Coleção pessoal de Luizacs

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Fico bêbada de sono. Sou viciada em chocolate. Sou apaixonada por sorrisos, por pessoas. Sinto saudades de coisas que não vivi. Choro de tanto rir. Me mato de tanta curiosidade. Abandono coisas ruins. Mudo só se for para melhor. Cuido do que amo. Tomo banho de chuva. Faço shows durante o banho. Planejo conversas que nunca serão ditas. Me imagino em filmes. Imagino situações que me trazem facilmente um belo sorriso no rosto. Sou indecisa e determinada. Estranho, não é? Vivo me contradizendo… Mudo tantas coisas, menos o meu caráter. Mas quer saber de uma coisa? Eu sou feliz assim.

E essa vontade meio afobada que vem assim de repente sem pedir licença e invade meu ser, dizendo que não nasci pra pertencer aonde estou. Havia tempos que não sonhava com algo assim desafiador, de entrar em um avião com um destino escrito na passagem, mas, se quer saber, juízo algum na cabeça e coração partido no meio, meu coração e meio, voando sem destino algum. No meio da rota de viagem vi algo parecido com saudade, mas trazia muito problema pra quem nunca gostou de se encaixar. Quem sabe no meio dessa nostalgia, meu voo não aterrissa nos solos da realidade. E sem me contentar, quero mais é explorar, parto logo em outra temporada que é pra ver se esqueço de vez essa loucura intitulada. Saudade de alguma coisa, não sei bem o que é, mas meus pensamentos se misturam com as nuvens. E já não me lembro mais qual era a minha vontade quando embarquei. naquele momento, as nuvens vieram clarear meu pensamento e tudo que já vivi até aqui não fazia sentido algum. Quanto mais alto, mais linda a vista, sabia? E como se já não bastasse, pra não perder a viagem, vou carregando na minha bagagem os mais puros dos sentimentos, torcendo pra que com todas essas turbulências, não extraviem quem eu sou.

Cansei.
Acho que cansei, não aguento viver assim. De migalhas. De restos de um falso amor.
Os sintomas já desapareceram completamente. O coração não dispara, a bochecha continua em sua cor natural, as mãos não suam. Não me senti boba, estou atenta. Suas palavras não me dominam e deixam sem ação, elas encontram respostas rápidas e secas. Não acho seu sorriso tão lindo como antes.
Não quero desmerecer suas qualidades ou cuspir no prato que comi. Você teve seus – raros – momentos de cavalheirismo. Aprendi muita coisa contigo, principalmente o que não fazer. Alguém precisava gostar, amar, decepcionar e escrever um texto.
Nunca imaginei que seria eu que terminaria com isso, mas acho que me curei.
Sabe qual foi o antídoto? Amor-próprio.

Só que eu cansei. Quero perder o controle, quero dormir até o meio-dia, quero comer um deserto de chocolate, quero música alta sem vizinho enchendo o saco, quero me sentir só, não quero me sentir só, quero colo de amiga, quero colo de mãe, quero colo de alguém especial que saiu andando e nem deu tchau.