Coleção pessoal de LucieteValente

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Da minha sacada eu vejo o mundo
Nas cores da minha alegria...
Vejo sorrisos
vejo amores.
Passos rápidos e precisos,
vagarosos ...
sem pressa de viver...
Da minha sacada eu curto o mundo
faço amigos
canto
rio...
Sou feliz...

Todas as formas de amor


Amor de manhã...de tarde e à noite
amor de todas as formas,
doado, pedido e impedido.
amor que não se mede
que não se compra
e também não se define.
Amor que com amor se paga
fica em crédito
e nunca se acaba...
Amor de gente grande, pequena
e não nascida.
Amor ...simplesmente...AMOR!

Fiz amigos, não para prendê-los a mim,
não sou regente de suas almas.
A mim, basta vê-los, lê-los ou ouví-los
Não há gaiola que os prenda
nem bajulações que os fidelize.
Fazer um amigo é apresentá-lo ao mundo
dividir suas qualidades
multiplicar seus contatos.
Quero-os bem perto para que veja o brilho dos seus olhos
e tão longe para sentir saudades.

Ah , o amor!

Andei na noite,
reli cartas
me doei...
Fiz de conhecidos desafetos...amigos de coração.
Nao adiantou muito.
Você está entranhado.
Criou raízes.
Profundas como as dos carvalhos.
Aí veio a chuva..que abalou a terra.
Varreu os campos.
Avassaladora torrente
que deixou destroços..
Árvores de pequeno porte foram varridas,
muralhas ruíram.
Mas os carvalhos...
esses ficaram incólumes.
Benditas tempestades
que fazem os carvalhos aprofundarem as raízes.

Caminhos- Parte II

Caminhos insólitos,
que embrenham matas
escalam montanhas,
atravessam rios e
corredeiras.
Caminhos insólitos,
que atravessam
a via Láctea...
Caminhos insólitos,
que penetram na intimidade
do ser,
que tornam públicos
os sentimentos,
que fragilizam a alma,
e que padecem o corpo.
Quisera eu permanecer
estático diante desses caminhos.
E que, por mais que indiquem
permanecer imóvel,
alheia a seus convites.
Quisera eu,
petrificar-me diante
da deusa
que magnetiza meu olhar,
que me escraviza,
que me faz ansiar
na busca dos caminhos..
caminhos insólitos...

Sonhos
De que nos servem,
Se não nos ensinaram a realizá-los?
Sonhos que não se concretizam,
sao pesadelos diários.
E viver sem sonhar?
Vale?
Sonhos sem vida,
vidas de sonhos...
Sonhos vividos
Sonhos sonhados...
E a vida?
espera?

Precisa-se:
De uma gota de amor
pra mudar o mundo,
uma gota de bem querer
pra fazer um casal,
uma gota de honestidade
pra formar uma parceria,
uma gota de carinho
pra se criar um animal,
uma gota de orvalho
pra germinar uma semente,
uma gota de sensualidade
pra despertar uma paixão,
uma gota de camaradagem
pra se criar amigos,
e um rio
para conservá-los.

O porvir

Cedo se fez o dia
pra que em seu transcorrer
ainda houvesse as manhãs
as tardes , as noites e as madrugadas.
Pequeno se fez o ser
para que em seu crescimentto
ainda houvesse a infância
a juventude e a maturidade.

...E na madrugada do dia
antes que um novo se fizesse...
na maturidade do ser
A gente se encontrou.
Será dia?
Será noite?

E antes que tudo finde
nasce o amor
que a tudo renova.
que faz do dia ..seu dia-a-dia

Maturidade

A vida vai passando,
dias e noites..
Vamos vivendo cada minuto
movidos pelos pequenos casos e acasos
Chega um dia...
em que vc começa a perceber que mudou.
Aquela paixão avassaladora
deu lugar a uma calmaria...
Seu corpo já não clama por desejos...
sua alma , outrora inquieta...
agora repousa nas tardes
Noites insones, antes embaladas por pensamentos ardentes...
hoje se consome em detalhes domesticos.
Falta glamour
Falta desejos
é a maturidade...

Dizer ou não o que te vai na alma:a exposição machuca,
mas oxigena,cicatriza.
Fale muito...diga tudo.
Não dizer é o maior pecado.

Imensas e fortes
são nossas asas de dentro...
aquelas que planam sobre os abismos
nos sustentam em pleno vôo do crescimento
e nos elevam acima das tempestades...

Amor, sentimento que não acaba,
muda de casa.
O amor não esfria,
finda-se o fogo que o guia.
O amor não envelhece
amadurece.
O amor não tem fronteiras
desamarrem as correias.
O amor não tem preconceito
cada um ama a seu jeito
O amor não causa dor
dor é o desamor.

'A beira do caminho-- Parte I

Por mais que eu ande
por trilhas insólitas
sempre à beira do caminho
a minh´alma freme,
bandeira branca enfuna
nos ventos do atropelo.
Se vou..se fico
quem o há de saber?
Sempre à beira do caminho
a sorte me espera.
Morte breve, vida perene
Vivo, caminho, corro, fujo
o amor me guia por sentimentos
paradoxos.
A quem a alma pertence?
Dela vivo e tiro proveito
Alma bondosa e casta
nos recônditos se esconde
ora transparece alva
ora se turva negra
Ah..insólitos caminhos..
vou percorrer a todos
como caminheiro tenaz.