Coleção pessoal de kethrayane

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Vontade de me ninar, de me colocar no colo e dizer: ‘calma, calma vai ficar tudo bem! Tá doendo, mas vai passar você sabe que qualquer hora ou dia desses passa’. Vontade de me cuidar e nem pensar no resto, vontade de alisar meus cabelos e massagear minhas costas, vontade de sentir meu amor próprio meu cuidado próprio, vontade de não me colidir, de não me machucar, vontade de Te amar e Te ver me amando, vontade de olhar pro céu, vontade de fazer tudo dentro dos meus braços, abraço, conforto, cuidado. Não quero falsa atenção e não tem ninguém melhor do que eu mesma pra me dar cuidados verdadeiros. Vontade de chorar até o dia amanhecer, vontade de me fazer rir até a barriga doer, vontade de ser menos dramática, vontade absurda de me chamar de pequena e me sentir como tal, vontade de perguntar se eu tô bem, vontade de ficar bem, vontade mesmo de ser minha melhor companhia.

Não suporto a ideia da falta de atenção das pessoas com o que anda acontecendo comigo, e não é de qualquer pessoa que falo (ok, ok sou exagerada), são aquelas a quem eu faço questão de que não sofram só, de que não leve o mundo nas costas sozinhas, aquelas que faço questão de que não vivam só. Não é questão de cobrança ou coisa do tipo, mas aquela história bonitinha que se diz: ‘Estou aqui pro que der e vier’. Tá bem, então vamos lá, porque eu tenho tentado fazer minha parte, mas nenhum relacionamento vai pra frente com um lado só tentando erguer, funciona com divisão de tarefas todo mundo trabalhando, plantando e colhendo.

Eu passaria a noite toda te admirando, sem esforço! Notando o que mudou o que há alguns anos não estava presente. Notando a cor da tua pele, a cor dos teus olhos, o contorno dos teus lábios, vasculhar você dos pés a cabeça, sem perder nada de vista. Não teria coragem de me ausentar dos teus contos, encantos e não permitiria mais nossa ausência. Ficaria observando tua forma de falar (que pra constar, eu acho linda), tua forma de me olhar, de me deixar bem, teu jeito de rir e de me fazer rir. Iria ouvir tuas histórias como quem se deleita ao ouvir um poema de Vinicius de Morais, e recitaria pra você um trecho de um dos poemas do queridinho que citei, que tão lotado da realeza do amor escreveu: “Tomara que você volte depressa que você não se despeça nunca mais do meu carinho e chore, se arrependa e pense muito que é melhor se sofrer junto que viver feliz sozinho” . Toda a atenção que te cabe será tua, não permitirei abandono de solicitude, e te acompanharei de agora em diante até onde quiseres, e se ressaltares que o teu querer é pra eternidade, eu também estarei disposta.

O meu mundo não é como o dos outros, quero demais, exijo demais; há em mim uma sede de infinito, uma angústia constante que eu nem mesma compreendo, pois estou longe de ser uma pessimista; sou antes uma exaltada, com uma alma intensa, violenta, atormentada, uma alma que não se sente bem onde está, que tem saudade… sei lá de quê!

Nunca fui como todos
Nunca tive muitos amigos
Nunca fui favorita
Nunca fui o que meus pais queriam
Nunca tive alguém que amasse
Mas tive somente a mim
A minha absoluta verdade
Meu verdadeiro pensamento
O meu conforto nas horas de sofrimento
não vivo sozinha porque gosto
e sim porque aprendi a ser só...

Hoje tirei da caixinha a única recordação tua, a única que me restou, a única que há tanto tempo não me deixou. Pra muitos é um simples pedaço de madeira, mas pra mim é um pedacinho de ti, é ele mesmo, aquele exímio brinco - de madeira, da minha cor predileta (vermelho) -. Agente demorou um bocado de tempo pra escolher, você lembra? Experimentei muitos, nenhum te agradava (pra ser sincera, nem a mim), nenhum era bom o bastante, pra todos você soltava uma careta acompanhada de um sorriso, que me levava a rir também. Quando finalmente agente encontrou e eu o coloquei, sua mão percorreu da raiz do meu cabelo, passando pela minha orelha (e consequentemente pelo brinco), descendo pela minha bochecha e finalizando no meu queixo. Juntando teu toque, com aquele sorriso bobo eu tinha certeza que me apaixonaria, meus olhos te entregaram tudo. Foi uma noite estonteante, agente conversou sobre você, sobre mim, sobre nós, sobre tudo. Mesmo tendo de enfrentar a volta longa pra casa, caminhamos durante uns 40 minutos abraçados (acho que foi o medo de nos perder, de nos esquecer na virada de uma daquelas esquinas), nós nem sentimos a demora, estávamos bem acompanhados, nós riamos, gritávamos, fofocávamos, fazíamos a ponte da criancice à velhice. Depois de umas taças de vinho, eu estava te sustentando e mesmo assim você me vira, me olha nos olhos e diz: ‘Eu estou completamente lucido mocinha, amanhã eu vou me lembrar de tudo, cuidado com o que vai falar pra mim.’ Não adiantou me intimidar, já tinha revelado coisas demais e não tinha como voltar atrás. Foram os 40 minutos mais lindos que vive, e se quer saber andaria eternamente se você claro fosse minha companhia, meu confidente, meu amigo, meu companheiro. Meu Amor!