Coleção pessoal de Lucianaramosol

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Não se segura o tempo por entre os dedos. Não há força que o possa reter. Se assim o é, o que nos resta é andar com ele, colado nele, aproveitando cada benefício que ele traz. O passado, o tempo já enterrou, o presente bem, como o próprio nome diz é um presente, use-o, aproveite-o da melhor forma possível. O futuro, bem este ilustre desconhecido, não é dado a todos, mas a alguns privilegiados. Sendo assim, se não temos a certeza de que o viveremos, vamos agradecer o presente, e trabalhar para que ele seja, no futuro, nosso melhor passado.

Tive que fazer escolhas. Aprendi a dizer não. Entendi que isto não é questão de ser bom ou ruim, e sim uma questão de sobrevivência. Como a esposa de Ló, aprendi a não olhar para trás. Se fosse para assim olhar, Deus nos faria com mais um par de olhos, e desta vez, nas costas. Mas não, Deus preferiu acampar um anjo ao nosso redor, nos proteger. Entendi que a dúvida e o medo nos protegem, e muitas vezes mais que armas de guerra. Compreendi que as vezes, o único amigo de verdade que conhecemos, somos nós mesmos em relação ao outro. Mas isso não é o fim, mas muitas vezes motivo de profunda tristeza. Descobri que a luz não só ilumina, mas ofusca alguns, que perturbados pela sua intensidade, preferem a escuridão. Mas, no final, de tudo que vi, o mais importante de todas, foi o agir de Deus, que jamais me deixou, nunca me abandonou. Jamais me preteriu, e de mim sempre cuidou. Jesus Cristo, na minha caminhada, foi a melhor escolha da minha vida!

Um dia não reconhecerão nada do que fez. Tudo será esquecido. Este em tese será o dia que suceder ao de sua morte. Porém, pessoas há, que em vida enterram a outra. Sepultam as boas, e não as más ações, e se revestem de um orgulho velado, vestido de pano de saco, porém tendo a alma irmã gêmea de lobo voraz.
Luciana Ramos de Oliveira

Remexendo o baú de lembranças, me lembrei de mais uma estada na casa da minha tia avó, Joaninha...Certo dia, enquanto eu estava hospedada na casa da minha tia, ela foi me mostrar o jardim dela, com todo os tipos de roseiras, e plantas..., Sabe aqueles jardins que tem desde a hortelã até a margarida...Nesse dia, minha tia me disse, olha Lú, sei que ama plantas, e da próxima vez que voltar, vou te dar um presente!!! E assim, na próxima visita, minha tia me chamou e me disse, veja o que preparei para você! Lá estava um litro ( vasilhame de óleo de soja) com terra. Eu disse, o que é isso tia? Ela me disse, leva e enterra! Quando eu estiver enterrada minha filha, você se lembrará de mim, pois eu estarei viva na sua lembrança, a cada fruto que essa semente irá lhe dar!
Bem, minha tia avó morreu aos 103 anos de idade há alguns anos, mas até hoje, a mangueira que nasceu daquela lata furtada de óleo, cai em meu quintal, me fazendo lembrar desse dia, dessa doce lembrança que tenho da minha adolescência na casa de tia Joaninha e tio Pretin!
Hoje não só eu, mas meus filhos, comem do fruto e tomam do suco, fruto do amor de alguém que aqui já não está, mas semeou um tesouro que ninguém pode roubar, o amor!

Use!
Desde pequena vejo pessoas praticarem a arte do guardar. Certa feita, me hospedei na casa de uma tia avó, uma querida, que Deus já recolheu. Me lembro como hoje, o carinho dela para comigo, e é muito comum, quando somos visita, que nos ofereçam o melhor que há! Geralmente, servem à mesa, arrumam tudo, colocam as melhores louças, talheres, roupas de cama..De manhã, pão quentinho, e no final da tarde, minha tia me disse, Lú, você gosta de requeijão? Gosto sim tia! E lá ia minha tia, pegar o requeijão...É de se imaginar, que o requeijão estivesse guardado na cozinha...Ledo engano! Minha tia me deixou sentada à mesa e saiu para buscar o apetitoso alimento, porém, demorou, e eu passei a chamá-la, e ela me disse, vem cá Lú! E eu, seguindo a voz dela, em uma casa de muitos cômodos, cheguei ao quarto da tia, onde ela tinha um móvel, grande, uma espécie de baú, porém bem alto...E lá estava a tia, a tirar uma a uma das peças de enxoval dela, e uma a uma ela dizia, essa aqui eu bordei quando era mocinha, essa daqui eu ganhei quando eu e seu tio fizemos bodas, esse aqui...e assim foi, depois que ela tirou aquelas peças lindas, limpas e engomadas, ACHEI! Eita, seu tio escondeu o requeijão aqui, porque sempre chega uma visita em casa....Depois, tomei o meu café com aquela deliciosa iguaria, e desde então, me pus a pensar sobre o assunto. Aprendi que devemos realmente ter louças lindas, talheres e roupas de cama e mesa bonitas, mas não para serem usadas somente para as visitas, mas especialmente para nós, nossa família, nossos filhos. Aprendi, que devemos sentir prazer em por a mesa, linda para um café da manhã, onde as pessoas sintam-se confortáveis, mas sobre tudo especiais, por terem o melhor de sua casa ao seu dispor... Aprendi que o bom alimento, deve ser partilhado entre todos, e que tudo o que temos é para ser usado hoje, porque não sabemos se haverá, pelo menos para nós o amanhã. Assim, Use! Use o melhor que tens, coloque a palavra de Deus em prática, que nos diz: Se quiserdes e me ouvirdes comereis o melhor desta terra! Is. 1:19

Chega o dia em que, quem nos criticava por tanto nos ouvir, sente nossa ausência.