Coleção pessoal de luannamendes

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Escolhas de uma vida

A certa altura do filme Crimes e Pecados, o personagem interpretado por Woody Allen diz: "Nós somos a soma das nossas decisões".

Essa frase acomodou-se na minha massa cinzenta e de lá nunca mais saiu. Compartilho do ceticismo de Allen: a gente é o que a gente escolhe ser, o destino pouco tem a ver com isso.

Desde pequenos aprendemos que, ao fazer uma opção, estamos descartando outra, e de opção em opção vamos tecendo essa teia que se convencionou chamar "minha vida".

Não é tarefa fácil. No momento em que se escolhe ser médico, se está abrindo mão de ser piloto de avião. Ao optar pela vida de atriz, será quase impossível conciliar com a arquitetura. No amor, a mesma coisa: namora-se um, outro, e mais outro, num excitante vaivém de romances. Até que chega um momento em que é preciso decidir entre passar o resto da vida sem compromisso formal com alguém, apenas vivenciando amores e deixando-os ir embora quando se findam, ou casar, e através do casamento fundar uma microempresa, com direito a casa própria, orçamento doméstico e responsabilidades.

As duas opções têm seus prós e contras: viver sem laços e viver com laços...

Escolha: beber até cair ou virar vegetariano e budista? Todas as alternativas são válidas, mas há um preço a pagar por elas.

Quem dera pudéssemos ser uma pessoa diferente a cada 6 meses, ser casados de segunda a sexta e solteiros nos finais de semana, ter filhos quando se está bem-disposto e não tê-los quando se está cansado. Por isso é tão importante o auto conhecimento. Por isso é necessário ler muito, ouvir os outros, estagiar em várias tribos, prestar atenção ao que acontece em volta e não cultivar preconceitos. Nossas escolhas não podem ser apenas intuitivas, elas têm que refletir o que a gente é. Lógico que se deve reavaliar decisões e trocar de caminho: ninguém é o mesmo para sempre.

Mas que essas mudanças de rota venham para acrescentar, e não para anular a vivência do caminho anteriormente percorrido. A estrada é longa e o tempo é curto. Não deixe de fazer nada que queira, mas tenha responsabilidade e maturidade para arcar com as consequências destas ações.

Lembrem-se: suas escolhas têm 50% de chance de darem certo, mas também 50% de chance de darem errado. A escolha é sua...

As vezes eu sinto medo sabe, medo de não conseguir, medo de fracassar. As vezes sinto medo de apagar a luz e ficar no escuro. As vezes me sinto triste por não conseguir ser uma pessoa melhor do que sou. Sinto medo de ficar sozinha sem ajuda e sem forças para prosseguir. Sim, eu tenho medo, medo de muitas coisas… mas então eu lembro de que Deus é meu melhor amigo, Deus é aquele que nunca vai me deixar sozinho, Deus é aquele que trara conforto e carinho a mim quando eu mais precisar e estará sempre comigo em todas as circunstâncias da vida.

Dentro da gente, há sempre uma parte que acredita nos pedidos às estrelas cadentes, há sempre uma espera quando estamos carentes, há sempre força para se nadar contra a corrente. Dentro da gente, há sempre uma criança pronta pra mais um corte no dedo, há sempre um adulto morrendo de medo, há sempre guardado algum estranho segredo. Dentro da gente, há sempre uma ponta qualquer de qualquer esperança, há sempre um sonho que nunca nos cansa e lança, há sempre uma última ou penúltima dança. Dentro de nós, há sempre espaço para um novo amor, há sempre uma curiosidade para algo que ainda nem chegou, há alguém calejado na dor. Dentro de nós, há sempre mais do que podemos enxergar, há sempre um baú sem fundo a se explorar, há sempre um novo mundo a se iluminar. Dentro de nós, há tudo: das fraquezas aos dons absurdos. Há sempre algo a mais, nunca de menos. Há sempre como ir além do simplesmente dizemos que

Mas a gente espera, lá no fundo, perdido, soterrado e cansado, que a vida compense de alguma maneira.

Eu trocaria absolutamente tudo da minha vida pra viver um amor de verdade. Tô tão cansada e triste.

Não quero mais ser feliz. Nem triste. Nem nada. Eu quis muito mandar na vida. Agora, nem chego a ser mandada por ela. Eu simplesmente me recuso a repassar a história, seja ela qual for, pela milésima vez. Deixa a vida ser como é. Desde que eu continue dormindo.

Te amo mesmo, talvez pra sempre. Mas nem por isso eu deixo de ser feliz ou viver minha vida. F***-se esse amor. E f***-se você.

Mas descobri que não preciso brigar, falar o que penso, enfiar o dedo na cara, desejar o seu mal ou falar o quanto você é uma cretina para todo mundo. Vou deixar a vida te ensinar. O que quero é que você vá para bem longe com sua felicidade falsa, seu coração vagabundo e sua inveja fantasiada de anjo.

Tive excessos de amores errados. A gente se engana muito com as definições românticas.

Minha mágoa foi porque eu tinha me preocupado tanto com você e você não teve a menor consideração. Mas deixa. Eu preciso aprender. Olha, tem muita coisa no mundo que eu não entendo, mas quer saber o que realmente não entra na minha cabeça? Como pode uma pessoa saber que te deixou triste e simplesmente não fazer nada quanto a isso? Se eu sei que deixei alguém chateado por uma atitude minha é evidente que vou procurar a pessoa, ligar, fazer alguma coisa. Jamais vou ficar quieta, na minha, sem saber o que a pessoa tá pensando ou sentindo. Se está chorando ou com raiva. Além disso, tem o essencial: vou querer consertar. Ainda mais se a mancada foi minha. Agora me pergunto: como pode alguém cruzar os braços e deixar rolar? O que adianta dizer que eu gosto muito de você, que você é mega importante pra mim se eu te deixo triste e não faço nada pra mudar isso?

Não adianta tentar tirar da cabeça quem se alojou no coração. Não adianta fingir que não sente na tentativa de passar a não sentir. E quer saber? Te amo. Te amo de um jeito que eu tento explicar e não sei. Palavra fica presa. Engasgo, afogo e uso palavras pela metade. Na hora H sempre falta uma vogal. Mas quer, de novo, saber? Meu coração nunca foi pela metade: sempre foi-inteirinho-seu. Plim!

Em alguns dias dói. A tristeza puxa os cabelos, arranha a cara, machuca dentro. E a gente não tem mais nada pra fazer a não ser dizer que está tudo bem. Porque vai passar, passa. Só que antes de passar maltrata. E, entenda, a pior dor é aquela que ninguém vê. Só ela, a tristeza.

Sou forte. Meio doce e meio ácida. Em alguns dias acho que sou fraca. E boba. Preciso de um lugar onde enfiar a cara pra esconder as lágrimas. Aí penso que não sou tão forte assim e começo a olhar pra mim. Sou forte sim, mas também choro. Sou gente. Sou humana. Sou manhosa. Sou assim. Quero que as coisas aconteçam já, logo, de uma vez. Quero que meus erros não me impeçam de continuar olhando para a frente. E quero continuar errando, pois jamais serei perfeita (ainda bem!). Tampouco quero ser comum e normal. Quero ser simplesmente eu. Quero rir, sorrir e chorar. Sentir friozinho na barriga, nó no peito, tremedeira nas pernas. Sentir que as coisas funcionam e que tenho que trocar de jeito quando insisto em algo que não dá resultado. Quero aprender e, ainda assim, continuar criança. Ficar no sol e sentir o vento gelado no nariz. Quero sentir cheiro de grama cortada e café passado. Cheiro de chuva, de flor, cheiro de vida. Aprecio as coisas simples e quero continuar descomplicando o que parece complicado. Se der pra resolver, vamos lá! Se não dá, deixa pra lá. A vida não é complicada e nem difícil, tudo depende de como a gente encara e se impõe. Quero ser eu, com minha cara azeda e absurdamente açucarada. Não quero saber tudo e nem ser racional. Quero continuar mantendo o meu cérebro no lugar onde ele se encontra: meu coração. E essa é a melhor parte de mim.

De vez em quando fico triste do nada, com motivo ou sem motivo. De vez em quando fico feliz do nada, com razão ou sem razão. É assim, às vezes dá vontade de sair pulando, distribuindo beijinho, dando abraços e, em outras, dá vontade de mandar todo mundo pra muito, muito longe.

Não precisaria dizer muita coisa. Poderia ser algo monossilábico. "Sim", "não" ou "talvez". Quem sabe até aqueles "hm" que aprendi a decifrar com algumas ex. Juro que não abusaria nem torraria a paciência com coisas infantis. Três perguntas, como os três desejos de um gênio da lâmpada. Acho que conseguiria me achar no meio de todas as dúvidas e deixar de fora todos os outros um milhão de questionamentos que tenho.

Olharia bem pra ele. Se bem que a aparência esconde muita coisa. A cara de cansado denunciaria que trabalhei bastante. Ralei. Um anel no dedo diria pouco. Se não falar nada, aquele pode ser o primeiro casamento ainda. Ou o oitavo, sei lá! Esperaria que, pelo menos, ele viesse com um sorriso. Não importa o tamanho da barriga ou das linhas de expressão no rosto, mas o sorriso seria fundamental.

Pediria um conselho, claro. Qualquer um. Nem que se resumisse a uma simples palavra. "Acredita", "persiste", "estuda", "vive", "ama". Duvido que um "eu" do futuro me diria "desiste". Claro que não. Se cheguei até lá, foi porque lutei por alguma coisa. Será pelo amor da menina que amo, do sonho que julgo impossível? Imagina se eu tiver que ficar mudo!?

Perco a língua, mas não perco a chance de saber.

Todas as respostas que posso ter numa conversa de cinco minutos chegarão a mim durante toda uma vida. E, não me iludo, algumas eu bem posso não ter ainda que tivesse duas. Acho, então, que todo dia escolho com qual futuro eu quero encontrar. Se é com aquele que desistiu de tudo ou com o que ousou conquistar, ou pelo menos tentou viver sem ter medo do erro e muito menos do acerto.

É isso! Se eu me visitasse, certamente diria "não tema".

Faça o seu, o resto é consequência.

A característica da maturidade está em, justamente, a gente aprender a lidar com a vida que não precisa ser perfeita.
A maturidade chega no nosso coração no dia em que descobrimos que nós temos problemas na vida, mas que ter problemas na vida não significa que a partir de então nós precisaremos ser infelizes por causa disso.
Ter problema na vida não é ter vida infeliz.
Porém, é preciso maturidade para compreendê-los.

O que eu posso, eu não posso como quero!
Eu posso com menos possibilidades.
Se eu não posso modificar a vida, quero deixar que a vida me modifique.
Se eu não posso mudar o acontecimento,
então eu quero que o acontecimento me modifique.
Isso é reconciliar os contrários.
Isso é descobrir a sabedoria da possibilidade.
Não é do jeito que eu quero,
mas vai ser o jeito que pode!
E aí o meu coração se meche assim como o organismo busca forças
para reconciliar a carne e cicatrizar aquele lugar que está ferido.
Todo o meu organismo se meche,
se volta para aquela urgência. Todo o meu coração se move na tentativa de descobrir
o significado para a vida naquele instante.
E se a gente obedece a essa regra da cicatrização do momento,
a gente acorda melhor no outro dia. Sabe porquê?
Porque a ferida parou de sangrar um pouco.
Não significa que a dor deixou de existir dentro de nós,
não significa que o problema deixou de existir, não!
Só que há um jeito diferente de lidar com ele agora,
e eu preciso descobrir que em cada momento da minha vida
há uma ferida a ser cicatrizada,
há uma reconciliação a ser realizada.
E essa é a sabedoria do Evangelho.
Abrir os nossos olhos para que nós possamos descobrir
qual é a necessidade de cicatrizar hoje.
O que dentro de mim, hoje, eu não tenho direito que amanheça amanhã sangrando
Porque eu preciso cuidar!
Hoje você não tem o direito de ir dormir sem pensar naquilo que você precisa cicatrizar dentro de você.
Mova seu coração, mova os seus sentimentos, mova sua inteligência na direção daquilo que em você precisa ser cicatrizado.
Não amanheça amanhã do mesmo jeito que você amanheceu hoje.
Não permita que a vida aconteça amanhã para você e que ela lhe encontre do mesmo jeito que você estava hoje.
Permita o movimento da cicatrização!
Permita o movimento da reconciliação!

Eu tenho meus problemas. Nunca os escondi. Defeitos? Um monte também. O que faço é deixar quem me cerca confortável o suficiente para não querer sair correndo assim que começa a me conhecer de verdade. Olhando pra mim mesmo, sou meu pior inimigo de longe. A maioria das barreiras sou eu mesmo quem me imponho. Não que seja egoísta a tal ponto, mas é um desafio ser eu mesmo e sempre tentar melhorar. Não sou um problema matemático para ser resolvido com fórmulas, mas, talvez, seja um quebra-cabeça procurando as peças que me completem com jeito. Longe de querer ser perfeito. (Gustavo Lacombe)

Gostoso mesmo é quando a gente sente a "safadeza" já no beijo.

Eu sei que dói. É horrível. Eu sei que parece que você não vai agüentar, mas aguenta. Sei que parece que vai explodir, mas não explode. Sei que dá vontade de abrir um zíper nas costas e sair do corpo porque dentro da gente, nesse momento, não é um bom lugar para se estar.