Coleção pessoal de Johnpablodelamancha

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Às vezes o que dizemos precisa, em certa medida, de um pouco de polidez, não para satisfazer um comportamento ou uma exigência, mas para limitar o sentido do que é permitido ou não, pois o entendimento alheio pode não refletir o que quisemos dizer. Somos responsáveis pelo que falamos e não pelo que as pessoas compreendem, contudo atentar para as necessidades que nos fazem formular ideias, percepções e julgamentos é prudente e solidário ao nos expressarmos. Somos dotados de passionalidades e corremos o risco do descontrole, em dado momento, e talvez não se justifique, mas é compreensivo e tolerável. O adágio diz que a boca fala o que o coração está cheio, entretanto podemos contrariar isto ao descobrirmos o quanto de espaço sobra à medida que o esvaziamos destas tolices. Também é preciso olhar o outro lado, pois mágoas criam vida e robustez se o coração de quem ouve estiver preparado para o conflito, por isso o mais simples a fazer é sempre ponderar e se esforçar para que o depois não se transforme em remorsos, e para tanto basta compreender que nem toda fúria é um ato de coragem, e nem todo silêncio é ato de covradia, pois um não anula o outro.

John Pablo de La Mancha

Não há fim sem começo nem fogo sem calor, isto pode ser mais uma daquelas metáfora ou filosofias da vida que intencionam aconselhar e prevenir, e para muitos são sem sentido, porém, de alguma forma, ilustram um pouco da condição humana em relação às suas paixões, vaidades, convicções, devaneios e tantos outros aspectos que envolvem nossa trajetória. Às vezes uma palavra ou uma simples atitude podem ser decisivas para a construção de um futuro que traga em si expectativas para uma vida pautada em honestidades, e para tanto saber aceitar, compreender e conviver com a verdade e sua importância é imprescindível. Os efeitos e desdobramentos do que se esconde podem perdurar por muito tempo causando estragos constantes e, alguns até irreversíveis, sob a arrogância que prevalece sobre o bom senso justificando um egoísmo, às vezes, doentio que à satisfação de um provoca injustiças a tantos. A verdade quando escondida se apropria de algumas de nossas vontades e também nos escraviza, nos tornando cúmplices de nossas aflições e desesperos, e muitas vezes sem possibilidades de reação diante do que temos de fazer, pois ao negarmos ao outro o direito à verdade lhe retiramos um pouco do direito ao que é certo e justo, e assim nos transformamos em pessoas duras e impiedosas. Por isso não escolha o silêncio que ensurdece quando escondemos a verdade, pois ela aparece não porque tem perna curta, mas porque ganha vida própria e seliberta do nosso controle.

John Pablo de La Mancha

Na vida, independente da nossa vontade, conviveremos com algumas adversidades que nos fará provar alguns sofrimentos e, saber e aprender a lidar com isso é tarefa que necessita de desprendimentos e compreensões. À medida que o tempo avança as vivências se consolidam como modelos de observações e exemplos para que tenhamos discernimento no instante das escolhas, a fim de buscar nas certezas o sentido preventivo para nos proteger, entretanto as decisões dependerão de maturidade para agir ou de humildade para ouvir. Sempre temos que considerar possibilidades diante das dúvidas para que os dissabores não se transformem em amarguras que nos aprisionem e direcionem nossos passos, nos moldando como pessoas mesquinhas que responsabilizam a vida por tudo de ruim que nos acontece retirando, assim, a culpa de nossos erros nos tornando egoístas a ponto de acreditar que a vida é injusta e não sabemos o porquê. Algumas situações resultarão da soma de fatores, outras da ordem natural das ações e outras do inesperdo, compreender estas razões é fundamental para sermos coerentes e tentarmos mudar o que estiver ao nosso alcance enquanto a verdade nos mover e o tempo nos permitir. Enquanto vivemos o contínuo processo do amadurecimento se faz importante que nossa consciência se prepare para as diferentes transições da vida, seus efeitos e consequências, pois muitas delas sairão de nós, mesmo que sem querer, e poderemos perder o controle se não tivermos a exatidão de nossos limites. Do contrário seremos nossos carrascos procurando sempre viver o papel de vítima acusando a vida por nossos infortunios.

John Pablo de La Mancha

O entendimento que construímos sobre a vida nos remete às experiências pelas quais passamos e tudo que delas resultam, sob a forma de aprendizados e transformações. Nossos êxitos se forjam em iniciativas pautadas por alguma dose de ousadia e certa medida de desprendimento e, claro, alguns riscos inevitáveis que nos preparam para os enfrentamentos em diferentes níveis de dificuldades, mesmo que previstos. Acreditar que as iniciativas podem nos levar a descobertas sobre nossos limites faz com que nos olhemos com mais cuidado, principalmente em respeito ao que queremos ou entendemos que deveríamos ter. Compreender extremos que separam as vaidades das necessidades são de extremo valor quando nos propusermos a extrair dos esforços lições que nos mostrem que, às vezes, podemos ser frágeis diante de algumas situações, mas não significa desvanecimento, talvez precisamos descobrir em nós capacidades desconhecidas, mas que precisamos explorar de forma saudável para não ficarmos lamentando a falta disso ou daquilo, acreditando que sobre nós advém todos os males. É desnecessário e improdutivo reclamarmos injustamente do que não temos ou do que é difícil conseguir e quase sempre culpamos o mundo ou as pessoas, e da mesma forma é sem sentido nos lamentarmos de nós próprios, pois nossos empenhos e dedicações nem sempre nos levam ao que queremos, às vezes o caminho é longo e árduo. Muitas pessoas não cultivam o hábito da posse do agora dando importância ao que ainda não se realizou, pois se ocupam demais com isso e, às vezes, perdem muito tempo pensando no que lhes falta ao invés de valorizarem o que têm.

John Pablo de La Mancha

A felicidade, para muitos, é a necessidade para a qual dedicamos tempo e sacrifícios, sempre se esforçando para aceitar e compreender que ela resume a finalidade da existência humana. Não se trata de uma busca sem limites onde os caminhos podem ser encurtados, nem de capricho imaturo que visa alimentar o egoísmo, tão pouco uma celebração de realizações e glórias, pois a felicidade resulta de benévolas ações que praticamos aos outros e a nós, jamais a alcançarão os que, em nome dos egoísmos e vaidades, para se sentirem felizes provocam a infelicidade de outros. Faça o mais simples não se ocupe da vida alheia, não busque necessidades em vão nem alimente conflitos, não deixe sua vida adormecer enquanto o tempo passa, pois a amargura é a identidade de frustrações provenientes de escolhas erradas, e quando se apossam de nossas possibilidades nos derrotam, não pelo fracasso, mas pela covardia de não tentar. A felicidade está para todos completa e sagaz, contudo é preciso se propor e buscar e, para tanto, às vezes, é melhor se indignar do que resignar. É preciso tratar da felicidade com o objetivo de ser feliz e, não como uma atitude fechada em si para a satisfação pessoal, posto que desfrutar da felicidade não significa bastar a si mesmo, é mais além; é em si mesmo, ajudar o outro a ser feliz.

John Pablo de La Mancha

A imperfeição é a justificativa perfeita para os que creem em Deus negarem seus princípios morais quando erram, entretanto para o outro esta justificativa não vale. É comum pessoas dizerem: ERRAMOS PORQUE SOMOS IMPERFEITOS, mas quando é com o outro a condenação é imediata, e nesta hora danem-se os ensinamentos do pai, do filho e do espírito santo. Vivermos nossa vida e nossos problemas é uma árdua tarefa por isso compreensão e ajuda se fazem necessárias, contudo tem os que olham para os erros alheios apenas para apontar o dedo como se isto aliviasse suas culpas e redimisse seus pecados, e assim alimentam hipocrisias e preconceitos. Se importe com o erro dos outros se for para estender a mão ou pelo menos compreender as razões das necessidades que os envolvem, para que não sejamos carrascos apenas por discordância ou mentalidade. Por isso com base nas suas convicções se você não pode, não consegue ou não quer ajudar é um direito seu e merece respeito, mas não critique nem condene quem resolve seus problemas sem fazer mal a ninguém, pois somente quem vive e enfrenta um problema conhece as dificuldades e os sacrifícios que enfrenta para resolvê-lo, e se mesmo assim isso lhe incomodar então é você quem precisa de ajuda.

John Pablo de La Mancha

Bom dia. Nem todas as experiências vividas nos preparam, com a absoluta certeza da proteção para não vivermos sofrimentos ou algo que o valha, contudo compreender nossos conflitos e evitar buscar a culpa somente fora de nós, pelos dissabores que experimentamos, pode significar um novo sentido na descoberta pelo equilíbrio. As razões que nos levam a acreditar nas finalidades podem ser as mesmas que nos possibilitem enxergar a vida de uma forma menos fatalista e com mais chances de absorver boas experiências, sejam vividas ou observadas, e para isso o desprendimento se faz necessário para que possamos perceber que àquelas escolhas intocáveis na verdade sempre foram frágeis, mas se mantiveram no pedestal das certezas para justificar algumas atitudes. Vez ou outra é preciso ignorar entendimentos para definir o próximo passo, e mesmo diante das dúvidas é sempre bom resguardar uma razão qualquer, mesmo que aos outros pareça insignificante, pois, às vezes, temos que nos proteger de nossas mais nocivas imaturidades.

John Pablo de La Mancha