Coleção pessoal de mairacastro2013

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Vai Menina... Tem o ouro do sol no brilho do teu olhar. Tua energia de leveza constante é o artifício necessário para encher de fogos o céu da tua estrada. É pra frente que se anda, menina. Se tiver que olhar pra trás, olhe. Repare nos livramentos que Deus te deu e agradeça! Agradeça ao perceber que você tem chegado aos lugares que pretendia chegar somente com quem - e com o quê - lhe é necessário.

O ano passou e eu deixei que as coisas ruins passassem com ele. Retirei as experiências e guardei num cantinho que irei visitar sempre que necessário para reaprender. Agradeço, todos os dias, por cada pessoa que apareceu na minha vida. Pelos abraços, apertos de mão. Pelas vivências e viagens. O ano que foi me dizendo que devo olhar mais para mim, sem esquecer o outro. O ano que me preparou tão bem para o novo ano.
Existem coisas que, talvez, eu deveria ter feito diferente. Palavras que deveriam ser ditas de outra forma.
Mas não me arrependo. Foi bom.
Foi essencial. Ano que vem eu também vou. De coração e braços abertos para toda a sorte que existe no mundo.

Não tenho medo de transbordar. Sigo caindo, me arranhando. Minha alma fica ferida. Carrego cicatrizes que para sempre serão lembradas. E mesmo assim, transbordo. Vou jogando intensidade em tudo o que faço. Em tudo o que sinto. Minhas amizades são cultivadas com verdade. Os meus amores são eternos. Sinto a certeza batendo forte no meu peito. Minha esperança nas pessoas é infinita. Me arrebento, mas não caio
na armadilha de viver nada sem graça.
Sem ritmo. Sem cor. Pela metade.
Por isso a minha gargalhada é alta
e os meus olhos brilham.

Disseram pra ela que o ano novo virá carregado de justiça. Que tudo o que foi plantando, será colhido. Então ela olhou para o ano que passou e sorriu. Levará com ela a sua fé que ficou ainda mais fortalecida. Levará com ela saudades que jamais serão esquecidas. Levará com ela a esperança de dias melhores. Sorriu ainda mais. Sentiu a brisa do vento trazendo as boas novas do novo ano. Agradeceu. Ela não sabe bem para onde está indo, mas tem certeza que a sua caminhada será altamente produtiva. Sua travessia, cheia de oração. Sua colheita, farta.

Quando a gente ama, cuidar é o mínimo. E o cuidado se manifesta nos pequenos detalhes. Nas pequenas doses escondidas nos minutos de um dia corrido.
O cuidado com quem a gente ama não deve ser razoável nunca. Tem que ser mantido sem ser cobrado, entende? É que quando alguém nos cobra cuidado, algo anda errado. Porque o cuidado é a base, é o essencial para fazer algo dar certo.

Nada com descuido vinga. Nem na vida, nem no trabalho, nem nos estudos, nos planos, nos projetos e muito menos no amor.
O descuido pega a semente que você plantou lá no início, durante a conquista, e mata de sede. O descuido é uma praga que se alastra e faz com que você se torne um estranho para quem você ama.

Se você pensa no amor, respira fundo e se imagina vivendo com a pessoa que está ao seu lado agora, não descuide dela jamais. Não a trate com rispidez, desprezo. Exclua a grosseria do seu vocabulário. Não dispare contra ela palavras duras que poderiam ser evitadas.

Se acalma. Pense que, por um descuido, você pode perder. E não há perdão que alimente uma relação ferida por falta de cuidado.

Então, ligue e diga que ama quantas vezes for preciso. Encha a sua relação de clichês, mesmo que os que convivem com vocês façam caras e bocas dizendo que aquilo tudo é muito chato e meloso. Abrace o seu amor. Beije muito e com vontade, como se fosse o primeiro beijo.

Surpreenda. Compre flores. Comam juntos. Dancem juntos. Façam coisas juntos, mesmo que você não esteja muito afim naquele dia. Abra mão de certos preconceitos e ouça a música que ela gosta de ouvir pelo menos uma vez.

Regue o jardim. Colha as flores. Usufrua dos frutos. Elimine os excessos, quando necessário.

Mostre ao amor e ao mundo que você está naquela relação por merecimento.

Mais um ano acabando e ela só quer continuar com esse sorriso no rosto. Com essa capacidade de acreditar na vida e em algumas pessoas. Porque um dia ela já acreditou em todo mundo e a grande maioria lhe decepcionou, sabe? Então, ela se tornou mais seletiva. E os anos se tornaram mais leves.

Aos poucos, ela foi amadurecendo. Não anda mais por aí dizendo que o seu ano foi ruim e que espera o próximo pra melhorar. Ela sabe que existiram e existirão problemas, dificuldades e que chorou e vai continuar chorando algumas vezes. Só que ela compreendeu que tudo isso faz parte da vida. E que também chegarão os momentos de alegrias, paz e muito amor.

Ao olhar para o ano que passa, ela fica contente de ter chegado até aqui com a bagagem repleta de novas e boas amizades. Com o coração batendo mais forte e o olhar mais decidido.

Quando se lembra do que teve que deixar para trás, ela sente muito. Sente pelas perdas e transforma a dor do luto em saudade. Sente por quem preferiu abandonar a sua amizade para seguir com outras amizades. Do amor que acabou quando ela queria que tivesse durado só mais um pouco. Mas lembra que nas suas orações ela sempre pediu para fosse livrada de todo mal.

Então ela diz amém e vai em frente.

Aguardando o próximo ano com os braços abertos e a alma iluminada. Desejando prosperidade, saúde, dinheiro no bolso e tudo que o novo ano lhe trouxer. Sem esquecer do que aprendeu. Sem se surpreender caso o ano novo lhe tire do chão ou bagunce a mesa pra ela ter que arrumar tudo de novo.

Porque ela só quer continuar crescendo com as vitórias e aprendendo com as suas derrotas. Colhendo os frutos das sementes que ela deixa pelo caminho. Sementes que, pra ela, tem que ser do bem e para o bem.

Ficamos esperando o momento certo das coisas. A hora certa de dizer que ama. De chamar alguém pra sair. De sair do lugar que estamos, jogar tudo pra cima e recomeçar do zero. Ficamos esperando ‘as coisas se ajeitarem’ pra que a gente tome a iniciativa. Ficamos colocando os nossos sonhos de lado e tentamos planejar o que é imprevisível para o tempo.
Muitas vezes, somos reféns do medo que carregamos.
Porque achamos que as chances das coisas darem errado são menores se for a hora certa delas acontecerem.
Esquecemos, porém, que em cada passo que damos, temos metade da chance de pisar em falso. Seja na hora certa, ou agora.
A vida é um risco. Um sopro imprevisível que, de tanto esperar, pode nunca acontecer. Uma oportunidade que passa e não volta mais. Um momento qualquer do dia em que deveríamos avançar, mas hesitamos.
Dúvidas, medos e ponderações devem sempre nos acompanhar. Mas nunca dominar as nossas decisões.
Precisamos ir com certeza.
Ir com vontade.
Ir com determinação.
Tem gente que espera tanto a hora certa para viver a coisa certa, que só fica a espera da morte. Única certeza absoluta que teremos ao fim da caminhada. Única hora que nunca se atrasa.
Por isso, devemos abraçar a vida com muita reflexão dos passos errados que demos. Sem nunca evitar próximos passos. Novas experiências. Novos sonhos. Novos aprendizados, principalmente se a gente se permite caminhar com a coragem de mudar. Sempre que for preciso.

As palavras são mágicas, fortes e imprevisíveis. Elas saltam da nossa mente, do nosso orgulho, da nossa boca. Da nossa raiva. As palavras são venenosas. As palavras são traiçoeiras. Há quem diga que jamais disse aquilo que foi dito, pois não era a intenção de dizer. O amor muitas vezes é apalavrado antes de sentido. Comprometido sem ser consolidado. No ódio, as palavras desenterram pesos engolidos. E saem rasgando a pele da alma do seu alvo. No silêncio do outro, a angústia. Mas nunca a mágoa por ter ouvido o estrondo poderoso de palavras ditas sem certeza. Só com vontade. Saudável por completo mesmo é o silêncio que deixa a entender, mas não peca por excesso. Porque o que não foi dito, poderá ser revisto e compreendido. Porém, o que já foi jogado aos quatro ventos poderá voar e ganhar destinos incontestáveis pelo mundo.Sabedoria é usar o silêncio como escudo mudo no meio do caos. Onde todo mundo diz tudo o que quer. Atirando palavras para todos os lados. Onde todos os dias alguém é ferido ao ser atingindo por palavras perdidas.

Ela está fazendo e refazendo o seu caminho. Seus olhos são a esperança de dias melhores. Sua força se espanta com a vontade que ela tem em levantar, sempre que alguém ou alguma coisa lhe derruba. Seu sorriso não esconde o gosto salgado das lágrimas que escorreram do seu rosto. Mas ela anda com a cabeça erguida. Sem sair, nem descer do salto. A persistência é o seu lema. A coragem, o seu estimulo. A fé, a sua estrela guia.

Pobreza: Quando a conta está positiva, mas a alma negativa. Quando a compra do vestido não faz o sorriso brotar com sinceridade. Quando o carro do ano é lindo, mas as
atitudes são reprováveis. É o saber
segurar talheres com elegância e não
segurar a própria arrogância. É vestir-se com grife por ter vergonha de se enxergar por dentro. É achar que a riqueza está nos bens, enquanto o coração, jóia rara, apodrece. Pobreza é se perder tentando comprar o mundo e pessoas. E, no desespero, acreditar que pode comprar a própria felicidade.

Andar entre flores e espinhos. Cultivar bons amigos. Fazer do seu coração um jardim. Com o olhar provocar sorrisos. Tropeçar vez ou outra em pensamentos desatentos e negativos, mas tentar alegrar o desânimo. Sonhar acordado realizando desejos e passeios puros e simples. Observando a beleza da borboleta voando feliz por aí. Do sol indo embora com a certeza de que voltará a brilhar amanhã. Felicidade é só ter fé, sabe? Porque quem tem fé compreende que tudo passa. Que fazer o bem é uma corrente poderosa de luz no mundo. Por isso, jamais você deve desperdiçar essa energia.

Minha fé é a minha melhor morada. É lá que converso com Deus. É de lá que Ele escuta o meu silêncio e me manda as respostas para o que eu preciso. Com a minha fé eu admiro a voz de Deus no meu coração. Me dizendo que eu sou forte e que eu preciso lutar. Que eu preciso agir. Que eu vou vencer.

Só o amor une pessoas especiais.

Tem criança que não ganha presente. Que não é inocente por um acaso qualquer. Hoje, alguma criança terá plantada em seu coração a semente do ódio. Por descuido, sabe? Alguma infância será perdida e jamais será encontrada. Hoje, uma criança nascerá em berço de ouro e terá direito a tudo o que quiser. Enquanto, no mesmo momento, dez nascerão para morrer.

Hoje, perderemos algumas crianças para a guerra. Uma guerra que a gente incentiva, fomenta e aplaude de pé quando ficamos adultos. Quando perdemos a essência de ser criança. Hoje, olharemos para essas crianças indiferentes. Diremos: “Ah, escolha ser diferente. Mude seu destino. Tenha força de vontade. Busque o seu mérito.” Como se as opções estivessem disponíveis em uma prateleira do supermercado.

E por falar em mercado, crianças entrarão no supermercado, na loja, no shopping e terão todos os olhares voltados para si. Dos seguranças, principalmente. Seja pela roupa, pela cor da pele, pelo jeito simples de ser criança.

Crianças serão separadas de outras crianças por seus pais acharem que elas devem se relacionar com crianças da mesma classe Social. É exatamente quando começamos a criar os monstros. Dos dois lados.

Hoje, alguma criança pagará o preço alto de ser criança. E morrerá em silêncio. Sem defesa. Depois, alguma criança lhe estenderá as mãos para pedir comida e você negará. Outro negará. E todos os ‘nãos’ dirão àquela criança que ela pode ser o que quiser. Inclusive o vilão mais fácil de ser derrotado pelas mãos do Estado.

E quando alguém gritar que devemos punir com mais vigor menores infratores, não devemos esquecer:

Os menores, antes de serem infratores, já nascem punidos pelo vigor do futuro que ajudamos a construir. Que estamos ajudando a manter. Que estamos empenhados em não mudar.

Se eu tivesse a oportunidade de falar com o amor, reclamaria pelo tanto de amor que desejei amar e ele não viu. Pegaria o amor pelo braço e passearia pelas minhas cidades de histórias loucas. Mostraria pra ele, naquele canto de uma memória afetiva qualquer que nunca me faltou, a imagem das mulheres que mais amei. Sentaria no banco da praça e contaria gota a gota as lágrimas derramadas nas madrugadas frias em que chorei sozinho. Despejaria sobre ele toda a minha angústia por ter amado demais quem me sentiu tão pouco. E lembraria para o amor que por pouco não sucumbi diante da amargura. Jogaria na cara do amor que, apesar de tudo, não me entreguei ao ressentimento. Deixaria claro que muitas vezes só o abracei porque estava distraindo. Desatento. Questionaria, inclusive, porque ele me deixava sem escolhas. Ou amava, ou amava. E quanto mais corria de amar, mais amor sentia. E se ele viesse com o papo de que eu não sobreviveria sem ele e que sem ele eu nada seria, diria: Ah, amor, vai procurar outra freguesia.
Queria apenas uma oportunidade de sacudir o amor e o fazer confessar todos os seus segredos. Os que nunca ninguém entendia. Que não estava escrito em nenhum lugar na face da terra nem na face dos que morrem de amores todos os dias.
Atacaria o amor. Juro que atacaria. Bateria em seu peito para descontar a dor que ele provocou no meu peito. Xingaria ele de todos os nomes sujos e indizíveis e até inventaria alguns só pra completar a minha ira.
Se eu tivesse a oportunidade de ficar cara a cara com o amor eu daria a minha cara a tapa e o desafiaria a me fazer amar de novo, só pra mostrar quem manda. O chamaria de louco por escolher errado tantas vezes.
E se ele quisesse, entraríamos em guerra fria pra sempre.
Talvez eu já tenha tido essa chance de falar com o amor e acabei falando de amor. Talvez ele já tenha me visitando e sentando comigo no banco da praça e eu silenciei. Talvez ele tenha chegado e de mansinho me abraçado. E eu acabei retribuindo ao abraço.
Mas se ele vier de novo já deixo o aviso. Se ele aparecer novamente, o alerta foi dado.
Eu juro, prometo. Grito e armo um barraco.

O sentimento
Se perde
a quem pede
por medição.
Cada metro quadrado
é um nó no laço
da paixão.

[Foi bom enquanto durou] No fundo, eu sabia que duraria pouco e, por isso, eu acho que durou até mais do que as minhas expectativas sugeriram. Eu já quebrei a cara por ser intensa. Dessa vez e de outras inúmeras vezes. Você nem acreditaria se eu te contasse, meu amor. A intensidade já tentou matar os meus sentimentos, mas foi exatamente pela intensidade em sentir que eu sobrevivo sempre.
Tem uma história ou texto, acho que do Chico Xavier, onde ele diz que tudo passa. A lágrima, a dor e o sofrimento. Só que o Chico colocou tudo no mesmo barco. O sorriso, as alegrias da vida, o sucesso, o amor. Isso também pode passar.
E o amor passou arrebentando o meu coração. Por isso eu tenho sangrado tanto. Só que eu fui feliz com você. Ao teu lado eu pude descobrir coisas lindas sobre mim e redescobrir sentimentos adormecidos pelas vezes em que, para a dor passar, tive que deixá-los passar desapercebidos pelos olhos da minha alma.
Foi em meio a esse vazio que você chegou e preencheu tudo com uma generosidade surpreendente. E eu sentia que você era demais para ficar preso a uma pessoa. Então, eu fui tentando não me acostumar com o seu sorriso todas as manhãs, ao seu abraço apertado que ao invés de sufocar, me fazia respirar bem e melhor. A sua voz tão calma e tranquila, porém tão intensa.
Impossível não se acostumar. Eu sei.
Essa hora iria chegar mais cedo ou mais tarde e a história durou o tempo necessário para me deixar convencida de que o tempo foi excepcional enquanto estávamos juntos. E você partiu da forma que chegou. Generoso e despretensioso.
Não sinto raiva, mas dói! A dor da saudade e, também, da gratidão pelo universo ter me presenteado em algum momento com a sua presença. A dor de saber que não foi pra sempre.
Vou fazer o que me pediu. Seguir em frente, só que me inspirando no ser humano que você é. Acreditando em todos os profetas e médiuns que afirmam que isso vai passar. Mas vou sem fechar os olhos para o sentimento tentando matá-lo. Não vou ficar vazia. Você me preencheu.
E de agora em diante não serei de ninguém que seja menos daquilo que você foi pra mim.

Tudo o que é de verdade me envolve até a alma. Gente franca me vicia.

Coloco a minha fé antes de sair casa. Visto-me de oração. Carrego Deus no coração. Sigo colorindo o meu caminho com esperança.

A vida das pessoas é muito maior do que o conceito que temos para julgá-las.