Coleção pessoal de LAZARELLA

241 - 260 do total de 405 pensamentos na coleção de LAZARELLA

O amor comeu até os dias ainda não anunciados nas folhinhas. Comeu os minutos de adiantamento de meu relógio, os anos que as linhas de minha mão asseguravam. Comeu o futuro grande atleta, o futuro grande poeta. Comeu as futuras viagens em volta da terra, as futuras estantes em volta da sala.

O amor comeu minha paz e minha guerra. Meu dia e minha noite. Meu inverno e meu verão. Comeu meu silêncio, minha dor de cabeça, meu medo da morte.

Tu sabes que és e serás sempre alguém especial, estejas longe ou perto, pois a distância nunca foi nem será impedimento. Seja do que for, um dia o longe se fará perto, tão perto que poderás ouvir as batidas do meu coração!

Os Três Mal-Amados

O amor comeu meu nome, minha identidade, meu retrato. O amor comeu minha certidão de idade, minha genealogia, meu endereço. O amor comeu meus cartões de visita. O amor veio e comeu todos os papéis onde eu escrevera meu nome.

O amor comeu minhas roupas, meus lenços, minhas camisas. O amor comeu metros e metros de gravatas. O amor comeu a medida de meus ternos, o número de meus sapatos, o tamanho de meus chapéus. O amor comeu minha altura, meu peso, a cor de meus olhos e de meus cabelos.

O amor comeu meus remédios, minhas receitas médicas, minhas dietas. Comeu minhas aspirinas, minhas ondas-curtas, meus raios-X. Comeu meus testes mentais, meus exames de urina.

O amor comeu na estante todos os meus livros de poesia. Comeu em meus livros de prosa as citações em verso. Comeu no dicionário as palavras que poderiam se juntar em versos.

Faminto, o amor devorou os utensílios de meu uso: pente, navalha, escovas, tesouras de unhas, canivete. Faminto ainda, o amor devorou o uso de meus utensílios: meus banhos frios, a ópera cantada no banheiro, o aquecedor de água de fogo morto mas que parecia uma usina.

O amor comeu as frutas postas sobre a mesa. Bebeu a água dos copos e das quartinhas. Comeu o pão de propósito escondido. Bebeu as lágrimas dos olhos que, ninguém o sabia, estavam cheios de água.

O amor voltou para comer os papéis onde irrefletidamente eu tornara a escrever meu nome.

O amor roeu minha infância, de dedos sujos de tinta, cabelo caindo nos olhos, botinas nunca engraxadas. O amor roeu o menino esquivo, sempre nos cantos, e que riscava os livros, mordia o lápis, andava na rua chutando pedras. Roeu as conversas, junto à bomba de gasolina do largo, com os primos que tudo sabiam sobre passarinhos, sobre uma mulher, sobre marcas de automóvel.

O amor comeu meu Estado e minha cidade. Drenou a água morta dos mangues, aboliu a maré. Comeu os mangues crespos e de folhas duras, comeu o verde ácido das plantas de cana cobrindo os morros regulares, cortados pelas barreiras vermelhas, pelo trenzinho preto, pelas chaminés. Comeu o cheiro de cana cortada e o cheiro de maresia. Comeu até essas coisas de que eu desesperava por não saber falar delas em verso.

O amor comeu até os dias ainda não anunciados nas folhinhas. Comeu os minutos de adiantamento de meu relógio, os anos que as linhas de minha mão asseguravam. Comeu o futuro grande atleta, o futuro grande poeta. Comeu as futuras viagens em volta da terra, as futuras estantes em volta da sala.

O amor comeu minha paz e minha guerra. Meu dia e minha noite. Meu inverno e meu verão. Comeu meu silêncio, minha dor de cabeça, meu medo da morte.

Quero qualquer coisa que passe dessa superficialidade. Pode ser até o ódio, desde que seja real.

Raposa

Jovem raposa, quem é você?

A ti foi dada a chave de meu coração
Coração este sombrio, selado por espessos
cristais de gelo.

E agora você simplesmente abre-o e nele põe
uma chama viva...
Chama esta que em pouco tempo reaqueceu
o que antes era frio,
Chama esta que iluminou o que antes era pura
escuridão...

Como faz isto?
De onde vem?

A ti hoje confio de olhos vendados.
Como fez isso?
Como ganhou minha confiança em tão pouco tempo?

Tornou-se domadora de um lobo que antes, era selvagem.

Jovem raposa, quem é você?

Você realmente me assusta,
Mas me cativa.
Você literalmente me domina,
Mas me motiva.

Isso é o que chamam de amor?
Esta chama que plantaste em meu coração?
Se for, é a melhor de todas as coisas.

E quanto a ti, a mais sábia e bela de todas as
raposas...

O que é a vida senão um jogo?
Um jogo que segue como trilha o tempo...
Um jogo que tem como regra as decisões binárias de “Sim ou Não”...
Posso estar parecendo utópico, mas veja bem...
O propósito de um jogo é nos divertir, nos fazer bem... nos reunir
com amigos, etc... mas esse mesmo jogo pode ser frustrante, estressante
e cansativo...
E convenhamos, a vida não é assim?
A vida é uma mistura de um jogo com dados, trilha e estratégia.
É um jogo que não dá para pausar, nem voltar atrás fazendo um “point save”

E as semelhanças neste caso só tem nomes diferentes, dados é o acaso, as coincidências; A trilha é o tempo;
E a estratégia são os planos.

Só lembre que em todos os jogos, a principal função é divertir...Se sua vida não está sendo agradável, é melhor mudar de “estratégia”.

Pense...

Duas coisas cabem a mim, a 1ª é tentar, a 2ª é torcer para que dê certo.

não perca MAIS tempo e não se recuse a pelo MENOS ver o óbvio.

Cai a tarde


vento suave
balançando a copa
da frondosa vizinha
os passarinhos
se recolhem
fazendo algazarra

o céu nubla
na noite que cai
a lua ensaia
uma gloriosa aparição
as estrelas, tímidas
aguardam

tais momentos
são cotidianos
todos os dias
isso se passa
mesmo assim
são maravilhosos

assim te amo
todos os dias
silenciosamente
sozinho e distante
vendo as maravilhas
que provocas em mim

"Boa noite "Praga"(rs..rs..rs..) Eu te adoro muiiiitoo e que Deus nos ajude a vencer essa "Distância", que machuca, mas faz ver o quanto você é IMPORTANTE EM MINHA VIDA e a todos os casais que se encontram na mesma situação que a nossa, Amém.

Teu amor


Sei
que há momentos
que a vida nos leva
e parece que esquecemos

Mas sei
há palavras
indizíveis
olho no olho

Sei ainda
é impossível
controlar
é inevitável

Sei
não consegues
machucar sem
sofrer igualmente

Pois
me amas
me amarias
ainda que não quisesse

Nos momentos
que deixaste teu amor
fluir, jorrar
benditos momentos

É um fluir
poderoso
momentos eternos
singulares

Pois sei
consigo tocar
teu coração
com o meu

Se fosse
pequeno, limitado
não teria força
estaria preso

Mas não
grande, forte
não pode ser
aprisionado

Precisa fugir
escapar
precisa gritar
ainda que um segundo

Teu amor
é lindo
amo teu amor

"A liberdade é transformada em sociabilidade quando se tem inteligência, porem a libertinagem te leva a inconsequência da tua promiscuidade..."

Já me acusaram de tantas coisas... De ser fria, racional, indiferente, calculista... Talvez quem melhor me definiu foi um velho amigo: Quando você descobre que pessoas podem se apaixonar ou estão apaixonadas por você; você veste esta maldita armadura e bombardeia a todos, por não saber lidar com o amor, sem saber que está sendo vítima também, mas eu como amigo e querendo sua felicidade acima de tudo, vou jogar uma "praga": Há de existir um homem que vai dobrar essa "dama de ferro" e chegar ao seu coração... portanto, querida, você vai ter que fazer uma escolha entre amar e viver ou vegetar... A escolha é única e exclusivamente sua!

Mas tenho medo do que é novo e tenho medo de viver o que não entendo – quero sempre ter a garantia de pelo menos estar pensando que entendo, não sei me entregar à desorientação.

Um beijo enorme pra você do tamanho da distância que nos separa nesse momento. Boa noite!

...É incrível, mas às vezes sinto você tão perto de mim, como se estivesse me zelando por pensamento ..."Um beijo enorme pra você, volta logo, estou com saudades...

Eu desejo a você tudo de mais produtivo, eficiente, belo, prazeroso, gratificante, feliz, iluminado que possa existir e que ESTÁ SENDO ESCRITO AGORA POSSA SE TRANSFORMAR em palavras faladas e que possam chegar direto ao seu coração.

Saudades...

Se não conseguir no amor a primeira vista, não vá para o segundo, e sim, insista no primeiro.

Jamais entregue suas cartas sem ver a reação de seus oponentes ao abrir as cartas deles. As vezes um blefe muda nossa vida.

Os inteligenmtes aprendem.
Os genios criam