Coleção pessoal de joao_carlos_m_oliveira

Há duas épocas na vida, infância e velhice, em que a felicidade está numa caixa de bombons.

Há livros escritos para evitar espaços vazios na estante.

Ninguém é igual a ninguém. Todo o ser humano é um estranho ímpar.

Como as plantas, a amizade não deve ser muito nem pouco regada.

Há certo gosto em pensar sozinho. É ato individual, como nascer e morrer.

Tenho apenas duas mãos e o sentimento do mundo.

No adultério há pelo menos três pessoas que se enganam.

Há homens e mulheres que fazem do casamento uma oportunidade de adultério.

Há campeões de tudo, inclusive de perda de campeonatos.

A minha vontade é forte, porém minha disposição de obedecer-lhe é fraca.

Autodidata é um ignorante por conta própria.

Mas o que quer dizer este poema? - perguntou-me alarmada a boa senhora.
E o que quer dizer uma nuvem? - respondi triunfante.
Uma nuvem - disse ela - umas vezes quer dizer chuva, outras vezes bom tempo...

A arte de viver é simplesmente a arte de conviver... simplesmente, disse eu? Mas como é difícil!

A poesia não se entrega a quem a define.

A amizade é um amor que nunca morre.

Quando alguém pergunta a um autor o que este quis dizer, é porque um dos dois é burro.

A resposta certa, não importa nada: o essencial é que as perguntas estejam certas.

As nações são todas mistérios. / Cada uma é todo o mundo a sós.

Eu sinto que em meu gesto existe o teu gesto e em minha voz a tua voz.

Tudo quanto penso
Tudo quanto sou
É um deserto imenso
Onde nem eu estou