Coleção pessoal de jessicatorres

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SENHOR! ABENÇOA A NOSSA SEMANA.

Enchei nossos corações com esperança, e de doçura os nossos lábios para sermos mais afáveis. Põe em nossos olhos a luz divina que purifica, para que possamos iluminar a escuridão de quem precise, e em nossas mãos mantenha sempre a capacidade serena do perdão ou a presteza de um amparo.
Proteja-nos das maldades silenciosas dos dissimulados, dos risos falsos dos rancorosos, e das invejas fantasiadas de simpatias. Dai-nos valentia para a luta, compaixão para as injúrias, e misericórdia para a ingratidão. Livrai-nos dos perigos que não nos ensinam, assim como de todo o mal que não nos fortalece.

E QUE SOMENTE A TUA VONTADE PREVALEÇA... QUE ASSIM SEJA.
AMÉM!
(Oração de Marcus Deminco)

CERTA MANHÃ enquanto caminhava ao lado do seu mestre o jovem discípulo o perguntou:
– Como faço para não me aborrecer? Algumas pessoas falam demais, outras são ignorantes. Algumas são indiferentes, outras mentirosas… Sofro com as que caluniam…
– Viva como as flores! – aconselhou o mestre.
– Como é viver como as flores? – questionava o discípulo.
– Repare nestas flores – continuou o mestre – apontando lírios que cresciam no jardim. Elas nascem no esterco, entretanto são puras e perfumadas. Extraem do adubo malcheiroso tudo que lhes é útil e saudável, mas não permitem que o azedume da terra manche o frescor de suas pétalas…

NÃO É SÁBIO permitir que os vícios dos outros nos importunem. Os defeitos deles, são deles e não seus. Se não são seus, não há razão para aborrecimento. Exercite, pois, a virtude de rejeitar todo mal que vem de fora… Não se deixe contaminar por tudo aquilo que o rodeia… Assim, você estará vivendo como as flores!

Certa vez, um homem tanto falou que seu vizinho era ladrão, que o vizinho acabou sendo preso. Algum tempo depois, no entanto, descobriram que era inocente. Ele então foi solto e, após muito sofrimento e humilhação, decidiu processar o vizinho. No tribunal, o vizinho disse ao juiz:
– Mas os comentários não causam tanto mal assim…
E o juiz logo ordenou:
– Escreva agora num pedaço de papel todos os comentários que você fez sobre ele. Em seguida, pique o papel e jogue os pedaços pelo caminho até a sua casa. Amanhã cedo você volta para ouvir sua sentença!
Sem pestanejar, o vizinho obedeceu e voltou tranquilo no dia seguinte. Quando o juiz continuou a sua ordem:
– Antes da sentença, você terá ainda que catar todos os pedaços de papel que espalhou ontem!
– Mas eu não posso fazer isso, meritíssimo! – respondeu o homem. – O vento deve tê-los espalhado por tudo quanto é lugar e já não sei mais onde estão!
Ao que o juiz respondeu-lhe como lição:
– Pois, é dessa mesma maneira que um simples comentário pode destruir a honra de um homem. Muitas vezes as calúnias se espalham tanto a ponto de não podermos mais consertar o mal causado.

Procure ser inteiramente honesto com a sua consciência. Cuide dela com lealdade, respeito e carinho. Atraiçoá-la jamais! É fundamental que ela confie plenamente em você para que se tornem grandes aliados. Afinal, para onde quer que você vá, ela sempre vai acompanhá-lo.

A imperfeição só pode ser avaliada por aquilo que é perfeito. E, portanto, não existe.

Entre a sua certeza e a minha verdade esconde-se a realidade que nós ignoramos.

Quem acumula dívidas do passado para pagá-las no futuro vive de esmolas no presente.

Sou o espelho da complexidade na sua forma mais simples;
Sou a intensidade com mil exclamações;
Sou dono de questionamentos intermináveis que lancei ao vento;
Sou pedaço do pequeno mundo lá fora, dentro de um enorme universo à parte;
Sou fiel nas traições e sincero demais nas mentiras;
Sou a pressa com todo o tempo disponível;
Sou a bagunça na qual se encontra qualquer coisa;
Sou a continuação das eternas perguntas, e as respostas ainda sem conclusão;
Sou o errado que busca acertar e a sorte de acertar sem querer;
Sou tristeza mascarando alegria, e alegria enrustida de tristeza;
Sou amigo de quase todos, mas poucos conseguiram me cativar;
Sou altruísta com estranhos e egocêntrico com os mais próximos;
Sou humilde por puro charme, mas vaidoso sem ser pedante;
Sou exagerado na medida certa;
Sou crente, mas também sou cético;
Sou tiro de rosas em canhões, mas disparo mágoas com a própria língua;
Sou tão certo quanto a dúvida e tão duvidoso que já nem sei;
Sou gritos desesperados em silêncio;
Sou interpretado como não queria e invisível quando me mostro;
Sou indeciso por pura convicção;
Sou mais do que esperam e bem menos do que precisam;
Sou aquele que voa ainda no chão e o que desfila aéreo pelas ruas;
Sou a rotina inesperada das imprevisíveis aventuras;
Sou tão óbvio quanto à própria contradição.

Eu não me contento com pouco, nem me satisfaço com muito. Preencho-me, em verdade, com as doses desmedidas do acaso.

Impressionante não é a RACIONALIDADE que nos distingue dos outros animais, mas o COMPORTAMENTO que nos assemelha aos piores BICHOS

Num País com tamanha crise de identidade, LIVRO deveria ser item obrigatório NA CESTA BÁSICA!

Prefiro o gosto amargo do PECADO, ao sabor insípido da OBEDIÊNCIA.

Entre o contentamento do SIM e o desgosto do NÃO. Embeveço-me com as possibilidades que repousam nas entranhas das incertezas.

Se você não pode banhar-se duas vezes no mesmo rio, RELAXE! O próprio filósofo Heraclito de Éfeso que desenvolveu esse pensamento através do conceito de Panta rei, hoje não pode banhar-se, sequer uma única vez!

BRIGANDO COM DEUS

Ainda que infrutuosas convicções incitem o meu mísero direito de gente, eu não exigirei mais de Deus todas as explicações que me foram omitidas desde quando fui arrancado do calmoso útero que me cobria e arremessado, inexoravelmente, ao labirinto ilógico desse fadário universo de venturas.

Eu sou sem pedir para ser, e mesmo carregando o indesejável estorvo da incoerência que veio pregada comigo, quero, inexplicavelmente, continuar sendo quem eu nunca saberei se fui. Sou um gerúndio de reticências funambulando descalçado com a razão ignorada que herdei.

Sou um sujeito assim... Aleatoriamente à toa. Sem motivo algum para ser. Pois se o tenho, não conheço, e ao desconhecê-lo torno-me um estranho insignificante de mim mesmo. Submisso a passiva incapacidade de prever a minha sina, sigo buscando desatinadamente o meu tino. Mesmo sem saber se o tenho.

O meu destino vestia-se de casualidades intempestivas para ludibriar que minhas atitudes mudariam o meu futuro, entretanto nunca fora nada senão, parte da estúpida necessidade humana de acreditar que tudo seria em conseqüência de minhas nobres decisões. Mas, deixando um pouco de lado as crenças dos desesperados, que por defesa vital nos cega, ainda consigo enxergar com a sobriedade desapontada de um descrente que, o futuro da minha vida sempre independeu das minhas escolhas. Meus amanhãs são ignotos de mim, assim como todos os meus anelos são subservientes aos planos que não seguem sequer os meus roteiros. Sou um fantoche com asas que não voa. Aprisionado numa grande interrogação invisível que não responde as minhas perguntas por preces. Sou impotente, oco e não carrego sequer, a minha própria razão. Sou escravo de uma entidade onipresente que jamais encontrei, curvado aos intermitentes equívocos da sua soberana onisciência que – nem ao menos – posso contestar.

Biologicamente, até que com rara racionalmente, explicam de onde eu vim. O que de maneira geral, não elucida muita coisa. Tampouco minora essa minha totalmente tola falta de rumo: como se o bastante fosse suficientemente vital, batizaram a minha carne com um nome, deram-me um coração de vidro trincado, um espírito que nunca vi e privaram-me do meu significado de haver... Afora a certeza de um indesviável desfecho, que ainda rogo a misericordiosa reputação do tal criador para que procrastine de encontrar.

Ainda assim, ao revés de toda lucidez e contradizendo qualquer sobriedade, eu não reivindicarei mais de Deus as justas justificativas que ele me deve. Pois, atrelado aos acaso do descaso, trilho o meu caminho por pura intuição, oscilando entre passadas alargadas da certeza inexistente, com pegadas hesitantes de medo, tropeçando nas incertezas que me inibem de ir adiante ou anelante entusiasmo quando quero andar ligeiro. Porque, permeio a toda insensatez que torna a vida ilogicamente incoerente, também persistem irracionais significados que a fazem prazenteira o bastante para vivê-la sem buscar a racionalidade que não existe em existir.

Tenho a estranha mania de tomar emprestados sofrimentos que não são meus. Ontem mesmo, passei a tarde inteira chorando por Doroteia. Somente a noite me questionei: QUEM É MESMO DOROTEIA?

Não me leve sempre tão a sério. Às vezes quero apenas é que me leve ao circo.

Pode ser e pode não ser. Mas para que descobrir isso agora se é justamente essa dúvida intrigante escondida atrás do talvez que nos excita tanto?

Não me peça sensatez para esse mundo desvairado. Peça apenas ao garçom um WHISKY ON THE ROCKS e quem sabe depois, entre um gole e outro, eu acabe engolindo a resposta inexistente para tudo que desconheço.

ENALTEÇA-ME com opulentos elogios, idolatre-me como uma DIVINDADE suprema, e me venere tal como um SANTO IMACULADO. Mas, humildemente lhe suplico: jamais se esqueça de trazer o DESEJO com uma taça de CHAMPAGNE.