Coleção pessoal de maiaramelo
Esquecer é uma necessidade. A vida é uma lousa, em que o destino, para escrever um novo caso, precisa de apagar o caso escrito.
Um beijo pode não ser uma coisa higiênica, mas que é a maneira mais saborosa de apanhar um germe, isso é.
Certo dia confessaram-me:
"Eu não morreria por nada deste mundo, porque eu gosto realmente é de viver. Nem de amores eu morreria, porque eu gosto mesmo é de viver de amores".
Encantava-me aquela tarde de domingo...
Estava cheia de graça...
Linda! Era por causa do amor!
Os espaços eram serenos...
O ontem já não significava, e nem no amanhã pensava...
Apenas delirava naquela tarde em Itapoã.
Ninguém nem desconfiava que eu, sim, morreria de amores...
Não sabia que eu possuia a eterna desventura de viver a sina do amor...
De amar tão desesperadamente a ponto de insultar a insanidade...
Ninguém sabia que o amor corroi-me e fere minh'alma a cada fim de tarde em Itapoã.
Eu sei que morrerei de amores!
E revigoro-me quando lembro que não há abolição para minha escravidão.
DA OBSERVAÇÃO
Não te irrites, por mais que te fizerem
Estuda, a frio, o coração alheio.
Farás, assim, do mal que eles te querem,
Teu mais amável e sutil recreio.
O poeta é um fingidor.
Finge tão completamente
Que chega a fingir que é dor
A dor que deveras sente.
Alguns têm na vida um grande sonho e faltam a esse sonho. Outros não têm na vida nenhum sonho, e faltam a esse também.
A vantagem de ter péssima memória é divertir-se muitas vezes com as mesmas coisas boas como se fosse a primeira vez.