Coleção pessoal de Jfpoesia

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O rei é presa fácil para a rainha.

Senão acabasse bem só Deus sabe o que seria...
Surge a discussão pela ausência do assunto.
Ficar em silêncio é considerado um insulto
Penso em ser rude, mas me calo e escuto.

Planejei uma fuga mas não fui ligeiro
O rei é presa fácil para a rainha num tabuleiro
Me finjo de lobo mas não passo de um cordeiro
O medo vai consumindo ao meu ser por inteiro.

Fala tanto que nem sei como consegue respirar
Bate o pé no chão quando percebe que ironizo.
E quando contrai aquela bela sobrancelha
Me arrepio todo, pois é ali que mora o perigo.

No momento penso que chegara minha hora...
Começo a ver um monstro ao invés de minha amada.
Quase que vou a loucura e me lanço ao voo
Não devem ser tão penosos dez lances de escada.

Sempre pensei que nasci na geração errada
Mas comecei a dar valor aos novos dias.
Agradeço por ter acesso as padarias...
Um rolo de amassar pão logo me mataria.

Ainda não presenciei o meu maior medo
Se chamar pelo nome completo acaba a brincadeira
E um pequeno abalo vem a ser o maior dos terremotos
Vou para abaixo da mesa me protegendo com as cadeiras.

Mas ergo a cabeça pois essa briga ainda ganho.
Garota esperta usa mais uma de suas artimanhas
Volta do quarto com um lençol e um travesseiro
Logo percebo que o sofá será a minha cama.

E lança tudo no sofá como se ele fosse o culpado
Mas é mais covarde quando ajeita o cabelo para o lado.
Sempre soube que isso me torna um fraco
Que me esqueço de tudo e confesso estar errado.

E na íris dos teus olhos me perco mais uma vez
Me rendendo a paz em uma guerra já perdida.
Selamos uma trégua com um beijo roubado...
Pois já sou um vitorioso por te ter em minha vida.

Minha porção única.

Não desejaria te perder na lembrança
Por nem sequer um segundo.
O vazio que deixaria em minha vida
Não seria preenchido nesse mundo.


Por mais enfadonha que foi minha caminhada,
Procurei você a cada passo que deixei para traz.
Quando te encontrei fiquei estático,
Sentindo um alívio, uma verdadeira paz.


Nem no mais sublime de meus sonhos
Consegui visualizar uma imagem tão perfeita.
Desconheço palavras para descrever seu jeito,
De ser uma mulher tão forte e tão meiga.


O movimento de seu rosto enquanto fala.
O arquear de sobrancelha enquanto encara.
E eu contemplando uma obra de arte,
Escuto seus batimentos e o mundo se cala.


Quando caminha as ruas viram passarelas,
O brilho do sol se perde em sua beleza.
A cidade parece pintada a aquarela
E um sorriso surge em cada tristeza.


Seu jeito simples e delicado de sentar-se
Enquanto joga suas longas pernas em meu colo.
Começa a contar-me minuciosamente seu dia
E em minha mente vai se tornando poesia.


De uma orquestra regida por anjos
Fez de minha vida uma bela dança.
Vou aprendendo novos passos na vida
Ao som de uma melodia que nunca cansa.

Meu primeiro roubo.

As horas passam rapidamente...
Presumo ainda não estar preparado.
Reviso mais uma vez todos os passos
Pois hoje nada pode dar errado.

Chega a hora de pôr o plano em prática
A adrenalina vai consumindo o meu ser
Penso que poderia evitar o ato
Mas me sinto predestinado a cometer.

Tento focar meus pensamentos.
Tudo foi minuciosamente planejado
Perpetrarei meu primeiro roubo
Com o intuito de ser apanhado.

Ao longe visualizo minha bela vítima
Há uma ansiedade que preciso conter
Pois já é tarde para voltar atrás
E o arrependimento iria me corroer

Aproximo-me calmamente...
Não lhe dirijo sequer uma palavra
Aguardando que olhe nos meus olhos
E antes de gritar já a deixo calada.

Roubar-lhe um beijo será pecado?
Ainda mais se planejei a situação?
Porventura não escolhi estar apaixonado
E já estou aprisionado a uma paixão.

Senti o calor de seus lábios
Sendo umedecidos pela minha saliva
As respirações se aceleram
E o momento se eterniza.

Retorno à realidade trazida pelo tapa.
A ardência me deixa aliviado
Respiro fundo soltando um longo sorriso
Pois tenho a certeza de estar acordado.

Construindo.

Nos senti tão próximos
Numa realidade distante.
Separados por um precipício
Mas construindo uma ponte.

O tempo me da uma previa
Enquanto escrevo o romance.
Retiro o alicerce de areia
Que encobria a base de diamante.

Às vezes sinto o cansaço
Mas me acostumei com a dor.
Meu descanso encontrarei em seus braços
Pois me tornei escravo desse amor.