Coleção pessoal de Luizdavi
A paixão da ostra é isolar a dor...e esse isolamento se transforma em uma pérola, que é o seu amor.
Existem dois tipos de pérolas, uma criada pela ação humana ao inserir com instrumento específico em ostra, tal corpo estranho, produzindo com o tempo tal pérola, a segunda é a natureza que por acidente insufla grão de areia dentro da ostra produzindo sofrimento e irritação criando a pérola, pois a ostra se protege com as ensimas necessárias, criando o bolor que o protege da sensibilidade a dor da ostra...a primeira pérola é criada para fins monetários e a segunda é criada para traduzir a sabedoria de Deus.
As pérolas de mais baixo valor, só ganharão valor significativo, em obra onde todas estão envolvidas, ou seja pela obra completa, a saber um lindo colar criado pelo joalheiro.
O valor das pérolas... quanto maior e mais arredondadas, sem máculas, manchas ou anomalias, mais preciosas são...primeiro, por causa de sua dor e sofrimento no processo de formação...segundo porque geralmente quando elas vem a mão do lapidador, elas passam por polimento e acabamento, assim diminuindo seu tamanho, e por final o seu valor...então o valor final se destina a pérola finalizada em seu tamanho acabado.
Basta-lhe ferir a ostra fiel com corpo estranho, e sua fidelidade produz uma pérola magnífica a mão do lapidador.
Não pensem que as pérolas vieram a mão do lapidador em perfeição...antes imperfeitas e de baixo valor.
Pérolas com defeito, colar perfeito...porque se fura o engaste, bem na imperfeição, passando o cordão que os segura, bem no local maculado.
Às vezes, a paixão que dura anos e anos está pedindo para se transformar em amor. E, às vezes, nesses casos, deve ser levada para a eternidade, pois lá não haverá sofrimentos.
Não tenha medo da falsidade; tenha medo de não saber descobri-la e desarmá-la com maestria, e ainda assim ser feliz.
As vezes temos que nascer de novo, ter uma nova oportunidade de ver a vida de outro viés, e nascer enxergando.