Coleção pessoal de jonatas_natanael
Todas as coisas que eu nunca disse, por tanto tempo, estão aqui, em meus olhos. Todos têm oceanos para sobrevoar, desde que você tenha coragem para fazer isso. É inconsequência? Talvez... Mas o que os sonhos sabem sobre limites?
A única maneira de se livrar das sombras é apagarmos as luzes. Parar de correr na escuridão e encarar seus medos de frente.
Quando somos abandonados pelo mundo, a solidão é superável; quando somos abandonados por nós mesmos, a solidão é quase incurável.
"A vida é curta, e você não sabe o quanto tem. Então não perca tempo preocupando-se com o que as pessoas pensam de você." - Derek Shepherd
Quanto mais forte você bate, mais vai doer. É, geralmente, o caso. Então, nós prescrevemos remédios, gelo, compressão, elevamento – coisas que você faz para parar a dor imediata. Mas você só pode aliviar a dor por um tempo e quando os remédios começam a perder o efeito, realmente dói. Há uma razão para esses consertos serem chamados de temporários. Eles nunca foram feitos para durar para sempre. Então, o que acontece quando você encontra um conserto que é mais permanente? Você luta contra isso? Você tenta resistir? Ou você dá um passo para trás e decide que talvez aceitação é o melhor conserto de todos?
Talvez a gente não deva ser feliz; talvez. Gratidão não tem nada a ver com alegria, talvez ser grata seja a gente reconhecer o que tem pelo que é de verdade; apreciar pequenas vitórias, admirar o esforço que se faz para ser simplesmente humano. Talvez sejamos gratos pelas situações que nos sãos familiares e talvez sejamos gratos pelo que nunca vamos saber. No fim das contas o fato de termos coragem de ainda estar de pé é motivo suficiente para comemorar.
Nós cobrimos as lesões com gaze e esparadrapo. Para proteger o ferimento, para prevenir a infecção, para salvar o paciente de mais sofrimento. A parte mais difícil vem quando você tem que tirar o curativo, porque isso pode doer bastante.
Dói quando se abre a ferida. Não queremos ver o que está por baixo. Mas talvez não seja o medo da dor que nos segura. Talvez tenhamos medo de ver se a ferida ainda está aberta… ou se ela pode realmente se curar.
Gratidão, apreciação, dar um 'obrigado'. Não interessa que palavras você use, elas significam a mesma coisa. Felicidade. A gente deveria ser feliz. Gratos pelos amigos, pela família. Feliz apenas de estarmos vivos. Quer gostemos disso ou não.
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Talvez a gente não devesse ser feliz. Talvez gratidão não tenha nada a ver com alegria. Talvez ser grato signifique reconhecer o que você tem pelo que é. Apreciar pequenas vitórias. Admirar a luta que é para simplesmente ser humano. Talvez a gente seja agradecido pelas coisas mais familiares que conhecemos. E talvez sejamos agradecidos pelas coisas que nunca conheceremos. No final das contas, o fato de termos coragem pra continuarmos firmes de pé é razão suficiente para celebrar.
Ao final do dia, quando tudo termina, tudo que a gente mais quer é estar perto de alguém. Então essa coisa onde a gente mantém distância e finge não se importar com os outros é geralmente uma besteirada. Então nós escolhemos aqueles que queremos permanecer próximos e, uma vez que escolhemos tais pessoas, tendemos a manter contato. Não importa o quanto machuquemos elas, as pessoas que ainda estão contigo ao final do dia são aquelas que se vale a pena manter. E, claro, às vezes próximo pode ser próximo demais. Mas, às vezes, aquela invasão de espaço pessoal pode ser exatamente aquilo que você precisa.
Nós sempre podemos tentar fazer o melhor. Sermos melhores, consertar um erro, mesmo quando ele parece ser irreversível. É claro que "eu sinto muito" nem sempre resolve. Talvez porque nós o usamos de diversas maneiras. Como uma arma, uma justificativa. Mas quando estamos realmente arrependidos, quando o usamos corretamente, quando pedimos de verdade… Quando nossas ações falam o que palavras não podem, quando fazemos da forma correta, "eu sinto muito" é perfeito. Quando fazemos isso direito "eu sinto muito" é redenção.
Luto deve ser algo que todos temos em comum, mas parece diferente em todos. Não é só pela morte que temos que sofrer. É pela vida. Pelas perdas. Pelas mudanças. E quando imaginamos porque algumas vezes é tão ruim, porque dói tanto... temos que nos lembrar que pode mudar instantaneamente. Quando dói tanto que não se pode respirar, é assim que você sobrevive. Lembrando-se que um dia, de alguma forma, impossivelmente, não se sentirá mais assim. Não vai doer tanto. O luto vem em seu próprio tempo para todos. À sua própria maneira. O melhor que podemos fazer, o melhor que qualquer um pode fazer, é tentar ser honesto. A parte ruim, a pior parte do luto, é que não se pode controlá-lo. O melhor que podemos fazer é tentar nos permitir senti-lo, quando ele vem. E deixar pra lá quando podemos. A pior parte é que no momento em que você acha que superou, começa tudo de novo. E sempre, toda vez, ele tira o seu fôlego. Há cinco estágios de luto. São diferentes em todos nós, mas sempre há cinco. Negação. Raiva. Barganha. Depressão. Aceitação.