Coleção pessoal de landipaula

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Garçon
Me traga aquela cana quente, que desce cortando, mas que vai direto sarar esse meu penar.
Não esqueça do guarda napo, pra eu por na mesa e não molhar tudo de cerveja quando eu começar a lembrar... chora...
Seu eu me comportar e não te amolar, chame o taxi pra me levar, mas se eu não for de todo agrado, me deixe aqui largado, juro não levar daqui nada, so a graça que a solidão minha companheira pode me dar.
Não esquece de trazer o tira gosto mais sem gosto, so pra deixar o amargo da bebida e sicatrizar a ferida que ela me fez, so por me beija.
Te falo mais,amigo, todos corremos perigos se um dia pensarmos em se apaixonar... pior é quando o monstro nos dá um certo foco, tem voz mansa e consegue nos amansar.
É tão diferente que surpreende a gente no jeito tão simplório de nos dominar. Depois como covarde, nos deixa com uma certa ânsia de alarde e nos expulsa sem pensar, nos mostrando a parte mais dura do que é amar.

quem sonha não cansa, quem vive não descansa.

Pobre homem Rico
que põe valor as coisas.
Rico homem Pobre
que tira de cada coisa seu valor.

A dificuldade de pensar.

pensando bem, quase ninguém é alguem? ou alguém é quase ninguém? ninguém pensando bem é alguém ou alguém pensando bem é nada? alguém pensando bem é alguem? ou alguem pensando nada é ninguém? pensando nada bem? alguém bem pensado e ninguém bem pensando. ou alguém bem pensando? ninguém pensando nada. inclusive você.

tum tum... tum tum... tum, tum... tum... tum tum... tum... tum, tum... tum... pííííííí.

porque morrer é simples de modo que todos saibam o que é, e como descrever, o que não sabem mesmo é como entender. Por outro lado tão complexo, ma(i)s tão complexo que talvez, um dia, alguém consiga entenda e explicar ao mesmo tempo.

Se prender apenas a objetivos, é assinar a própria sentença. Quando estiverem prontos, o que fazer? Se prender as pessoas é pedir pra ser torturados por mentiras e traições. Pessoas são falhas, por que confiar? E quanto mais você, desprende de tudo, mais preso a ti mesmo ficas, como uma prisão sem janelas e sem paredes, com um horizonte amplo. Você vai pra todos os lugares entretanto, estais preso a ti e te torturas nas coisas mais banais. A esse nível, nada te prende, só tu a ti mesmo. Sem motivos, objetivos ou razões, padeces e cai. Uns dizem que tu sobes. Acredito eu embora, que vais para alem do mar, conhecer o infinito de tuas sensações terrenhas.

o que eu não pensei ainda, é o que me faz pensar.

perguntas movem o mundo, perguntas são problemas, eu soluciono problemas, logo, eu movo o mundo com minhas soluções, porque meus problemas só me movem.

maria mariazinha
você me fez ciradar
você deu só meia volta
a outra você me deixou la
o coração que tu me deu
era de pedra e esfarelou
o mal que tu me fizeste
foi demais, mas, acabou.

O inferno são os outros.

A minha vontade é forte, porém minha disposição de obedecer-lhe é fraca.

Aprenda a chamar a polícia...

Eu tenho o sono muito leve, e numa noite dessas notei que havia alguém andando sorrateiramente no quintal de casa. Levantei em silêncio e fiquei acompanhando os leves ruídos que vinham lá de fora, até ver uma silhueta passando pela janela do banheiro. Como minha casa era muito segura, com grades nas janelas e trancas internas nas portas, não fiquei muito preocupado, mas era claro que eu não ia deixar um ladrão ali, espiando tranqüilamente.

Liguei baixinho para a polícia, informei a situação e o meu endereço.

Perguntaram-me se o ladrão estava armado ou se já estava no interior da casa.
Esclareci que não e disseram-me que não havia nenhuma viatura por perto para ajudar, mas que iriam mandar alguém assim que fosse possível.

Um minuto depois, liguei de novo e disse com a voz calma:

— Oi, eu liguei há pouco porque tinha alguém no meu quintal. Não precisa mais ter pressa. Eu já matei o ladrão com um tiro da escopeta calibre 12, que tenho guardada em casa para estas situações. O tiro fez um estrago danado no cara!

Passados menos de três minutos, estavam na minha rua cinco carros da polícia, um helicóptero, uma unidade do resgate , uma equipe de TV e a turma dos direitos humanos, que não perderiam isso por nada neste mundo.

Eles prenderam o ladrão em flagrante, que ficava olhando tudo com cara de assombrado. Talvez ele estivesse pensando que aquela era a casa do Comandante da Polícia.

No meio do tumulto, um tenente se aproximou de mim e disse:

— Pensei que tivesse dito que tinha matado o ladrão.

Eu respondi:
— Pensei que tivesse dito que não havia ninguém disponível.

Era uma vez... numa terra muito distante... uma princesa linda, independente e cheia de autoestima.
Ela se deparou com uma rã enquanto contemplava a natureza e pensava em como o maravilhoso lago do seu castelo era relaxante e ecológico...
Então, a rã pulou para o seu colo e disse: linda princesa, eu já fui um príncipe muito bonito.
Uma bruxa má lançou-me um encanto e transformei-me nesta rã asquerosa.
Um beijo teu, no entanto, há de me transformar de novo num belo príncipe e poderemos casar e constituir lar feliz no teu lindo castelo.
A tua mãe poderia vir morar conosco e tu poderias preparar o meu jantar, lavar as minhas roupas, criar os nossos filhos e seríamos felizes para sempre...
Naquela noite, enquanto saboreava pernas de rã sautée, acompanhadas de um cremoso molho acebolado e de um finíssimo vinho branco, a princesa sorria, pensando consigo mesma:
- Eu, hein? Nem morta!

Roberto morreu
É, assim como vocês leram
Roberto morreu
E morreu da maneira mais agradável possível
Se bem que acho que a morte não tem faces agradáveis
Roberto morreu dormindo
Roberto não era famoso, mas era divertido e tinha amigos
Era sucedido no que fazia e aparentava ser feliz
Trabalhador digno, ganhava pouco e fazia tudo em silencio
As vezes sua presença perturbava algumas pessoas
Mas ainda assim era querido pela vizinhança e por minha família
Tinha cor escura e voz meio roca e acolhedora
Roberto costumava ter barba longa meio cinza
E as vezes eu ria com ele, por encontrar migalhas de pão nela
Roberto me ensinava sobre coisas
Que nem meus professores falavam na escola
Coisas do tipo, jogar bem dama, o que era copa do mundo, frases de força
Sua infância, as primeiras revistas de mulher e os governos que ela terá visto
Quando eu ficava de castigo e não podia sair de casa
Ele ficava do outro lado da grade conversando comigo
Eu era criança quando roberto morreu
Não entendia a morte ainda, mas entendia a situação dele
Roberto, era morador de rua, hoje consigo entender o que ele me falava
Até hoje faço ele vivo
Roberto foi meu primeiro amigo e meus primeiros ensinamentos
Roberto e os milhões de Robertos é o motivo desde texto

Que me perdoem os ávidos telespectadores do Big Brother Brasil (BBB), produzido e organizado pela nossa distinta Rede Globo, mas conseguimos chegar ao fundo do poço. A décima (está indo longe) edição do BBB é uma síntese do que há de pior na TV brasileira. Chega a ser difícil encontrar as palavras adequadas para qualificar tamanho atentado à nossa modesta inteligência.
Dizem que Roma, um dos maiores impérios que o mundo conheceu, teve seu fim marcado pela depravação dos valores morais do seu povo, principalmente pela banalização do sexo. O BBB 10 é a pura e suprema banalização do sexo.
Impossível assistir ver este programa ao lado dos filhos. Gays, lésbicas, heteros... todos na mesma casa, a casa dos “heróis”, como são chamados por Pedro Bial. Não tenho nada contra gays, acho que cada um faz da vida o que quer, mas sou contra safadeza ao vivo na TV, seja entre homossexuais ou heterosexuais. O BBB 10 é a realidade em busca do IBOPE.
Veja como Pedro Bial tratou os participantes do BBB 10. Ele prometeu um “zoológico humano divertido” . Não sei se será divertido, mas parece bem variado na sua mistura de clichês e figuras típicas.
Se entendi corretamente as apresentações, são 15 os “animais” do “zoológico”: o judeu tarado, o gay afeminado, a dentista gostosa, o negro com suingue, a nerd tímida, a gostosa com bundão, a “não sou piranha mas não sou santa”, o modelo Mr. Maringá, a lésbica convicta, a DJ intelectual, o carioca marrento, o maquiador drag-queen e a PM que gosta
de apanhar (essa é para acabar!!!).
Pergunto-me, por exemplo, como um jornalista, documentarista e escritor como Pedro Bial que, faça-se justiça, cobriu a Queda do Muro de Berlim, se submete a ser apresentador de um programa desse nível. Em um e-mail que recebi há pouco tempo, Bial escreve maravilhosamente bem sobre a perda do humorista Bussunda referindo-se à pena de se morrer tão cedo. Eu gostaria de
perguntar se ele não pensa que esse programa é a morte da cultura, de valores e princípios, da moral, da ética e da dignidade.
Outro dia, durante o intervalo de uma programação da Globo, um outro repórter acéfalo do BBB disse que, para ganhar o prêmio de um milhão e meio de reais, um Big Brother tem um caminho árduo pela frente, chamando-os de heróis. Caminho árduo? Heróis? São esses nossos exemplos de heróis?
Caminho árduo para mim é aquele percorrido por milhões de brasileiros, profissionais da saúde, professores da rede pública (aliás, todos os professores) , carteiros, lixeiros e tantos outros trabalhadores incansáveis que, diariamente, passam horas exercendo suas funções com dedicação, competência e amor e quase sempre são mal remunerados.
Heróis são milhares de brasileiros que sequer tem um prato de comida por dia e um colchão decente para dormir, e conseguem sobreviver a isso todo santo dia.
Heróis são crianças e adultos que lutam contra doenças complicadíssimas porque não tiveram chance de ter uma vida mais saudável e digna.
Heróis são inúmeras pessoas, entidades sociais e beneficentes, ONGs, voluntários, igrejas e hospitais que se dedicam ao cuidado de carentes, doentes e necessitados (vamos lembrar de nossa eterna heroína Zilda Arns).
Heróis são aqueles que, apesar de ganharem um salário mínimo, pagam suas contas, restando apenas dezesseis reais para alimentação, como mostrado em outra reportagem apresentada meses atrás pela própria Rede Globo.
O Big Brother Brasil não é um programa cultural, nem educativo, não acrescenta informações e conhecimentos intelectuais aos telespectadores, nem aos participantes, e não há qualquer outro estímulo como, por exemplo, o incentivo ao esporte, à música, à criatividade ou ao ensino de conceitos como valor, ética, trabalho e moral. São apenas pessoas que se prestam a comer, beber, tomar sol, fofocar, dormir e agir estupidamente para que, ao final do programa, o “escolhido” receba um milhão e meio de reais. E ai vem algum psicólogo de vanguarda e me diz que o BBB ajuda a "entender o comportamento humano". Ah, tenha dó!!!
Veja o que está por de tra$$$$$$$$$ $$$$$$$ do BBB: José Neumani da Rádio Jovem Pan, fez um cálculo de que se vinte e nove milhões de pessoas ligarem a cada paredão, com o custo da ligação a trinta centavos, a Rede Globo e a Telefônica arrecadam oito milhões e setecentos mil reais. Eu vou repetir: oito milhões e setecentos mil reais a cada paredão.
Já imaginaram quanto poderia ser feito com essa quantia se fosse dedicada a programas de inclusão social, moradia, alimentação, ensino e saúde de muitos brasileiros?
(Poderia ser feito mais de 520 casas populares; ou comprar mais de 5.000 computadores )
Essas palavras não são de revolta ou protesto, mas de vergonha e indignação, por ver tamanha aberração ter milhões de telespectadores.
Em vez de assistir ao BBB, que tal ler um livro, um poema de Mário Quintana ou de Neruda ou qualquer outra coisa..., ir ao cinema..., estudar... , ouvir boa música..., cuidar das flores e jardins... , telefonar para um amigo... , visitar os avós... , pescar..., brincar com as crianças... , namorar... ou simplesmente dormir. Assistir ao BBB é ajudar a Globo a ganhar rios de dinheiro e destruir o que ainda resta dos valores sobre os quais foi construído nossa sociedade.

Os homens distinguem-se pelo que fazem; as mulheres, pelo que levam os homens a fazer.

O homem vangloria-se de ter imitado o voo das aves com uma complicação técnica que elas dispensam.

O mundo é grande e cabe nesta janela sobre o mar.
O mar é grande e cabe na cama e no colchão de amar.
O amor é grande e cabe no breve espaço de beijar.

Há campeões de tudo, inclusive de perda de campeonatos.