Coleção pessoal de JefersonMauripsico
Dizes que a beleza não é nada? Imagina um hipopótamo com alma de anjo... Sim, ele poderá convencer alguém da sua angelitude – mas que trabalheira!
DA OBSERVAÇÃO
Não te irrites, por mais que te fizerem
Estuda, a frio, o coração alheio.
Farás, assim, do mal que eles te querem,
Teu mais amável e sutil recreio.
Bilhete
Se tu me amas, ama-me baixinho
Não o grites de cima dos telhados
Deixa em paz os passarinhos
Deixa em paz a mim!
Se me queres,
enfim,
tem de ser bem devagarinho, Amada,
que a vida é breve, e o amor mais breve ainda...
Perversidade é um mito inventado por gente boa para explicar o que os outros têm de curiosamente atractivo.
Todo mundo é capaz de sentir os sofrimentos de um amigo. Ver com agrado os seus êxitos exige uma natureza muito delicada.
Detesto, de saída, quem é capaz de marchar em formação com prazer ao som de uma banda. Nasceu com cérebro por engano; bastava-lhe a medula espinhal.
Mesmo o ato mais inútil que fizermos, não será um total desperdício, quando contemplado. Há; no ócio, na improdutividade ou no fatorial descaso; uma importância construtiva de ser, pelo menos, humano!
Nada, absolutamente, é mais forte que o querer. Moldar a atitude por meio de represálias não tem o poder de estruturar a essência, pois, por mais que o indivíduo lute para executar, na ausência do agente punitivo, prevalecerá o querer. Apenas o conhecimento, ou a prova, do que se dá por melhor, podem remodular a intenção, mas até esta modulação depende de querer mudar.
Quando me limito à cuidar apenas da minha pessoa, sou miserável; não por ser egoísta; por não perceber que, na verdade, o outro é a extensão de mim como ser que se constrói pelo meio em que vive, que é socialmente responsável pela forma que distribuo quem sou, que influencio quem me rodeia.
A interpretação do outro é a resolução do interesse em saber, ou não, de mim, o que eu quis expressar.
A busca por estabilidade cria uma instável luta diária por algo inatingível. A melhor forma de obter equilíbrio é criar um ponto de autocontrole em meio aos disruptivos momentos que a vida nos oferece!
O que temos ganhado com mentes que se divorciam do corpo, são utopias que se enfeitam em belas palavras. Mas, o que pensa como um corpo completo, e que sente, consegue enxergar que é apenas de verdade que se faz a vida, onde não se pode perder tempo com o que não é, racionalizando sobre uma mera ideação de "como se fosse". Temos apenas o hoje...
Quantos são, os que nos tiram a vida sem matar. Limitam nossas possibilidades, ou sufocam nossas capacidades com descaso e nos prendendo em suas rotinas tediosas.
Seria uma atitude ingênua esperar que as classes dominantes desenvolvessem uma forma de educação que proporcionasse às classes dominadas perceber as injustiças sociais de maneira crítica.
"Ficamos cada dia mais ricos, quando percebemos estar cada dia mais pobres... não é sobre dinheiro!"