Coleção pessoal de Luis_Takatsu

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"Entre o querer e o sentir"


Queria lhe dizer que apenas lhe adoro,
mas, na verdade, eu te amo.


Gostaria de lhe esquecer,
mas penso em você a todo momento.


Queria olhar pra você com indiferença,
mas, quando te vejo, suspiro profundamente.


Gostaria de dizer que nunca vejo suas postagens nas redes,
mas, na verdade, fico ansioso só de notar que você nem sequer apareceu online.


Gostaria que, quando eu te encontrasse,
você fosse apenas mais uma pessoa comum...
Mas meus olhos paralisam quando te vejo,
e o tempo parece parar a cada passo seu.


Queria dizer que já superei,
mas, na verdade, qualquer lembrança sua ainda me desmonta por dentro.


Gostaria que o tempo apagasse o que sinto,
mas ele só parece reforçar o que tento esquecer.


Queria acreditar que o destino apenas brincou comigo,
mas, no fundo, acho que foi ele quem me apresentou a você — e depois se arrependeu.


Gostaria que o seu nome fosse apenas mais um entre tantos,
mas ele ecoa em tudo: nas músicas, nas ruas, até no silêncio.


Queria me enganar dizendo que a vida segue igual,
mas, desde que você se foi, tudo parece andar um pouco fora do compasso.


Queria entender por que alguns sentimentos insistem em permanecer,
mas talvez certas pessoas não venham pra ficar —
apenas pra despertar algo que a gente nem sabia que existia.


Gostaria de apagar seu nome das minhas lembranças,
mas hoje percebo que não preciso esquecer pra seguir.
Aprendi que há amores que não acabam,
eles apenas mudam de forma e aprendem a morar em silêncio.


Queria voltar no tempo, dizer tudo o que calei,
mas talvez o silêncio também tenha sido uma forma de amar.


Hoje, quando penso em você, já não dói tanto.
É uma saudade calma, que não pede volta —
apenas me lembra que um dia,
eu fui capaz de sentir algo bonito demais pra caber em mim.

"Entre o passado de prisão que ecoa no inconsciente, existe um futuro que anseia por um grito de liberdade.”

Onde está o seu brilho?


Onde está o seu brilho?
Há tempos já não lhe vejo sorrindo,
Você está sempre aflito, preso entre pesadelos e medos.
Dois bandidos: essa tal da depressão e seu cúmplice, a ansiedade.
Levam seus sonhos e trazem várias tempestades.
Não descansamos um segundo,
Perdemos nossa identidade, sujeitamos-nos ao submundo.
Invisível, em nossos pensamentos, tristeza e abandono de si mesmo.
Não sei mais quem você é, já não lhe reconheço.
Onde está o seu brilho?
Mas ainda ouço, lá no fundo,
Um sussurro pedindo socorro,
Pedindo perdão por sentir demais, sem explicação —
Indício de que ainda existe um coração,
Que anseia o dia em que o sol traga o verão,
A um lugar frio, adormecido, sem cor.
A alma se esconde, cansada da dor,
Sem dormir, com medo de outro amanhecer.
O corpo é abrigo de um grito contido,
Eco perdido, jamais esquecido.
Um alguém que clama, refém da esperança,
E mesmo que a noite pareça infinita,
Há sempre um sopro que ainda acredita
Que um dia a dor se cansará de ficar.
Sussurros e desejos, a alma no escuro,
Absorve medos, abraça o impuro.
No silêncio das esquinas, eu ainda te vejo,
Entre lágrimas e pensamentos em vão,
A mente trava, mas luta o coração,
Que insiste em crer na salvação.
Pois entre um pedido de socorro,
Habita o amor — e o perdão.


— Luís Takatsu

Carta de despedida: Nosso mundo encantado


Querida,
Hoje, ao ver uma foto sua,
um álbum inteiro se abriu diante de mim —
não de imagens, mas de memórias inventadas,
histórias que criei e roteiros que escrevi
acreditando que seriam nossos.
Projetei um enredo,
acreditei no roteiro que escrevi sozinho.
E quando o silêncio chegou,
percebi que o eco não era ausência tua —
era excesso meu.
Nesse excesso, construí um mundo só nosso,
mas apenas eu tinha acesso.
Olho com carinho para tudo que senti.
Não acabou.
É apenas o primeiro dia fora do nosso mundo encantado.
Um mundo criado por mim,
mas que, em essência, pertencia a nós dois.
O que doeu não foi perder alguém —
foi perder o personagem que inventei,
aquele que você talvez nunca tenha conhecido.
Descobri que o amor idealizado
tem o brilho exato do pôr do sol:
belo, mas breve, e feito de despedida.
Me vejo como um belo arquiteto,
mas um péssimo projetista.
Criei estruturas lindas,
dignas de um conto de fadas.
E hoje, de fora,
observo o “nosso mundo perfeito”,
sem saber se você o acharia perfeito também.
Entendi que a decepção
é só a luz acendendo no cinema,
revelando que o filme era projeção.
E no escuro que fica depois,
a vida me convida a assistir de novo —
dessa vez, com os olhos abertos.
Das cenas que mais gosto são os créditos.
Porque, mesmo sendo o único colaborador físico dessa criação,
todas as cores e formas vieram de você.
Lhe agradeço por ter sido inspiração,
mesmo sem saber.
Nunca haverá mágoas
em um mundo onde só um coração pulsava.
E mesmo que esse mundo tenha sido só meu,
ele foi feito com amor —
e por isso, ele sempre será bonito.
Com carinho,
Luis

A projeção que virou espelho


Achei que te via,
mas o reflexo era meu.


Tuas palavras vinham de fora,
mas quem as moldava por dentro
era o que eu queria ouvir.


Todas as vezes que olhava o pôr do sol no horizonte,
na verdade, era uma projeção de nós dois
iluminando meu inconsciente.


Uma foto sua e se abria um álbum em minha frente,
histórias criadas e até roteiros feitos...


Projetei um enredo,
acreditei no roteiro que escrevi sozinho,
e, quando o silêncio chegou,
percebi que o eco não era ausência tua —
era excesso meu.


Criado por um, mas pertencente em silêncio a dois.
Nesse excesso, criei um mundo todo só nosso —
mas apenas eu tinha acesso.


Hoje olho com carinho todo esse sentimento.
Não acabou, na verdade, é apenas o primeiro dia
fora do nosso mundo encantado.


O que doeu não foi perder alguém,
foi perder o personagem que inventei.


Descobrir que o amor idealizado
tem o brilho exato do pôr do sol:
belo, mas breve,
e feito de despedida.


Observando tudo que criei e senti ao longo desse tempo,
me vejo como um belo arquiteto,
porém, um péssimo projetista —
criei estruturas lindas, dignas de um conto de fadas.


Hoje vejo de fora o “nosso mundo perfeito”,
sem saber o que você acharia dele de verdade.


Hoje entendo:
a decepção é só a luz acendendo no cinema,
mostrando que o filme era projeção.


E no escuro que fica depois,
a vida me convida a assistir de novo —
dessa vez, com os olhos abertos.


Das cenas que eu mais gosto são os créditos.
Pois mesmo sendo o único colaborador físico dessa criação,
todas as cores e formas são méritos seus.


Lhe agradeço por fazer tanto por mim.


Nunca haverá mágoas em um mundo onde nunca existiram
dois corações batendo acelerados
por compartilharem o mesmo sentimento.

Voltei a lugares que não me cabiam mais
Por não compreender que não deveria ter nunca os abandonado.

Percorri grande parte do caminho de minha vida por atalhos curtos
Que me levaram a tantos lugares errados,
Por achar que seguir o caminho mais longo e seguro
Era muito fácil e monótono.

Deixei de visitar pessoas por não querer companhia
Até descobrir que ficar sozinho por escolha
Nunca será solidão de verdade.

Aprendi, aos poucos, que o tempo não bloqueia nenhuma porta — apenas muda a chave.
E que às vezes sou eu quem precisa crescer
E parar de tentar forçar as fechaduras.

Entrei em conversas que evitava por medo de me expor,
Através de minhas verdades,
E vi que a honestidade, mesmo desconfortável,
Afasta de nós aqueles que não sabem lidar
Com suas próprias mentiras.

Recordei de pequenos rituais que haviam ficado no meu passado:
Escrever sem temas específicos,
Caminhar sem destino,
Ouvir músicas antigas.
Esses gestos me levaram a reencontrar
Um eu esquecido pela correria do meu presente.

Hoje percebo que perder-se teve uma função:
Ensinar-me a valorizar o tempo —
Nos segundos que voam ou nas horas que demoram.
E que voltar não é regressar ao mesmo lugar —
É trazer experiências e companhias novas,
E preencher de cores e beleza
Tudo o que antes foi apenas uma simples paisagem.

Onde você estiver

Olhei lá fora e, por um instante,
Parecia tão perto o sol,
Quase ao nosso alcance.
O mundo girava sob a luz do farol.

Por um instante, um segundo,
Nos afastamos da realidade amarga.
Observei seu sono profundo,
O silêncio e a paz que tanto sonhava.

Vi reflexos de nós dois:
Éramos crianças correndo entre rosas brancas,
Sem pressa e sem pensar no depois.
Tantas eram nossas esperanças.

Eu sei, fábulas douradas não existem.
Essa razão, barulhenta, que nos impede,
Mas nosso sono resiste,
E em silêncio nosso sonho persiste.

Fomos condenados pelas ilusões,
Presos em correntes invisíveis.
Procuramos encontrar inspirações
Em todas as formas de amores impossíveis.

Mentira, verdade — não importam agora,
Se permita sair do chão.
Há um mundo todo lá fora...
Não solte minha mão.

Se temes voar sem direção,
Ziguezagueando pelo mundo,
Fecha os olhos, segue o coração:
Estamos juntos.

Vamos viajar
Nos meus e teus sonhos.
Nada pode nos parar,
Tudo faz parte do plano.

A cada amanhecer,
Escrever novos dias.
Podemos morrer e renascer,
Criando novas fantasias.

Mas, se não vier,
Me permita ser memória.
Onde você estiver,
Você sempre será eterna em minha história.

Preso em monólogos, rótulos, vou pra rua
e a vida nos cobrando respostas sem dar as perguntas.verdades são nuas e cruas.

Rotina ofuscando a retina que ainda brilha,
mas o brilho também é resistência, conduta e disciplina

.
Medos batem no peito como tambores,
e a coragem nasce no compasso,

Moldando amores e dores.

Cada cicatriz eu transformo em poesia,

Verso que ecoa, ferida que nos guia.



Caminhando sozinho por dentro dos meus pensamentos,
às vezes lento, mas sempre em movimento,

observo o tempo sempre correndo.
Acelerado, paro e conto até três, me acalmo,
mesmo no caos, busco a paz que torna alvo.

Buscando sempre a paz que me livra dos alarmes falsos.



Respiro fundo, guardo a brisa fria no peito,
mesmo em campo pequeno, chuto a bola meu jeito.

A cada batida, minhas rimas são espadas estilo esgrima,
a cada corte machuca, porém, também ensina.
Não desistir, persistir,
se seu sonho é grande você também precisa evoluir.

No ringue da vida não existe plateia,
suor no rosto é chama que clareia.
Cada queda ensina, cada dor constrói,
quem luta de verdade jamais se corrói.

Minha voz ergue muros, derruba mentiras vazias,
bloqueando sombras que iludem almas frias.
Cá entre nós, nunca estamos a sós,
quem ontem me ignorou, hoje implora minha voz.

Olho nos olhos, não fujo da briga,
verdade é flecha, mentira fadiga.
Quem hoje aponta, amanhã admira,
quem fecha a porta, um dia suplica a saída.

Eu não paro, eu insisto,
cada rima é fogo, cada verso é grito.
Do silêncio eu faço poesia,
das feridas sangram minha energia.

Para onde quer que eu siga,
sem importar a direção do vento,
meus passos sempre me conduzem
até onde você esteja.

Às vezes me encontro em mar aberto,
à deriva no oceano da minha consciência.
Em outras, sou náufrago em ilha deserta,
rodeado apenas pela maré da saudade.

Mas em nenhuma dessas terras
eu repouso ao seu lado.
Como se o destino, em jogo cruel,
nos afastasse em planos diferentes.

E ainda que eu não creia em destino,
parece que jamais
o universo conspirará
para que sejamos um só horizonte.

⁠Volta ao Mundo em 80 Versos
Pegue as malas,
Abra o passaporte,
De uma Volta ao Mundo em 80 dias,
Para uma Volta ao Mundo em 80 versos.
Samba no Brasil,
Tango na Argentina,
Shakira na Colombia,
Atacante Suarez no Uruguai,
Juan Montalvo no Equador,
Pachamancas no Peru.
Diablada na Bolivia,
Goleiro Chilavert no Paraguai,
Los Prisioneros no Chile,
Joropo na Venezuela,
Anthony Nesty no Suriname,
Mashramani na Guiana.
Bob Marley na Jamaica,
Charutos em Cuba,
Irving Saladino no Panamá,
Os maias na Guatelmala,
Rihanna em Barbados,
Exile One na Dominica.
E Merengue é na República Dominicana,
Tamale tem na Costa Rica,
Baha Men canta nas Bahamas,
Dennis Martínez na Nicaragua.
O Chaves só no México,
Os Simpsons está nos E.U.A,
Justin Bieber dança no Canadá.
Muitos gols de CR7 em Portugal,
O clássico Dom Quixote na Espanha,
Torre Eiffel na França,
Tarantelas na Itália,
Papa Leão 14 no Vaticano,
Cerveja lá na Alemanha ,
A Banda ABBA é na Suécia,
Chocolates na Suíça,
E Fréderic Chopin na Polônia,
O Patinho Feio na Dinamarca,
A-ha na Noruega,
Luka Módric joga na Croácia,
São Patrício abençoa a Irlanda,
Ganga na Bósnia e Hezergovina,
Novak Djokovic saca na Sérvia,
Os Beatles tocam no Reino Unido,
Os cassinos de Mônaco,
Matrioshkas presentes na Rússia,
A Laranja Mecânica da Holanda,
Luta Oleada na Turquia.
Faraós no Egito,
Mulheres de Argel na Argélia,
Maratonistas no Quênia,
Kente em Gana,
Mia Couto em Moçambique,
Nelson Mandela na África do Sul,
Kuduro em Angola,
Didier Drogba driblando na Costa do Marfim,
Batida de sabar no Senegal,
Masinko na Etiopia ,
Um gole de chibuku no Zimbabwe,
Cesária Évora em Cabo Verde,
Zellige no Marrocos,
Salhi na Tunísia,
E o craque Okocha na Nigéria.
Bollywood na India,
Kultra na Arabia Saudita,
Carne de Ouro no Qatar,
Gamelão na Indonésia,
Tapetes persas no Irã,
Khalil Gibran no Líbano,
Teatro Habima em Israel,
Dal Bhat no Nepal,
Khon na Tailândia,
Áo Dài no Vietnã,
Joget na Malásia,
Khuushuur na Mongólia,
Tinikling nas Filipinas,
As Muralhas da China,
BTS na Coreia do Sul,
Naruto no Japão.
Rugby na Nova Zelândia,
Cangurus na Austrália,
Idiofony em Tonga,
E Flauta de Pã nas Ilhas Salomão.
De volta ao Brasil,
Guardei as malas,
Fechei o passaporte,
Visitei o Mundo em 80 Versos.

Liberdade é o destino de todo amor verdadeiro.

⁠Às vezes, o mais importante
não é sentir-se conectado por dentro.
É apenas desconectar-se, por um instante,
de tudo que o mundo externo nos rouba.
E ter a sensação – ainda que breve –
de sermos livres de verdade.

⁠“Seja para si mesmo a sua melhor companhia,
e com os outros, seja o que quiserem ver em você.”

⁠Desculpas...
por todas as vezes que lhe disseram frágil demais,
não o suficiente, quando sempre foi forte demais.

Desculpas...
por cada vez que um de nós, os "eles", prometeu amor,
mas entregou apenas dor; prometeu rosas,
mas deixou espinhos e feridas sem pudor.

Desculpas...
por todas as lágrimas que já teve que limpar do rosto,
quando fizeram transparecer tristeza,
onde apenas merecia ter um sorriso exposto.

Desculpas...
por cada vez que lhe roubaram o direito de escolher,
quando disseram onde estar, o que vestir e como viver.

Desculpas...
por todas as vezes que diminuíram sua luta e sua glória,
como se seu brilho fosse acaso, e não parte da história.

Desculpas...
por cada vez que tentaram silenciar sua voz,
quando tudo que queria era apenas ser ouvida,
mas lhe fizeram engolir palavras que mereciam ser ditas.

Desculpas...
pelos olhares que não eram de admiração, mas de ameaça,
pelos passos apressados na calçada,
pelas ruas desertas, pelo medo constante,
quando ir e vir deveria ser um direito e não um risco alarmante.

Desculpas...
por cada vez que duvidaram dos seus sonhos,
quando tudo que precisava era apoio para seus planos.
Tentaram convencer-lhe de que seu lugar era menor,
quando a igualdade deveria existir desde o primeiro amanhecer.

Desculpas...
por todas as batalhas que travou sozinha,
não porque quis, mas porque faltou apoio até dos "eles" da própria família.
O mundo deveria ter sido mais justo, menos cruel,
nunca cabia a você esse papel.

Desculpas...
por cada "não" que foi ignorado sem hesitar,
por cada mão que ousou tocar sem sequer perguntar,
por cada "sim" que lhe arrancaram pelo medo,
por cada vez que sufocaram seu desejo.

Desculpas...
por cada sonho que tentaram calar,
por cada medo que lhe ensinaram a carregar,
por cada sonho abafado, por cada um deles não realizados.

Desculpas...
por cada lágrima que você não quis derramar,
mas que o mundo injusto a fez chorar.
Hoje não basta apenas parabenizar,
é preciso mudar, reparar e respeitar.

⁠Escrevo estas palavras não para te pedir que volte,
mas para te parabenizar por ter seguido em frente.
Sempre acreditei que o amor fosse sobre preencher lacunas,
sobre ser a peça que encaixa perfeitamente no vazio do outro.
Mas contigo aprendi que nem sempre é assim.
Percebo agora que tudo o que prometi me tornar para você,
você encontrou em si mesma.

Eu quis ser tua calma nos dias de tempestade,
mas, por muitas vezes, fui eu quem atraiu os raios e trovões.
E vejo que hoje, tu mesma aprendeste a dançar na chuva.
Quis ser tua coragem quando o medo apertasse,
mas tantas vezes fui eu quem trouxe sombras e incertezas.
E agora percebo que teus passos seguem firmes,
mesmo quando a dúvida te cerca—te sobra coragem.
Tentei ser a luz que iluminaria teus caminhos,
mas fui eu quem, tantas vezes, fechou as janelas para a escuridão entrar.
Hoje, és tu quem segura a própria lanterna,
e a tua luz brilha mais forte do que qualquer claridade que eu pudesse oferecer.

Eu quis ser teu refúgio quando teu mundo pesasse,
mas, sem perceber, coloquei sobre teus ombros o peso do meu.
Quis ser a brisa que te acalmasse,
mas fui tempestade em teus dias serenos.
Quis ser o abraço que te sustentasse,
mas fui ausência quando mais precisaste.

E mesmo assim, tu seguiste. Cresceste.
Encontraste em ti mesma tudo aquilo que eu, um dia, quis ser para ti.
E por mais que isso traga uma ponta de tristeza,
há também um orgulho imenso em ver-te voar sozinha.

Porque agora eu entendo:
amor não é ser a metade que falta no outro,
mas admirar, de longe ou de perto,
alguém que aprendeu a ser inteiro por si mesmo.

Com carinho,Luis H D L T

⁠"Mantenho-me em silêncio, enquanto escuto meu coração em revolta..."

⁠"Quem espalha veneno, como a cobra,
esquece que a cabeça é sempre um ponto vulnerável."

A Matemática da Vida

A vida é como uma equação:
somos matéria que calcula e é calculada.
Dividimos nossos problemas, multiplicamos nossos erros,
mas buscamos incessantemente as raízes do que somos.

Elevamos amizades ao infinito,
somamos sonhos e subtraímos dúvidas,
mas nem sempre encontramos a fórmula certa para equilibrar o "eu" e o "outro".

Na matemática da existência,
não é o resultado que define o valor,
mas a compreensão do processo.

A fórmula de Bhaskara parece distante,
mas, na verdade, reflete o que vivemos:

* O x somos nós, em busca de sentido;
* –b é o tempo que nos pressiona;
* ± é a dualidade de nossas escolhas;
* √Δ é o equilíbrio que precisamos encontrar;
* 2·a é o peso de nossos medos e responsabilidades.
A vida é uma equação sem solução exata.
E é essa imprevisibilidade que a torna única.

⁠"Se alguém te vê chorando, sem entender o motivo,
e guarda inveja ou rancor por ti,
tuas lágrimas, mesmo de felicidade,
brilharão como diamantes aos olhos dos gananciosos.
Para eles, cada gota será um valioso objeto de desejo."

⁠"Nem sempre o essencial é sentir-se conectado internamente.
Às vezes, é apenas desconectar-se,
mesmo que por um breve instante,
das correntes invisíveis que o mundo nos impõe:
tempo, obrigações e responsabilidades.
É nesse intervalo que a verdadeira liberdade respira."