economia, magra e esbelta.
O objetivo é ficar forte e crescer, mas até que ponto?
Para exportar o excedente para quem não pode comprar?
Para quem tem fome e quer crescer, engordar?
Quero ficar magro dispenso comida, se sou gente,
Quero ficar forte vendo comida, se sou mais gente,
Quero crescer, como.
Como quero crescer?
Crescem as imagens na minha frente e me assusto.
Quão surpreso fico quanto vejo o tamanho do mundo,
Que me ressalta as cores à mente.
Que me aumenta a percepção do que vive,
Que triste visão através de uma lente,
Estou vendo o mundo através dos óculos;
Será melhor manter-me sem óculos?

Vejo pernas de lindas mulheres, quando lidas são as minhas,
Não minhas pernas, mas minhas mulheres esposa e filha.
Andando na rua minhas visões,
Dentro de casa minhas mulheres,
dentro de mim meu egoísmos...

Sociedade do “Eu senhor de Mim Mesmo”

O que falam da sociedade?
Falam como se ela fosse pessoa,
A personificação da vontade coletiva,
Que muitos ao citá-la a deixam incompleta,
O que falam da sociedade,
Falam excluindo o eu.
O que falam sobre o eu?
Falam sobre o eu contido no outro,
Sobre o que o outro deve fazer,
Para satisfazer o meu eu,
Eu? Longe disto. Longe de lançar o eu sobre o tu,
Lançamento de responsabilidades, obrigações,
Lançamento para onde apontam os olhos,
Inclusive para onde apontam os olhos da sociedade,
Esta incluindo-se o eu. Sociedade de todos nós,
Fazemos parte da mesma sociedade e,
As mazelas do mundo são nossa responsabilidade, pois
Direta ou indiretamente contribuímos para o futuro,
Lançamos para o tempo futuro todas as nossas omissões e exageros,
Formando seres mal formados, individualizados e individualistas,
Às vezes excluídos, ás vezes excluindo-se da tal sociedade.
A vontade coletiva corre fragmentada, assinérgica, amoral, dissociada,
Do principio de sociedade, com vontade, social e civilizada. Civilizada?
Como idealizar civilização, civilis, cidade sem objetivos convergentes?
Civilização fragmentada em valores, em conduta moral e ética,
Onde a obrigação transforma-se em ato heroico.
Como inverter esta mão?
Como multiplicar a vontade de desfragmentar a sociedade,
Trazendo-a para mim, para nós, incluindo-nos nas críticas,
Somando valores, contribuindo, posicionando-se,
Dizendo não, saindo de cima do muro, escolhendo o caminho mai estreito? Como?
Vejo ao longe a tal alavanca de evolução da sociedade...
não as guerras que impulsionam a tecnologia,
nem os gênios que desdobram, explicam e replicam suas teorias...
vejo ao longe a alavanca chamada educação... mas ao longe,
assim como os marginais, vejo ao longe... será que estou à margens?
Ou todos estamos, pois na sociedade fragmentada cada um é conjunto...
Conjunto unitário... consciência unitária... anti Weber, anti Dhurkheim, anti sociológica,
Dela resta apenas a lógica, uma lógica unilateral, intravisionária, egocentrista e autoritária,
Que impõe, não soma... enfia, coloca abruptamente seguindo a ciência do eu acho,
do meu primeiro, do eu no centro da minha vontade,
onde o outro é serventia ao meu senhor: eu. E o eu perde a identidade, pois
o “caráter individual que diferencia os seres”, diferencia o que de quem, em uma sociedade
formada pelo eu como conjunto e o seu interior como universo?

Simetria da Alegria

Sempre é lançada ao vento
Minha linha para alma sofrida,
Que me invade toda vez que tento
O sorriso de fora para dentro,
E a linha fica esquecida.
Mas, Quando o sofrer invade a vida,
quando a vida se mostra sofrida
Sigo na linha para não perder a amada
O poeta fala da linha do amor e da dor.
Quando a linha da vida assume o comando
O FIM DA LINHA DA VIDA É O FIM DA DOR.
Quando a linha da vida assume o comando?
O poeta fala da linha que liga o amor e a dor?
Sigo na linha para não perder a amada, e
quando a vida se mostra sofrida,
Quando o sofrer invade a vida,
E a linha fica esquecida,
O sorriso de fora para dentro,
Me invade toda vez que tento e
minha linha para alma sofrida,
Sempre é lançada ao vento.

O Muro

Não vou criticar o muro,
prefiro ficar de um lado,
e não observar pelo furo,
pois decidido e concentrado,
foi eu que escolheu um lado,
sabendo o sofrer do futuro.

Fracasso é tentar se manter,
em cima do muro da vida,
quando em tempo de vencer,
necesitamos escolher,
um lado para a despedida.

O bem e o mau são dois lados,
o muro a terceira opção,
o mau e o muro aliados,
carentes não iluminados,
de amor e de coração.

Viva
Rio de Janeiro, 28/12/2013
Pra que pensar em morrer?
Vida e morte andam juntas,
Quando o sol se põe no horizonte,
Dos desejos e devaneios da vida.
Viva a vida mostra a sua luz,
Viva! O sol nasceu novamente,
Viva! diz o menino ao ganhar o presente,
Viva, pois impera o viver,
Viva pois o estado da vida,
Se opõe diariamente ao morrer.
Se o por do sol não vier,
Será o dia um viver?
Pois ao se opor a esta lei para que viva,
Não mais viverá a lei do viver, do ser.
Ser é viver, então viva!
Vida e morte andam juntas, mas...
Pra que pensar em morrer?