Coleção pessoal de IreneAguiar

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Não quero ter a terrível limitação de quem vive apenas do que é passível de fazer sentido. Eu não: quero é uma verdade inventada.

O amor é uma flor delicada, mas é preciso ter coragem de ir colhê-la à beira de um precipício.

Há noites que eu não posso dormir de remorso por tudo o que eu deixei de cometer.

O ciúme é a única paixão que os homens perdoam ao belo sexo, porque os lisonjeia.

O homem morre a primeira vez quando perde o entusiasmo.

As mulheres vêem tudo ou não vêem nada, segundo as disposições da sua alma: a única luz delas é o amor.

Uma mulher nua seria menos perigosa do que é uma saia habilmente exibida, que cobre tudo e, ao mesmo tempo, deixa tudo à vista.

O ódio tem melhor memória do que o amor.

O ódio, tal como o amor, alimenta-se com as menores coisas, tudo lhe cai bem. Assim como a pessoa amada não pode fazer nenhum mal, a pessoa odiada não pode fazer nenhum bem.

Quando todo o mundo é corcunda, o belo porte torna-se a monstruosidade.

Os homens estimam-vos conforme a vossa utilidade, sem terem em conta o vosso valor.

O incapaz se cobre; o rico se enfeita; o presunçoso se disfarça; o elegante se veste.

A ilusão é uma fé desmedida.

O instinto na mulher, equivale a perspicácia nos grandes homens.

O homem começa a morrer na idade em que perde o entusiasmo.

Nunca devemos julgar as pessoas que amamos. O amor que não é cego, não é amor.

A infelicidade tem isto de bom: faz-nos conhecer os verdadeiros amigos.

A celebração de mais um ano de vida é a celebração de um desfazer, um tempo que deixou de ser, não mais existe. Fósforo que foi riscado. Nunca mais acenderá. Daí a profunda sabedoria do ritual de soprar as velas em festa de aniversário. Se uma vela acesa é símbolo de vida, uma vez apagada ela se torna símbolo de morte.

Nunca tive outra idade senão a do coração.

O amor é a comédia na qual os atos são mais curtos e os intervalos mais compridos. Como, portanto, ocupar o tempo dos intervalos senão com a fantasia?