Coleção pessoal de KatianaSantiago

21 - 40 do total de 324 pensamentos na coleção de KatianaSantiago

ADIAR

Adiar alegrias é como guardar para mais tarde toda poesia que o coração ousou sonhar.
Adiar alegrias é juntar cada grão de qualquer triste realidade e permitir que virem miragens para nos assombrar.
Adiar alegrias é deixar de observar a anunciação que faz o dia, um espetáculo bom ou ruim, mas que ainda nos deixa vivos aqui.
Adiar alegrias é negar-se por inteiro e deixar os remendos da rotina dominar, é pautar-se pelos medos, e estranhar-se no espelho de si mesmo, buscando uma fuga que inclina a alma para qualquer lugar.
Adiar alegrias é retornar para qualquer dia, repetindo a triste sina sem alternação.
Adiar alegrias é não viver para colher o dia, é deixar de se encantar e se entregar a monotonia do tempo que nos rouba nossa juventude audaz.
Adiar alegrias é perder o momento, é sepultar a semente ao vento e depois querer colher no ar.
E no adiamento dos risos, só restará lembranças vazias e uma “embarcação naufragada” que a duras custas ficou abandonada, esquecida, suspira e ainda é inspirada e reflete sobre as cargas sustentadas, trazidas e levadas pelo porto do coração que se perderam, mas apenas no”alto mar” da distração.

Katiana Santiago

Cada ilusão é única na candura de quem sonha.
É aldeia, porto e estação da solidão.
Em muitos sonhos dormem os vulcões em erupção que minam e sublimam vez ou outra pelo esconderijo inseguro da inquietação.
Não se concebe a fraqueza pela incerteza que trás um coração, nem um ato é pensado quando há o mover de uma paixão.
Nenhum amor é seguro, nem é tecido de certezas é escravo das lonjuras, das inconstâncias que o permeiam.
É a ausência que sonha, é a falta que inspira, é a tragédia grega do amor que norteia a vida!

Voltar no tempo...
Só em pensar tenho enfado no pensamento
Mas não é de descontentamento
Há alegrias saudáveis, lembranças douradas e relíquias amadas guardadas no labirinto do entendimento.
Só de sentir a vida em seu desdobramento sinto que estou no meu melhor momento
E é no encanto que se encanta meu encantamento do que está por vir trazido pelo coração...
Há conflitos conflitantes que das cinzas dão o aprendizado e da solidão a canção, Sacia a velha sede no alto mar da distração.
Não há uma latitude ou longitude que mensure o amor de uma intenção
É pouso, depois é inquietação.
A fortaleza se perde na fraqueza que aprisiona a paixão
Não se conforma nos mares calmos, só nas turbulentas mares que navegam a própria ilusão.
Eis a morada da paixão que vez ou outra tem a companhia de um amor da estação...
Katiana Santiago

Freud de fato foi um homem para além de seu tempo, só o livro "A Interpretação dos Sonhos" sofreu inúmeras reformulações, ele voltava atrás e revia, quando percebia que a coisa não era bem da forma como ele imaginava. Entendo a genialidade de Freud como da ordem da ousadia, ele não repetiu os jargões dos pré-freudianos que consistia em métodos atrelados a uma mudança de comportamento regada ao estilo pedagógico,ele deixou a sua marca, criou algo novo, percebeu o homem para além do sintoma, para além da doença, e é isso o "além" daquilo que aprendemos nos livros ou com a própria abordagem. A técnica sem uma percepção intuitiva que não comunga a intimidade e a humanidade do outro, é só técnica, não podemos tratar só com a técnica, do lado de lá há uma humanidade que sofre, de uma demanda de amor, coisa que Freud pontuou de forma grandiosa (Katiana Santiago)

Há um canto que se elabora como um canto gregoriano...
Na matriz da alma surgem canções, caminhos e muitos planos!
Se constroi e reconstroi cadeias e vive as euforias, pois todo dia é sempre dia na busca da“satisfação”.
A alegria é o som vida!
Devemos nascer quantas vezes for preciso,
Pois do abismo surgem essas canções.
Katiana Santiago

Os sonhos são as labaredas, são guias, eles nos sustentam para que possamos sustentar a vida!

A verdade é que só fica em nossa vida o que realmente é "verdadeiro" são tatuagens na pele,um perfume na alma,um rabisco no coração,assim é o amor que sentimos.

A libido é uma espécie de ciframento que o organismo encontra na tentativa de realizar o irrealizável, o material inconsciente clama por um escape.

É preciso abrigar o corpo, equilibrar a mente e sossegar o coração, pois nem uma procura em vida chegará ao destino, pois o homem é feito do material da inquietação...

O que somos?As vezes falta lugar no espaço para o descompasso que tenta traduzir mente e coração.
Se a procura é louca por saber quem somos, não encontrará repouso, há um “frenesi” para todas as emoções.
É preciso abrigar o corpo, equilibrar a mente e sossegar o coração, pois nem uma procura em vida chegará ao destino, pois o homem é feito do material da inquietação...

O que somos ninguém pode ser, singulares,as vezes pares, que se encontram em suas ilusões.
O que somos, traduzimos inteiros, armaduras, canduras, vulcões, trovões ou mera neblina passageira.

O que temos ninguém tem, é tão nosso, quanto nosso próprio osso estribo, tão pequeno e escondido.

Um poeta tem seus versos que emergem na agonia...São as palavras de felicidades que aranham o “quartel” da nostalgia?

O que se procura no contentamento contente se é tão inerente toda falta de um coração.
A alma é um navio que não pode aportar, deve viajar por longos mares, inquietar, inquietar...

O que se procura se ao achar perdeu-se o encanto e as curvas tão certas tornaram se em prantos de vazios inestimáveis em caixas tão grandes fechadas com a ilusão.

O que move o navio são as ondas e o ventos, assim devem ser desbravados os pensamentos, de caminhos incertos alegria e solidão...

Na procura a alma não deve ter “cura”, deve viver entre a bravura, a loucura e uma candura muito mais que pura.

O que se procura? se na forma mais obtusa a busca já destinou seu fim...
E se o navio atraca no mar e repousa para descansar, cessam as grandes navegações.

O que se procura? se na forma mais obtusa a busca já destinou seu fim...
E se o navio atraca no mar e repousa para descansar, cessam as grandes navegações.
Na procura a alma não deve ter “cura”, deve viver entre a bravura, a loucura e uma candura muito mais que pura.
O que move o navio são as ondas e o ventos, assim devem ser desbravados os pensamentos, de caminhos incertos alegria e solidão...
O que se procura se ao achar perdeu-se o encanto e as curvas tão certas tornaram se em prantos de vazios inestimáveis em caixas tão grandes fechadas com a ilusão.
O que se procura no contentamento contente se é tão inerente toda falta de um coração.
A alma é um navio que não pode aportar, deve viajar por longos mares, inquietar, inquietar...

Um poeta tem seus versos que emergem na agonia...São as palavras de felicidades que aranham o “quartel” da nostalgia?
O que temos ninguém tem, é tão nosso, quanto nosso próprio osso estribo, tão pequeno e escondido.
O que somos ninguém pode ser, singulares,as vezes pares, que se encontram em suas ilusões.
O que somos, traduzimos inteiros, armaduras, canduras, vulcões, trovões ou mera neblina passageira.
O que somos?As vezes falta lugar no espaço para o descompasso que tenta traduzir mente e coração.
Se a procura é louca por saber quem somos, não encontrará repouso, há um “frenesi” para todas as emoções.
É preciso abrigar o corpo, equilibrar a mente e sossegar o coração, pois nem uma procura em vida chegará ao destino, pois o homem é feito do material da inquietação...