Coleção pessoal de kellykerida

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ESPERA
(18/03/2007)

Tenho agora o meu coração em ebulição.
Penso, penso, penso...
Nada mais posso fazer que pensar,
Além de sonhar...
E, sonho tanto,
Mas, felizmente, os sonhos têm se desviado
E os meus pensamentos expirado.
Mesmo assim, é ainda enorme o seu espaço.
Incomoda a cabeça, incomoda todo mundo
E, às vezes, eu não sei o que fazer,
Além de esperar, esperar, esperar...
Tem dado certo, visto que sua imagem tem se desfeito
Na íris dos meus olhos castanhos.
E eu vejo a solidão e vejo o medo chegar bem pertinho...
Ah, tão difícil é enganar um coração!

EU...
Não me deixe esperando, eu não gosto; mas não esteja pronta meia hora antes, ansiedade atrapalha. Sua calma me faz querer estar com você, mas sabe...vamos correr e cair? Eu te ajudo a levantar; mas se for em uma poça de lama, antes eu dou risada de você. Não se preocupe, preocupação não é eficaz e ti torna uma má companhia para mim. Pense em mim! Mas pense mais em você, tente manter o sorriso sempre que eu me atrapalhar (sou um bobo), e se possível, seja outra boba também.

Adoro seu jeito decidido, e não ti acho fraca quando fica confusa, posso lhe oferecer um conselho...sou seu companheiro! E saibamos mesclar nossa amizade, pois ela me faz confiar meus momentos únicos. Sim, você é minha melhor amiga. Gosto de fazer surpresa, então permita que eu as faça; me iluda sempre que possível, mas nunca deixe o começo parecer mentira. A propósito, jamais minta para mim caso você não tenha um ótimo motivo; eu confio em você, já disse. Não me escute, não me leve a sério, não me elogie e não confie em mim, assim você saberá como não estou mais ao seu lado. Mas esqueça isso, sei que é você.

Tenho costume de querer pensar, mas isso não me impede de ser impulsionado, então peço que tenha paciência comigo. E quando eu errar me abrace e não pergunte nada, porque eu farei o mesmo. Não se assuste caso você não me decifre, nem busque em livros a explicação sobre nós, porque não podemos ser descritos. Nunca esqueça sua delicadeza, ela é fantástica e sexy; mas não se faça de um vidro intocável, eu gosto de ti sentir! Caso eu olhar para outra, não se preocupe, sou homem, mas preciso olhar para um momento meu, um momento: “Não há outra igual a você, minha amada”.

E quando ler algo meu, não estranhe caso eu diga que nada ainda disse, você sabe que me embaralho com palavras. E por favor, sonhe comigo e não tente ser igual a mim, gosto de você do jeito que você é.

Embora não confesse abertamente...um dia quero poder escrever no céu: “Tenho experimentado Te Amar, há muito tempo.”

Cocotinhos

Se não te fiz mal até agora, não é daqui pra frente que irei fazer.
Se já faz parte da minha história, agora é impossível te esquecer.
Se vai estar pra sempre em minha memória chegou a hora de te dizer
que se for pra mim sentir derrota, prefiro morrer a ter que te perder.

Como que posso me livrar da solidão, se só me restam cacos de coração?
Já tentei te esquecer pra não mais sofrer, mas ainda quero te ter.
Como que posso me livrar dessa dor se o nome do que eu sinto é AMOR?
Estou num oceano, não avisto o farol, a alegria se foi junto ao pôr-do-sol.

Vivi instantes de felicidade mas momentos não duram a vida inteira,
se vou te amar por toda eternidade, por que não me ama da mesma maneira?
Já não podaria mudar de cidade, a calmaria chega e é passageira,
estando longe morrerei de saldade, você é a chuva que me apaga, fogueira.

Como que posso revelar a verdade se o que me oferece é sua amizade?
Ficar calada não me é normal, se comecei vou até o final.
Como que posso deixar de te amar se sem você não sei nem respirar?
O que me resta é infelicidade, minhas lágrimas caem junto à tempestade...

Ingênuo Inverso...

Você, ingênua criança
Não descobriu o perigo que é amar,
Ainda nem imaginas,
Quanto o amor irá te machucar.

Eu, inverso do seu verso
Trago no olhar mil horizontes desconhecidos,
No continente de minha alma.
Alma de quem não ama,
Por ter se perdido por tanto amar.

Você, que imagina percorrer
Distâncias imensuráveis,
Para adentrar em meu coração,
Frio, maltratado, duro
Como uma pedra pontiaguda,
Que fere, mata e maltrata.

Eu, apenas um choro esquecido
Com olhos de lágrimas molhados,
Por seu amor ter perdido,
Pelo medo que tive,
De entregar-me a ti.

Você, por onde andas não sei
Alguns dizem ter enlouquecido,
Outros que já voltaste a amar,
A verdade só saberei
Se um dia que te encontrar.

Como o perigo de desagradar provém principalmente da dificuldade em avaliar quais as coisas que se notam e quais as que não são notadas, pelo menos por prudência nunca deveria a gente falar de si mesmo, pois esse é um tema em que seguramente a nossa visão e a alheia não coincidem nunca.
Ao mau costume de falar de si mesmo e dos próprios defeitos, cumpre acrescentar, como formando bloco com o mesmo, esse outro hábito de denunciar nos carácteres alheios defeitos análogos aos nossos. E constantemente estamos a falar nos referidos defeitos, como se fora uma espécie de rodeio para falar de nós mesmos, em que se juntam o prazer de confessar e o de absolvermo-nos.

São demais os perigos desta vida
Para quem tem paixão principalmente
Quando uma lua chega de repente
E se deixa no céu, como esquecida
E se ao luar que atua desvairado
Vem se unir uma música qualquer
Aí então é preciso ter cuidado
Porque deve andar perto uma mulher...

Por que será?

Por que será
Que eu ando triste por te adorar?
Por que será
Que a vida insiste em se mostrar
Mais distraída dentro de um bar
Por que será?

Por que será
Que o nosso assunto já se acabou?
Por que será
Que o que era junto se separou
E o que era muito se definhou
Por que será?

Eu, quantas vezes
Me sento à mesa de algum lugar
Falando coisas só por falar
Adiando a hora de te encontrar

É muito triste
Quando se sente tudo morrer
E ainda existe o amor
Que mente para esconder
Que o amor presente
Não tem mais nada para dizer
Por que será?

Deixa acontecer

Ah, não tente explicar
Nem se desculpar
Nem tente esconder
Se vem do coração
Não tem jeito, não
Deixa acontecer

O amor é essa força incontida
Desarruma a cama e a vida
Nos fere, maltrata e seduz
É feito uma estrela cadente
Que risca o caminho da gente
Nos enche de força e de luz

Vai debochar da dor
Sem nenhum pudor
Nem medo qualquer
Ah, sendo por amor
Seja como for
E o que Deus quiser

O amor da minha vida eu encontrei, tem nome, é de carne e osso, e me ama também. Agora falta encontrar alguém com quem possa me relacionar. É que o homem da minha vida não cabe em mim e eu não caibo nele. Não basta que a gente se queira há muitos anos. Não basta nossos namoros longos, os rompimentos e a teimosia de desejar mais daquilo que não há de ser. Não presta que ele me visite pra acabar com as saudades e fuja correndo de pernas bambas e um bumbo no peito. Não importa que eu esqueça meu nome depois, nem que me perca num oco, ou que os sentimentos corram de ambos os lados, intensos e desarvorados. Não basta que haja amor para se viver um amor. Eu e ele somos as cruzadas da idade média, o Osama e o Tio Sam, o preto e o branco da apartheid, o falcão e o lobo, o Feitiço de Áquila. Seus mistérios me perturbam e minha clareza o ofusca. Tenho fascínio pelo plutão que ele habita, e ele vive intrigado por minha vênus, mas quando eu falo vem, ele entende vai. Enquanto ele avista o mar eu olho pra montanha. Quando um se sente em paz o outro quer a guerra. É preciso me traduzir a cada centímetro do caminho enquanto ele explica que eu também não entendi nada. Discordamos sobre o tempo, o tamanho das ondas, a cor da cadeira. O desacerto é de lascar, e não há cama que resista a tantas reconciliações - um dia a cama cai.

Esta semana fui ver a Ópera do Malandro em cartaz no Rio de Janeiro. Se o Chico Buarque nunca mais tivesse feito outra coisa na vida, ainda assim teria de ser imortalizado pelas alturas em que transita sua poesia nesta obra. Como ando as voltas com assuntos de amor, prestei atenção na cafetina Vitória que, do alto de sua experiência, ensinava: O amor jamais foi um sonho, o amor, eu bem sei, já provei, é um veneno medonho. É por isso que se há de entender que o amor não é ócio, e compreender que o amor não é um vício, o amor é sacrifício, o amor é sacerdócio.

Mais adiante Terezinha, a heroína quase ingênua, sofria:

Oh pedaço de mim, oh metade arrancada de mim, leva o vulto teu, que a saudade é o revés de um parto, a saudade é arrumar o quarto do filho que já morreu. Leva o que há de ti, que a saudade dói latejada, é assim como uma fisgada no membro que já perdi.

Naquela noite, inspirada pelo Chico, voltei pra casa decidida - não quero mais o amor da minha vida ocupando o lugar de amor da minha vida. Venho portanto, pedir a ele publicamente, que libere a vaga. É com você mesmo que estou falando, você aí, que se instalou feito um posseiro dentro do meu coração, faça o favor de desinstalar-se. Xô. Há de haver um homem bom, me esperando em alguma esquina desse mundo. Um homem que aprecie o meu carinho, goste do meu jeito, fale a minha língua, e queira cuidar de mim. As qualidades podem até variar, mas aos interessados, se houver, vou avisando; existem defeitos que considero indispensáveis.

Meu amor tem de ter uns certos ciúmes, e reclamar quando eu precisar viajar pra longe. Pode se meter com minha roupa, com corte do cabelo, e achar que sou distraída e não sei dirigir. Quando ficar surpreso de eu ter chegado até aqui sem ele, afirmarei sem ironia, que foi mesmo por milagre. Este homem deve querer nosso lar impecável, com flores no jarro, e é imperativo que faça tromba quando não estiver assim. Ele irá me buscar no trabalho e levará direto pra casa, nada de madrugadas na rua! Desejo enfim que meu amor me reprima um pouco, e que me tolha as liberdades - esse vôo alucinante e sem rumo, anda me dando um cansaço danado.

Cadê você?
Que sabe me fazer feliz?
Cadê você?
Que mesmo na maior loucura, consegue me entender?
Cadê você?
Que me faz às vezes fazer mesmo drama... afinal sou alguém que te ama!
Cadê você?
Motorista do meu barco
Que me deixa com sorriso largo
Que me faz a toda hora
Achar sua ausência muita demora...
Cadê você, meu anjo?
Que me chama de anjo meu
Cadê você?
Cadê?
Cadê?

Você existe

Se é Natal...
Por que ficar triste?
Se deixe levar...
Pela magia que no ar existe!

Se o bom velhinho
Vem ou não vem
Só o fato de você existir
Já é um grande bem...

Seja alegre e não triste...
Pelo simples fato
De que “você existe”...

Rico, pobre, gordo, magro...
Baixo, alto, feio, bonito...
Escuta o que te digo...

Você é único...
E a certeza deve sempre ter
Jesus te dá a chance
A grande chance de viver...

Seu Natal não pode ser triste
Pela alegria de que “você existe”
Então não se sinta mal...
Se solte e... Feliz Natal...

Você

Quando eu escrever, que seja sobre você
Quando eu pensar, que seja em você
Quando eu for acordado, que seja por você
Por que quando abro os olhos és tudo que vejo
Pois és tudo o que almejo um dia conquistar

Mas às vezes me pergunto
Se esse momento algum dia vai chegar

Pois tenho medo de ter que procurar,
E um outro você conhecer,
Admirar, vigiar, desejar
E então sobre ela escrever

Porém uma certeza posso ter
Quando eu escrever, será sempre sobre você.

Ninguém me canta
como você
ninguém me encanta
como você
nem me vê
do jeito
que só você
de que adianta
ter olhos
e não saber ver
ter voz
mas não ter o que dizer
digam o que disserem
façam o que quiserem
ninguém diz
ninguém vê
ninguém faz
como você
ninguém me canta
ninguém me encanta
como você.

Eu vivo assim

Eu vivo assim...
Feliz por ter você,
ainda que hoje tão somente em pensamentos.
Eu vivo assim...
Triste, a te esperar,
sem saber quando vais voltar
e em teus braços conquistar
todo o colorido de meu ser,
todo amor que existe em seu olhar a me encantar.
Tu és o motivo de tanta emoção,
de gratidão pelo amor que sinto,
dor que rasga meu coração,
esperança viva para viver assim...
Eu vivo assim...
Por que não me vens aquietar,
descansar meu coração?
Um sentimento duvidoso sisma
em me perguntar qual o motivo
de tanto te amar;
E por mais que eu queira
pensar em te esquecer,
tal esforço me faz
mais e mais te querer!
Não tenho razão para tirar razão de te amar...
Eu vivo assim...para te amar, te amar...
E só por você todos os dias me encantar!!!

GOSTO DE GENTE

Gosto de gente com a cabeça no lugar...
de conteúdo interno, idealismo nos olhos e dois pés no chão da realidade.
Gosto de gente
que ri, chora, se emociona com uma simples carta, um telefonema.
Gosto de gente que se emociona com uma canção suave, um bom filme, um bom livro, um gesto de carinho, um abraço de afago.
Gente que ama e curte saudades, gosta de amigos, cultiva flores, ama os animais,
admira paisagens, poeira e escuta.
Gente que tem tempo
para sorrir bondade, semear perdão, repartir ternura, compartilhar vivências...
Gente que tem tempo
para dar espaços para as emoções dentro de si, emoções que fluem naturalmente de dentro do seu ser.
Gente que gosta de fazer
coisas que gosta, sem fugir dos compromissos difíceis e inadiáveis, por mais desgastantes que sejam.
Gente que colhe,
orienta e se entende, aconselha, busca a verdade e quer sempre aprender,
mesmo que seja de uma criança, de um pobre, de um analfabeto.
Gosto de gente
de coração desarmado, sem ódio e preconceitos baratos, com muito amor dentro de si.
Gente que erra e reconhece,
cai e se levanta, apanha e assimila os golpes, tirando lições dos erros e fazendo redentora suas lágrimas e sofrimentos.
Gosto muito de gente assim...
e desconfio que é desse tipo de gente que DEUS também gosta.

Sumi porque só faço besteira em sua presença, fico mudo
quando deveria verbalizar, digo um absurdo atrás do outro quando
melhor seria silenciar, faço brincadeiras de mau gosto e sofro
antes, durante e depois de te encontrar.
Sumi porque não há futuro e isso não é o mais difícil de
lidar, pior é não ter presente e o passado ser mais fluido que o ar.
Sumi porque não há o que se possa resgatar, meu sumiço é
covarde mas atento, meio fajuto meio autêntico, sumi porque
sumir é um jogo de paciência, ausentar-se é risco e sapiência,
pareço desinteressado, mas sumi para estar para sempre do seu
lado, a saudade fará mais por nós dois que nosso amor e sua
desajeitada e irrefletida permanência.

Penso noventa e nove vezes e nada descubro; deixo de pensar, mergulho em profundo silêncio – e eis que a verdade se me revela.

Saudade é solidão acompanhada,
é quando o amor ainda não foi embora,
mas o amado já...

O verdadeiro amor não é aquele
que se alimenta de carinho e beijos
mas sim aquele que suporta a renúncia e
consegue viver na saudade.

Ela é assim, é o jeito dela. Analisa todos os fatos, com detalhes, repara nas sombras e nos rastros. Não confia em qualquer um. Ama os próximos, mas não expressa os seus sentimentos. Ela é fechada, guarda tudo para si.
Não se ilude, confia em si mesma, não acredita em contos de fadas, mas sim em um final feliz.