Coleção pessoal de Lenisil

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A religião do futuro será cósmica e transcenderá um Deus pessoal, evitando os dogmas e a teologia.

Livros são papéis pintados com tinta.
Estudar é uma coisa em que está indistinta
A distinção entre nada e coisa nenhuma.

Garoto das Meias Vermelhas

Ele era um garoto triste. Procurava estudar muito.
Na hora do recreio ficava afastado dos colegas, como se estivesse procurando alguma coisa.
Todos os outros meninos zombavam dele, por causa das suas meias vermelhas.
Um dia, o cercaram e lhe perguntaram porque ele só usava meias vermelhas.
Ele falou, com simplicidade:
"no ano passado, quando fiz aniversário, minha mãe me levou ao circo".
Colocou em mim essas meias vermelhas.
Eu reclamei. Comecei a chorar.
Disse que todo mundo iria rir de mim, por causa das meias vermelhas.
Mas ela disse que tinha um motivo muito forte para me colocar as meias vermelhas.
Disse que se eu me perdesse, bastaria ela olhar para o chão e quando visse um menino
de meias vermelhas, saberia que o filho era dela."

"Ora", disseram os garotos. "mas você não está num circo.
Por que não tira essas meias vermelhas e as joga fora?"
O menino das meias vermelhas olhou para os próprios pés,
talvez para disfarçar o olhar lacrimoso e explicou:
"é que a minha mãe abandonou a nossa casa e foi embora".
Por isso eu continuo usando essas meias vermelhas.
"Quando ela passar por mim, em qualquer lugar em que eu esteja,
ela vai me encontrar e me levará com ela."

Muitas almas existem, na Terra, solitárias e tristes, chorando um amor que se foi.
Colocam meias vermelhas, na expectativa de que alguém as identifique,
em meio à multidão, e as leve para a intimidade do próprio coração.
São crianças, cujos pais as deixaram, um dia, em braços alheios,
enquanto eles mesmos se lançaram à procura de tesouros, nem sempre reais.
Lesadas em sua afetividade, vivem cada dia à espera do retorno dos amores,
ou de alguém que lhes chegue e as aconchegue.
Têm sede de carinho e fome de afeto.
Trazem o olhar triste de quem se encontra sozinho e anseia por ternura.
São idosos recolhidos a lares e asilos, às dezenas.
Ficam sentados em suas cadeiras, tomando sol, as pernas estendidas,
aguardando que alguém identifique as meias vermelhas.
Aguardam gestos de carinho, atenções pequenas.
Marcam no calendário, para não se perderem, a data da próxima visita,
do aniversário, da festividade especial.
Aguardam...

São homens e mulheres que se levantam todos os dias, saem de casa,
andam pelas ruas, sempre à espera de alguém que partiu, retorne.
Que o filho que tomou o rumo do mundo e não mais escreveu,
nem deu notícia alguma, volte ao lar.
São namorados, noivos, esposos que viram o outro sair de casa,
um dia, e esperam o retorno.
Almas solitárias. Lesadas na afetividade. Carentes.

Pense nisso!
O amor, sem dúvida, é lei da vida.
Ninguém no mundo pode medir a resistência de um coração
quando abandonado por outro.
E nem pode aquilatar da qualidade das reações que virão daqueles
que emurchecem aos poucos, na dor da afeição incompreendida.
Todos devemos respeito uns aos outros.
Somos responsáveis pelos que cativamos ou nos confiam seus corações.
Se alguém estiver usando meias vermelhas, por nossa causa, pensemos se esse
não é o momento de recompor o que se encontra destroçado,
trabalhando a terra do nosso coração.
A maior de todas as artes é a arte de viver juntos.

Ao estudar as características e a índole dos animais, encontrei um resultado humilhante para mim.

Se queres prever o futuro, estuda o passado.

Pensei vagamente em estudar arquitetura, como todo o mundo. Acabaria como todos que eu conheço que estudaram arquitetura, fazendo outra coisa. Poupei-me daquela outra coisa, mesmo que não tenha me formado em nada e acabado fazendo esta estranha outra coisa, que é dar palpites sobre todas as coisas.

A juventude é a época de se estudar a sabedoria; a velhice é a época de a praticar.

Gostaria de viver para estudar e não de estudar para viver.

⁠No entanto, é importante ter cuidado com as implicações éticas da IA e garantir que ela seja desenvolvida e usada de forma responsável e justa, levando em consideração os valores e interesses de todos os envolvidos.

⁠No fundo do meu ser, sinto uma dor,
Um fogo que queima sem descansar,
Uma paixão ardente, sem pudor,
Que me faz sofrer e me faz sonhar.
Ó musa da poesia, ó doce amor,
Que inspira as almas a cantar,
Sejas tu meu guia, meu Salvador,
Que venha a luz e me faça acordar.
No teu olhar, vejo a beleza do céu,
No teu sorriso, sinto a paz do mar,
Em teus braços, eu encontro o meu véu.
Assim, como o poeta que escreveu,
Eu te dedico este meu soneto a cantar,
Ao amor, à vida e ao eterno renascer.

⁠Sou um eu dividido em muitos seres,
Em cada um, uma alma a se expressar,
Como um caleidoscópio, múltiplas cores,
Numa busca incessante, sem cessar.
Sou o que sou, e o que sou não sei,
Um ser fragmentado, incompleto,
Uma estranha simbiose, que anseia,
Por um equilíbrio, em que se perfaz o afeto.
Busco em mim, a resposta para a vida,
No silêncio da noite, ouço a voz do além,
Um chamado que ecoa, sem medida,
Que me faz duvidar, do que já sei e o que vem.
Mas em meio a essas dúvidas, renasce a esperança,
De encontrar, na minha busca, um sentido,
Afinal, ser eu mesmo, é a maior aliança,
E nela, achar a paz, em ser verdadeiro e coerente, consentido.

⁠A tecnologia tem ampliado nossa capacidade de conexão, aprendizado e realização de tarefas de maneira mais eficiente e acessível.

⁠Liberdade é o sonho de todos
que lutam pelo direito de ser.
É o espírito que nos guia
para um mundo de possibilidades.

Viro o meu coração do avesso. O lado mau para fora, o bom para dentro e continuo a procurar um meio para vir a ser aquela que gostava de ser, que era capaz de ser, se...sim, se não houvesse mais ninguém no mundo.

Criticam tudo, e quero dizer mesmo tudo, sobre mim: o meu comportamento, a minha personalidade, as minhas maneiras; cada centímetro de mim, da cabeça aos pés, dos pés à cabeça, é objeto de mexericos e debates. São-me constantemente lançadas palavras duras e gritos, embora eu não esteja habituada a isso. Segundo as autoridades definidas, eu devia sorrir e aguentar.

Apesar de tudo eu ainda creio na bondade humana.

As obras de arte dividem-se em duas categorias: as de que gosto e as de que não gosto. Não conheço outro critério.

Há uma primavera em cada vida: é preciso cantá-la assim florida, pois se Deus nos deu voz, foi para cantar! E se um dia hei-de ser pó, cinza e nada que seja a minha noite uma alvorada, que me saiba perder, para me encontrar.

Se penetrássemos o sentido da vida seríamos menos miseráveis.

O mal ou bem que fazemos aos outros reverte sobre nós acrescentado.