Coleção pessoal de Leonicesantos1234
Crepúsculo quando me olhas, sem muros sem segredos...Tuas cores tem chaves...Tuas palavras poemas...Teus ventos pincéis.
Dias de preto e branco em lençol frio tem se apresentado no rol da vida.
Salpicos de misericórdia em tinta fresca retoca o fim de cabeça erguida.
Saudade tem cara de coisas velhas, coisas antigas, que não se foi.
Se renova aos impulsos e vive presente.
FLOR DE ALGODÃO...
Sutileza na escultura, flocos, capucho, lã ou eflúvios em vapor?
Linhas tênues cirzidas em brancura...
Ou encaixou nuvens numa flor?
Por trás do pinheiro brilha prateada e sempre, nem lambada nem demente, a lua dança entre as nuvens dependurada em nada.
A noite absorta em súbita alegria
Jóvem e audáz criatura da era
Negreada de sombras animada se via
Naquele folguedo cavava crateras
Em todos planetas e jogava pra cima
Espaços empoeirados sem proporções
Lufadas passavam estavam no clima
Poeira empolgada se fez constelações.
Dos hobbies: Gosto dos meus versos e dos versos dos outros.
O universo fica maior. (Leonice Santos)
GAROA: Nevoeiro fino com chuviscos suspensos na atmosfera que cai por tempo prolongado, correlacionada aos corações renitentes arbitrariamente nebulosos que eclode em depressão vivo e morto.
Dormir...
Já que preciso descansar essa carne, que seja como uma viagem.
Que um silêncio predomine e desempregue os tímpanos e tenha ofício a alma.
Que o carpido seja de um Anjo guardião que chega ofuscante para alento, guia e realização.
A noite engordou e a lua em dieta se fez anel...
Um murmúrio da ourora se ouve ao longe...
Mirando o céu eu...
Seria algum pisquim as estrelas mais ditosas picando para mim?
O ano coroado de estações quebra rotinas e a vida arranja os dias ofuscado dos mortais. Em total benevolência, a terra dar o seu ouro , o mar dar as pérolas e o jardim as flores.
Porções generosas de luz distribuídas na imensa escuridão, sem palavras; encaminham iluminam e salvam.
Em certos campos de batalha, Deus nos leva somente para lutar, observar, ter experiências e nos tornar fortes. Levantar trofeu seria como sujar a alma de lama.
As dores da alma sabem expressar nobres palavras, impregandas se aninham entranhosamente entre a vida e a morte.
Silêncio alado também faz poesia.
Quando uma nuvem fica escura, e suas bordas pesadas, sobre um ar quente de lembranças, é que vai chorar de saudades.
Toda a dor passa pelo fogo do sofrimento,
depois de amassada no regaço da tristeza e regada com lágrimas de uma saudade que tem raizes profundas.