Coleção pessoal de joselidias

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RECADO À MINHA AMADA

Meu amor eu só queria te dizer
Que a saudade dói no peito, e o coração
Ainda chora quando lembra o teu nome
Ainda corro pra atender o telefone
Ainda faço para Deus minha oração
Ainda peço pela tua proteção
E às vezes quando saio por aí
Perco o rumo ao me pegar pensando em ti
Perco a hora do almoço e do jantar
Perco a grana apostando no bilhar
Perco tempo pra chamar sua atenção
Mas você já se perdeu na multidão
E eu sigo meu caminho sem rancor
Eu só quero um pouco do teu amor
Eu só quero te lembrar numa canção
Eu só quero morar no teu coração
Mas o amor quando não é correspondido
Vira logo um sentimento ressentido
Eu prefiro te perder que te ver triste
Mas sem você a minha vida não existe
E eu choro ao lembrar do seu carinho
E eu choro ao me sentir sempre sozinho
E eu choro por chorar, sem ter motivo
E eu choro e neste choro eu revivo
Eu procuro neste choro o meu sorriso
Eu procuro neste inferno o paraíso
Eu procuro um novo amor pra minha vida
Mas você é minha imagem preferida
Preferida mas apenas uma imagem
Que eu amei a vida toda, que bobagem
Que bobagem perder tempo com você
Se você me pede para te esquecer
Te esquecer em vou tentar com muito ardor
Te esquecer eu vou tentar com um novo amor
Te esquecer, Meu Deus do céu, é tão difícil
Te esquecer eu sei, é um grande sacrifício
Te esquecer não sei, amor, então perdoa
Se a saudade faz doer, então que doa
Vou ficar à tua espera a noite inteira
Mas preciso trabalhar segunda-feira
Se voltar e eu não estiver, preste atenção
Pegue as chaves da porta e do portão
Você tem a chave do meu coração
Então entre sem bater, seja bem-vinda
Você continua linda, muito linda
E eu vou te amar pra sempre meu amor
E eu vou agradecer Nosso Senhor
E eu vou rezar mais uma Ave-Maria
E eu vou Lhe agradecer por este dia
Pois meu sonho agora é realidade
Pois a vida agora é só felicidade.

JOSELI DIAS

O POETINHA E A RÉGUA

O poetinha acordou
Tomado de inspiração
Quis abrir o coração
A tudo o que lhe acontecia
Quis dizer do sentimento
Da dor daquele momento
E tudo o mais que sofria

Pegou a régua o poetinha
E passou a medir os versos
Passou a contar as rimas
Que corriam no papel
E quanto mais ele contava
E quanto mais ele media
Bem mais a rima escorria
Em inspirado cordel

Mas o poetinha, coitado
Desejava ser letrado
Sonhava em ser publicado
No mais famoso jornal
E até quem sabe um dia
Entrar para a academia
E ter da sua poesia
O aplauso universal

Metrificou cada verso
Enquadrou a redondilha
Enfiou uma sextilha
Escreveu um alexandrino
E pra mostrar que era bom
Esquadrinhou cada som
Findou com um tom sobre tom
O seu trabalho mais fino

Seu poema magistral
Logo saiu no jornal
Ficou famoso afinal
E convidado à academia
Envergou o seu fardão
Seguiu toda a convenção
Mas no fundo do coração
A sua alma sofria

Era a poesia que gritava
Chorando por liberdade
Pois o poeta covarde
A mantinha acorrentada
Presa em vil estrutura
A sua essência mais pura
Perdia toda a formosura
Estava metrificada

Então o poetinha entendeu
Que o verso não era seu
E aquilo que escreveu
Não era da sua lavra
Ou era, mas não dizia
De verdade o que sentia
E que a verdadeira poesia
Não mede suas palavras

E ele jogou fora a régua
Quebrou a calculadora
E a poesia avassaladora
Lhe chegou em inspiração
Passou a noite escrevendo
E com o dia amanhecendo
O poeta foi reaprendendo
A escrever com o coração.

(Joseli Dias)

O NATAL MAIS FELIZ DA MINHA VIDA

Lembro que Papai Noel estava na esquina
Em frente àquela loja fina
Onde meninos pobres não podiam entrar
Eu sentava tristonho na calçada
E observava a loja lotada
De gente que chegava pra comprar


E via bichinhos, bolas, aviões
Fortes apaches com os seus canhões
E soldadinhos prontos para atirar
E via trens, casinhas e carrinhos
Ioiôs e jogos de botão
Mas meu pai só tinha um dinheirinho
E tudo aquilo custava um dinheirão


E o Papai Noel ali, barrigudo,
De barbas brancas e sisudo
Não dava sequer um sorriso
Mesmo assim as crianças o cercavam
E pelas portas da loja entravam
Como se estivessem indo ao paraíso


Lembro que naquele dia uma senhora
Ao tropeçar calçada a fora
Chegando mesmo a soltar um palavrão
Deixou cair os pacotes que levava
E os brinquedos bateram na calçada
E esparramaram-se pelo chão


Assustada com aquele quase tombo
E vendo-me por sobre os ombros
Sozinho a observar Papai Noel
Olhou em meus olhos com tristeza
E fazendo daquele gesto uma certeza
Ofertou-me um embrulho de papel


Sem saber muito bem o que fazia
Agradeci à senhora que sumia
Misturando-se logo à multidão
E com o peito batendo em disparada
Disparei eu também pra minha casa
Com o presente apertado ao coração


Hoje tempos depois é que eu entendo
Que Deus lá de cima estava vendo
E mandou seu carinho lá do céu
E naquele momento tão tristonho
É que eu vi realizado o meu sonho
Em um amassado embrulho de papel

E quando chegam as festas de dezembro
Ainda choro emocionado quando lembro
Do carrinho vermelho de corrida
Ergo as mãos pro céu todo contente
E sempre agradeço a Deus este presente
No Natal mais feliz da minha vida

(Joseli Dias)

ORAÇÃO
Venho a teus pés, senhor, nesta oração
Pedir a graça de tua proteção

Para que o bem eu faça com fervor
Ensinando a fé no teu amor

Para que o mal eu vença nesta vida
E que minh?alma seja redimida

Para que a todos trate com bondade
Que eu tenha paz, amor e caridade

Que o teu manto nos cubra de ternura
Que minha mente se conserve pura

Para que a todos nós, sem exceção
Sejas a luz que brilha à escuridão

Fazei de mim discípulo ardoroso
Velai por mim, ò santo pai piedoso

Para que eu faça tão somente o bem
Com tua graça e para sempre. amém.

Joseli Dias