Coleção pessoal de jessrawr

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Era uma garotinha brincalhona que vivia sorrindo,
Tentando fugir do mundo
Que lhe convêm como um castigo.
Ela ficava sentada em teu quintal vendo a hora passar…
Viajava para tão longe sem sair do lugar!
Tudo o que queria eram respostas que levava consigo,
Sem nem perceber que estavam ali, bem em baixo do seu umbigo.
Passava despercebida pelo que lhe parecia grandioso demais
Era tanta rebeldia que em si mesma não cabia mais.


Espero-te. Espero-te de braços abertos pra esse meu coração incolor, que se fez flor, e murchou. Murchou nas armadilhas desses espinhos que a vida traz pra nós. Mas olha, menino… Veja-me aos poucos me reconstruindo nessa aquarela que é viver. Uma aquarela sem fim que nasce e morre como tem que ser. Ei escuta esses meus pensamentos que espero que cheguem até você, meu pequeno. Não sei lidar com essa minha telepatia mirabolante. Que se faz incompleta, apenas por ver esse teu olhar nas esquinas que me levam a um rumo sem amor. Sinto falta de ti, e te ter apenas como memória não funciona mais. Sento-me e me acalmo. Ondas me trazem tranqüilidade, e mesmo que tua presença esteja apenas dentro de mim, me vejo dentre elas, renascendo das cinzas com todas as forças para colorir este mundo tão hipócrita e infeliz.

Mas é que por vezes, não procuro a verdadeira poesia em pessoas. Sou feita de lugares, me reencontro em situações que sempre estão aqui, dentro de mim. Encanto-me com o som dos pássaros mesmo que não combinem com o meu estado de espírito. Sou tocada profundamente pelo cheiro do sentimento que deixa muito mais do que teu perfume, mas a sede de um mistério que eu não pretendo desvendar. Que me vem suavizando com toda sua pureza e se faz tão, mas tão natural. Ando com uma séria culpa de plágio de mim mesma. Vejo-a, poesia, em metades, aparentando ser chicle, quando na verdade, não é. É como se tudo fosse uma obra não completa de meu próprio ser. Acompanho-me, então, do meu jeito torto. Entendem? É muito mais escasso de ter a sensação de ser privilegiado ao enxergar a cor do vento que se faz natureza. Sinto-me lisonjeada ao enxergar as mudanças que ocorrem quando uma folha cai ao chão por sua mudança. E se pararmos pra pensar, elas evoluem muito mais que nós. Só por ter um prazo pra crescer. Deixo-me ser tão dependente das flores que transbordam carinho… Entrego-me tão facilmente ao que me parece ser dócil, que me esqueço de que sou o sentimento. E que ele, não se estampa assim, na capa. Mas só digo por sempre ter crescido com ele e o mostrado a quem imaginava que fosse como eu. Então por vezes, não procuro a verdadeira poesia em pessoas… Não me forço a escrever sem a mesma, não me reconcilio com meu reflexo no espelho apenas para o meu próprio agrado. Porque ainda sim, vejo que a verdadeira parte daquilo que matamos, se apresenta nos detalhes das coisas mais naturais que possam existir. Mesmo sabendo que a mesma que possui a delicadeza de uma leve chuva, se torna canivete de uma ação humana. É que me esqueço de me perdoar, pois também sou humana. Mas olha, ainda sim, se torna bem maior do que o que se esconde acima dos céus. É bem mais colorido do que as asas das borboletas que transparecem a liberdade tão invejável de acompanhar situações de longe. É bem mais conseqüente do que os tsunamis que possam nos invadir. Falta-te, me falta, falta-nos. Falta-nos a verdadeira poesia, cidadão. Um dia você acorda e percebe que o que há dentro de ti, se faz um verdadeiro furacão. E que palavras, não alimentam mais a sede que traz a ausência do que antes, parecia não lhe importar. Acorde, jovem! Mudaram-se os mundos. Mudaram-se os caminhos que circulavam ao nosso redor. Falta-te a vontade de olhar as estrelas e saber que cada uma tem teu significado apenas por se habitar ali. Falta-me, flor, sua fragrância admirável que merecia ultrapassar todas as estações. Hoje, falta ao mundo, à resistência daqueles que lutam até o último segundo por mais um dia de vida. Mas, o que mais nos falta, é aquilo que absolutamente poucos presentes ainda sentem: A suavidade do verdadeiro valor que hoje se apagaram, por nós. Enxerga o inabitável lugar que nos tiraram a inspiração do que nos faz sentir vivos. Desculpe-me, mas eu ainda sim, acredito na inspiração que o sentimento traz a nós. Porque tê-la é como ganhar o brilho do Luar que espelha a grandeza de ter um ombro amigo: o Sol. E ele, resplandecendo e soltando palavras assim, se o fazendo em mim.

(…) Entrego-me tão facilmente ao que me parece ser dócil, que me esqueço de que sou o sentimento. E que ele, não se estampa assim, na capa.

Chega uma hora em que forçar que se realize a você uma trilha de sonhos sem mover teus passos não funciona mais. E, que o desespero pelo vazio, é só um aviso de que chegou à hora de deixar empecilhos para trás. Chega uma hora em que olhar para dentro de ti e não se encontrar em tua alma é o desboque do que a mesma deixou de almejar. Mas, apenas, por você não permiti-la passear por ti para se encontrar. Chega uma hora que vira rotina os ensejos de uma melancolia que te acompanha nos dias de chuva e leva um pouco desse teu sentimento que aos poucos anda perdendo teu sabor. Chega uma hora que tudo se repassa se refaz, mas nunca muda. Passa por ti e tu continuas parado sem saber o que fazer… Sem ao menos perceber. Chega uma hora em que tudo se escurece na avenida de sonhos doces que tu criaste apenas em tua cabeça. Chega uma hora em que tu vais ter que escolher entre a vírgula e o ponto final, por mais que doa. Porque a reticências, só traz a incerteza do que pode acontecer. Submergir-te, você mesmo… Por coisas em que tu não desapegas, e se prende a um poço sem fim, que corta tuas asas e não te deixa se libertar. Chega uma hora em que tu te enxergas numa neblina, à beira-mar… Mas onde o mar, não se reflete mais no que parecia ser tão amplo por teus segredos, que te enchiam de esperanças renovadas na água bela de teu ego. Ele seca como você se deixou secar e torna-se frio. Tudo passa a virar uma ruína que se desmoraliza em ti. Tudo se torna tão pesado, que nem sentes mais. Chega uma hora que tua essência se desbota. Mas dessa vez, não por besteira de um desamor ou algo assim. Chegaram os tempos de se renovar. Trocar essas tuas vestes por algo que lhe traga a paz, que se não encontrada dentro de você, não se enxerga mais em nenhum lugar. Faça de uma pequena e insignificante alma que não se encontrava em teu lugar, uma cidade de novos sabores, com deliciosas gotas do amor que renascerá em você. Finalmente, chega uma hora em que tu tens que aquarelar e pôr tuas cores de teu quadro a dançar. Chega uma hora que precisas despertar todo o sentimento que há em você, e deixá-los perdurar pelo ar como se nunca houvesse fim. Chega uma hora que o chiclê se torna maneiro por não ser maneiro e, tuas vontades, teus desejos, e teus sonhos, tornam-se apenas a borboleta que resplandecerá em você para que continue a caminhar feliz por aí. Só que é difícil, pois, é complexo demais fazer as palavras voarem do papel e torna-se apenas o necessário para que funcione a ti. Chega uma hora que tudo depende de você para que possas viver nas entrelinhas que escreves. Pois o que há de oculto é tão grande, tão incrível, que não te permites enxergar. Porque chega uma hora que o pincel que tu usaste há tanto tempo, passa a envelhecer. Sejas como for, passe o pincel branco em tudo que lhe parecer adormecido. Traga a essa tua vida um pouco de aquarela, que mesmo quando morre se refaz na paisagem que tu és capaz de recriar. Reinvente-se!

Não sou bem vivida nem nas palavras que escrevo.