Coleção pessoal de kikoarquer

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⁠Quando eu morrer,
quero resmungar algo
que eu iria fazer.

⁠Sabe a vida que me cabe?
É chorar os nãos
até que eles acabem.

⁠Me sinto importante quando ponho sigla nas coisas.
MSI, QPSC.
O outro não precisa entender,
sou dinâmico, tô por dentro, e VSFdê.

⁠Sonho com uma escola que não ensine, e sim, com uma escola que seja o aprendizado. Uma escola com conhecimento nos espaços e nas interações com todos. Um local para viver com vontade de aprender, de pertencer, de Ser .... e quem sabe, poderá até mesmo haver conhecimento nas aulas também.

⁠Esperei dar 8 horas para te mandar um beijo.
desde cedinho tô com você em mim.
Ops, deu 8:01,
meu beio atrasou.
Então dou dois.
Ops, 8:02,
dou mais.

⁠Nado n'água graxa
da lagoa d'água.
O lixo alga entre os dedos do pé
me musga a pele
me anágua um abuso nojo
e sou deflorado no chulé

⁠Rimo por dó
da palavrinha se sentir só.
Tenho medo que ela se ache incapaz, que não mereça ninguém mais.
Um oi sem resposta?
Ah,comigo não!
Aqui ela dá a mão,
e se tripudia no palavrão
bosta.

Nunca tive uma vida certa.
Gostei tanto da curva,
que rolei na reta.

⁠O sapato amarelo

Eu planejei comprar um sapato amarelo amanhã,
mas hoje ganhei um vermelho.

Recebo o carinho de quem me deu o vermelho,
e não comprarei mais o amarelo,
pois agora já tenho um sapato novo.

Pra quê ter tantos pares se só tenho dois pés?

Meu boné me deixa bonito e combinaria muito com o sapato amarelo,
mas não com o vermelho.

Boné e sapato vermelho, nada a ver.

Visto o vermelho e mostro que respeito o carinho de quem me presenteou.
Mostro, mostro e me mostro.
Ponho na gaveta o boné,
abandono o sonho do sapato amarelo,
e assim deixo de lado o desejo de construir a mim mesmo.

⁠Um oi de mim
é um oi só de mim.
É só um oi daqui.
Já um oi de lá,
vem com outro ar,
é oi igual,
mas tá mais pra olá

⁠É Procon numa, protocolo em outras.
Sem atendimento, sem valia.
Consumidor quitado, mas sem regalia.
E de repente, me olho daqui,
Uma estrela avaliada, uma vala com ladras,
Reclamando do próprio Reclame Aqui.

⁠Para um bem entediante,
meia palavra bosta.

⁠Depois do meu "oi",
um "quem é vivo sempre aparece!"

Mas eu nunca estive sumido,
nem mesmo aparecido.

Por fim, como eu lido?

Ah, agora sim,
dessa vez, apenas desapareci.

⁠⁠Haja viagem que viaja em si,
essas eu viví.
Vi a parede enredar a aranha
e a pele respirar o ar manhã.

⁠É da natureza da flor
achar tudo insuficiente.
Condição do espinho,
seu machucar que prende.

⁠Quando caetanei praquele menino
que a realidade é o avesso do avesso
do avesso do avesso.
- Qual realidade?- foi adverso,
e fez-se travesso
num meu novo inverso.

⁠No tapa da rejeição
um olhar tão longe
de quem coleciona o não.

⁠Na minha fé muda,
a minha sede
pra parede mudar de cor,
me moldará apenas
co'mum excelente torcedor.

⁠No sempre tentar,
o sempre é minha tentação,
Vingança velada
de quem se levanta
acariciando o chão.

⁠D'tanto me cobrarem,
cobri-me d'desgosto.
Não me aceito c'ndo
cobrador q'levanta,
nem ando me v'ndo
cobrado no encosto.