Coleção pessoal de ltospsi

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⁠Certo de onde quero ir,
Me vejo deambular por aí.

Estou me achando
Perdidamente encontrado.

Fui me deixando e então,
Não me deixei.

Perdendo, não me perdi.
Errei da maneira certa.

⁠Quem é capaz de mentir para si mesmo, logicamente é capaz de mentir para qualquer um.

Caríssimos amigos e colegas do facebook, abaixo desta introdução irão encontrar alguns versos que dizem de como percebo uma das dores emocionais mais comuns e correntes das últimas décadas.

Busquei atribuir aos versos uma "confusão" comum e corrente que pessoas, com tais dores, trazem no peito. Busquei também colocar nos versos a mesma forma de falar, buscando atribuir uma certa concretude e de enorme coerência no - íntimo - . No mínimo, busquei descrever a forma mais próxima com que escuto este desajeito da pessoa consigo mesm@.

Você já guardou algo de uma forma tão segura que você mesm@ não conseguia reencontrar? Ou, já criou uma senha tão segura para um e-mail ou qualquer outra coisa que teve de pedir ao Deus (esqueci minha senha) para lhe relembrar?

Quer um conselho? Não guarde o fundamental de si mesmo em um lugar tão escondido assim...

Eu sempre digo que compreensão é saúde! Por isso, venho apresentar aqui alguns versos que possam nos ajudar a compreender qualquer coisa de nós mesmos, nem mesmo que seja: -- "Eu não quero tentar algo assim". Aliás, às vezes, é melhor compreender observando o outro do que passar pelo mesmo caminho.

Seguem os versos abaixo e bom dia a todos!

*Quando me falta a mim

Não sei tudo que tenho.
“Não sei tudo”, eu tenho!
Não sei tudo, mas sei,
Que não tenho.

Sei dizer daquilo que não gosto.
Gosto de coisas que não sei dizer.
Gosto de evitar coisas que não gosto.
Desejando não encontrar desgosto.

Atento-me a tudo que não tenho.
“Atento-me a tudo”, eu tenho!
Mas nem atento, eu tenho tudo.
Atento ao que não tenho eu tenho tudo,
Que não tenho.

Sei dizer daquilo que não gosto.
Gosto de coisas que não sei.
Gosto de evitar coisas que não gosto.
Desejando encontrar o gosto.

Não sei tudo que tenho.
“Não sei tudo”, eu tenho!
Não sei tudo, mas sei,
Que não tenho tudo.

Sei que não tenho aquilo que me falta.
A falta tem sido tudo que tenho.
É incrível que evitar desgosto, não tem gosto.
O gosto está naquilo que falta, na falta.

Não sei tudo que tenho.
“Não sei tudo”, eu tenho!
Não sei tudo, mas sei,
Que não tenho tudo que tenho.

Atento ao que não tenho, tenho toda falta!

Como é difícil ser Fulano...

Do lugar que te vejo
Sem beleza no olhar,
Sem sequer me comportar
De maneira eloquente.

Sou produto da divisão
De resultado negativo,
Falta apenas um traçado
Do lápis que não encontrei.

Sobre toda diferença
Permaneço todo igual,
Observando no espelho
Outra imagem de mim.

Mas há que um dia
Obterei sua resposta,
Parece estar no mundo
Mas no interno é revelado.

Todo julgo se volta
Para a face do pecado,
Sem saber contudo
Que pecar não é fácil.

Diferente do bem
O mal é do difícil
Que todo coração aflito
Se reconhece abatido.

Fulano volta a repetir
O que jamais teria feito,
O que jamais teria sido
Se não fosse Fulano.

No amor eu aprendi. Não importa de onde outro coração vem, mas, importa se outro coração consegue se comunicar com o meu.

Há quem saiba saber

Há quem vê a vida assim,
Meio preto e meio branco.
Há quem sente a vida assim,
Como se fosse o preto no branco.

Houve quem sentia a vida assim,
Meio triste e meio feliz.
Há quem notou a vida assim,
Como se fosse a tristeza na felicidade.

Talvez haja quem sinta isto aqui,
Parecido com o que carrego no peito.
Quem sabe alguém note o meu profundo ser,
Que anda meio assim, assim...

Grande MISS

Ao tocar meu peito
Percebo algum estranhamento,
Não sinto eu, aquilo que sinto
Apenas entendo o que toco.

Se não toco o que sinto
Fica uma grande confusão,
É sentimento de sentir
Intocabilidade de tocar.

Não sei se me confundo
Não sei se me confundem,
Não sei aquilo que toco
Não sei aquilo que sinto.

Ao sentir meu peito
Não toco o vazio que sinto,
Ao tocar meu peito
Não toco o buraco que me toca.

Não sei se o vazio é vivido,
Quem sabe o vazio é da vida?
Talvez, é pesar do vazio
Ou, quem sabe, é o vazio que pesa.

Conversa a só

Caro amigo, caro amigo,
Gostaria que me dissesses
Sobre ti e sobre o mundo,
Mas, fazes a mesma coisa...

Caro amigo, caro amigo,
Ansiava ouvir-te dizer
Sobre mim ou sobre o mundo,
Mas, fazes a mesma coisa...

Caro amigo, caro amigo,
Necessito que digas algo,
Creio que finges escutar-me,
Mas, não arrisco tapear-lhe,

Pois faço a mesma coisa...

Um Pouco Daquilo

São destes carnavais e penumbras
Com voz amiúde a fraudulenta,
Destas que enganaram o coração e alma
E tudo de toda carcaça.

São destas marginais e linhas
retas, paralelas ou curvadas
Que corri, andei, saltei e caí
Ou até mesmo fiquei, vezes outras.

Já ouvi dizer bastante:
“quem cai sete levanta oito”,
Você não vira quem foi empurrado
E depois bastou-se de rastejar.
É que a chuva não acalma todo dia
E a nuvem nem sempre é branca,
Melhor se fosse sempre cinza
E não nos enganasse nunca.

Se as montanhas não foram dadas prontas
Pena de mim que não era, ou serei sempre.
O que me resta é cuspir palavras
E rezar para que o chão não as seque.

Pois estou a matar-me com boa intenção
Como muitos já fizeram antes de mim,
Com a má fé de que possa haver vida
Logo após o sacrifício.

Sacrifício que Severino conhecia bem
Que o fizera perder norte e sul.
Mas o leste solva o sonho do homem
De lá, todos os dias, nasce o sol.

Mariana X Paris

Miserável como a fome e vazio como o mal
As lamas e o fogo dimanam alertar-nos;
E no decorrer de dias e noites avarentas
Você me aparece como morte incessante.

O capital é o que mais lhe atrai, infame!
A crença que te sustenta mata seu irmão;
Pensei em John Lennon tocando Imagine
Mas desta vez, nada ocorreu.

Peito grande de mais para poucas palavras
Ou seriam palavras grandes de mais para pouco peito;
A cama esta pequena de mais para nós dois
e o numero dois é muito, para eu e você.

Os sinais de compaixão tem sido criticados
Justamente pelas figueiras que não dão fruto algum;
Entre Mariana e Paris eu escolho o amor
A este sentimento não me cabe censurar.

Quando enfim a mulher chora e derrama sua dor
Por que iria eu lhe tirar o lenço?
Senti o familiar se tornar desconhecido
e a Ternura perturbar-se com sua irmã, Afeição.

No verão, a compreensão e a bondade chegam mais tarde
Como o cavalo que atrasa para o dia da batalha;
Testemunhando o apocalipse que jaz neste colmeia
Temo não me satisfazer novamente com gosto do mel.

'Hoje eu aceito café'
Hoje eu aceito um café.

Sim, hoje eu aceito!
Porque já me basta
Toda longínqua alma,
Toda amuada calma
E pouco de tudo que tem.

Hoje eu aceito um café.
Sim, hoje eu aceito!

Visto que já não agrado mais
Do colóquio que o mar me traz,
Nem do apelo das manhãs serenas
Que aparentam apaziguar-me.

Hoje eu aceito um café,
Mas com pouco açúcar, por favor.

Porque o doce da vida
já me escorreu amargo na garganta
E não teve melhor façanha
De senti-la em meu peito.

Hoje eu aceito um café.
Ainda que seja pouco
Ou até mesmo do seu gosto
De gostar de café.

Homem/Máscara

Um homem
Uma máscara
Um homem com máscara
Um homem de máscara
Um homem por trás da máscara
Um homem por trás da máscara do homem
Um homem que traz a máscara ao homem

A máscara
O homem
A máscara com o homem
A máscara do homem
A máscara por trás do homem
A máscara por trás da máscara do homem
A máscara que traz a máscara ao homem

O Homem vivendo a máscara
A Máscara vivendo o homem
Sem homem

Por toda minha vida tenho recebido, naquilo que se chama Eu, verdadeiras marcas. Pergunto-me se tais marcas, boas e ruins, me fazem ser o que sou ou se são tudo o que tenho. Se por um acaso, são marcas que a vida me trouxe ou se eu as trouxe à vida.

Querida, me lembre uma vez mais,
Os dias nos abandonam com o tempo.
Querida, me lembre ainda mais
Que tempo não nos abandona com os dias.

Querida, me lembre uma vez mais,
O amor nos abandona com o tempo.
Querida, me lembre ainda mais
Que tempo não nos abandona com o amor

Versos rápidos e nada revisado!

Há um mar desnorteado
E um sol amedrontado
Que vejo em dias ruins.
Aparecem no final do dia.
Trazendo em sua companhia
A mulher sem querubins.

Esta donzela muito querida
Que há muito tempo habita
O coração que muito à fita.
De aflita a alma declina.
Declina, aflita e sozinha
À vida que resvala no inverno.

Há uma pouquidade de compreensão
Ela se faz amante e diletante da dor
Ela me descobre do edredom à meia noite.
A noite de sonho perdida!
Talvez pelo medo da encarar a vida
Talvez, por sonhar acordado com a fantasia perdida.

Presente do Tempo

Ansiava indagar
Sobre a dor do pensamento
Quanto ao desapontamento
Ou algum engajamento

Ansiava intuir
Sobre o medo de partir
Quanto a fome de amar
Ou maneira de provir

Não esperava padecer
Sem ao menos entender
O amor que sentem
Ou a vantagem de senti-lo
Por momentos...

Tu corres no verão
Faz morada no inverno
Se insiste em me trazer o sol
Não persista em leva-lo

Porque mais me dói
Ver partir o ‘aqui’
Do que ter aqui
O que nunca esteve

Tu insistes no anonimato
E ri de meus apegos
O tempo passa por tudo
E tudo passa pelo tempo
Com o tempo...

Ainda que se mostre verdadeiro é milimetricamente confundido e confundível.
Notas de um homem...

Coração sobre Pétalas

Foste tu quem fez brotar
Onde não havia terra.
Como um canto de ninar
Você me fez sonhar
Com a flor em aquarela.
Recinto Insólito e frio
Que eu mesmo dessabia
Que em mim mesmo existia.
Tu foste sem concessão
Apresentar a flor bonita.
O sol agora engrandece
E meu leito se aquece.
A minha alma antes fria
Agora suspira sadia
E sorri de demasiada alegria.
O medo em noites frias
Já quase não me visita.
Em meus pensamentos
Você me cobre à noite
E um beijo na testa, suscita.
Acordado, vivo um sonho
Sonho, de não mais acordar.
Olhar a flor bonita
Quem em meu coração habita
sem merecer murchar.

O modo de se comportar, pensar, sentir, entender e se expressar, diz muito sobre você, porém ainda, não te define.

Um dia a gente aprende, que não se deve mudar nosso jeito de ser passando por cima de nossos sentimentos, sem antes compreendê-los.