Coleção pessoal de Liel

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E a cada dia eu te perco mais; é, o meu grande medo está se tornando realidade, estou te perdendo. E o pior de tudo, é que eu não posso fazer nada para que isso não aconteça. Em alguma parte desse nosso intervalo distante, você mudou. Será que você já não gosta mais de mim? Pelo pouco que percebi, eu já não estou mais em seus planos. Eu te pedi tanto para que nada mudasse entre nós, e acabou acontecendo. Se você já não me quer mais, o por quê de você não terminar logo? Isso seria menos dolorido para mim, se você tomasse essa decisão. Pois da minha parte eu não vou conseguir lhe deixar. Eu prefiro dar um "ghost" na relação, sei que isso é coisa de covarde, mas como você não me quer mais, mas não tem coragem de dizer, dar um ghost seria menos dolorido, se é que seria dolorido pra você. Mas para mim, seria a melhor forma de separação, eu não consigo imaginar, eu frente à frente lhe deixando, meu coração seria destruído, mais do que já está.

Hoje eu disse que estava muito feliz para uma pessoa, era só mais uma mentira. Eu estava mesmo era morrendo de saudades de você. Tentei dormir, fechei os olhos, mas eles não pegavam no sono, já são 4:00h da manhã, e eu aqui me revirando de um lado para o outro nessa agonia. Ao lado, toca uma música que me faz pensar em você. É só mais uma noite sentindo sua falta, logo passa, logo passa, até vir outra noite como essas. Passo horas pensado se você sente a minha falta também. Tem vezes que eu acho que não, outras acho que sim. Se você soubesse como é; Mas deixo como está, amanhã serão novas chances de sermos felizes.

Assim, minha tristeza voltando sempre, e me achando mais perdida aos meus olhos - como a todos os olhos que quisessem me encarar, se eu não tivesse sido condenada para sempre ao esquecimento de todos! - eu tinha cada vez mais fome de sua bondade. Com seus beijos e abraços amigos, era mesmo um céu, um escuro céu, onde eu entrava, e onde gostaria de ser deixada, pobre, surda, muda, cega. Já eu me acostumava. Eu nos via como duas boas crianças, livres para passear no Paraíso de tristeza.

O morcego

Meia-noite. Ao meu quarto me recolho.
Meu Deus! E este morcego! E, agora, vede:
Na bruta ardência orgânica da sede,
Morde-me a goela igneo e escaldante molho.

"Vou mandar levantar outra parede..."
— Digo. Ergo-me a tremer. Fecho o ferrolho
E olho o teto. E vejo-o ainda, igual a um olho,
Circularmente sobre a minha rede!

Pego de um pau. Esforços faço. Chego
A tocá-lo. Minh'alma se concentra.
Que ventre produziu tão feio parto?!

A Consciência Humana é este morcego!
Por mais que a gente faça, à noite, ele entra
Imperceptivelmente em nosso quarto!